Maio
És tão lindo…
Ah, como és lindo!
Dos doze, és o preferido
Tens jeito de família reunida
De aniversário surpresa
De carinho de filho e filha
De arte feita à mão
De inspiração poética…
E de tantas alegrias.
Adoro tuas vestes leves
Cheias de azul e frescor
Me lembram banzeiro de águas
Brisa leve, travessura e sol
Te espero desde junho
Todos os dias
Ora em perfeita calma
Ora em discreta agonia
Mas chegas correndo, apressado
Como se em festa ou dor
Que nem julho, dezembro…
E não meu tempo… só meu
Nem te contei do poema que fiz
Pra cortejar a vida
Nem das paixões recentes
Nem desse cinzento-prata que me adorna a fronte
Aonde vais quando partes?
E por que demoras vir?
Quando voltares, me traz mais uma flor
Pra embelezar os sonhos
E perfumar meus dias
Traz tempo sem guerra e céu estrelado
E borboletas pra colorir meu olhar
Agora vais, maio-sonho…
Vê se me encontra no ano que vem.
(M. C. — 31.05.2024).