Todo dia sempre igual.
Manhãs compostas por barulho.
Implicâncias gratuitas, disputa por território.
Na sequência, abraços espontâneos, desculpas e juras de amor trocadas.
Irmãos.
Eu, mãe. Conciliadora e educadora.
Que missão!
Desafio.
Tardes e minha versão profissional.
A empreendedora com seus lançamentos, trocas com fornecedores e controle de estoque. Estudos e tentativas do novo.
Aprendizado.
Enfim, o fim do dia.
Eu, indívíduo, e o mesmo ritual de sempre: fotografia do céu vespertino, contemplação da aquarela natural, mãos em prece, olhos fechados e o pedido de sabedoria e discernimento.
Conexão.
Cheiro de gerânio no ar.
A queima da vela ritmada e hipnotizante.
Janelas escancaradas e a brisa — que sensação indescritível para dias quentes como hoje!
Prazer.
Noite e hora da meditação de Arcanjo Miguel.
Filhos seguros em casa, adormecidos.
Vinho na taça. Papel. Caneta.
Madeleine Peyroux como trilha sonora.
Palavras escritas. Memórias garantidas.
Paz.
Abraço afetuoso e beijo no marido.
Pés entrelaçados. Descanso.
Plenitude.
Vida de todo dia.
…
Lillian Ambrosio — Comunidade da Escrita Afetuosa — Professora Ana Holanda, Maio de 2024, tema Limites — Escrever um texto sem um único verbo.