60 dias no Tecnopuc
Eu estava “me guardando” para o “fim do tempo de experiência” — aqueles 90 dias cruciais para quem inicia um novo emprego. Porém, tive que me adiantar, pois os dias têm sido intensos, inspiradores e muito divertidos por aqui!
Iniciei no Tecnopuc há 60 dias. Minha formação é em RP, e minha experiência profissional estava centrada na gestão de relacionamentos. Há 5 anos, meu mundo girava em torno das adolescências e juventudes, do ensino médio e do processo de escolha profissional. Em julho, tive que “virar a chave” para o mundo do empreendedorismo, da inovação e, claro, das startups. Eu sabia tanto quanto qualquer outro leigo sobre esse assunto: lia notícias nos jornais, um livro/artigo ou outro de vez em quando, participava de algum evento na Universidade sobre os temas… Talvez o que mais me aproximava da temática era ser cliente/fã de um unicórnio roxo e inspirador (risos), namorar um administrador e ser consumidora voraz de conteúdos sobre futurismo. De todo modo, quando cheguei, percebi que todo esse meu conhecimento era próximo do zero (risos).
Aprender a teoria é muito bom, mas [vi]ver a prática tem um sabor especial!
No meu processo de onboarding, tive a oportunidade de conversar com as lideranças de todos os Nodos — conceito que passei a compreender quando me apresentaram para um “organograma” em formato de teia (uma verdadeira rede). Arrisco dizer que todos os líderes mencionaram ao menos um destes (que até então, para mim, estavam sempre presentes “nas paredes” e pouco nas falas): história e visão. Foi muito natural a forma como o Tecnopuc me mostrou, em tão pouco tempo, o quanto essas duas coisas são poderosas e norteadoras. Não foi em 1 ou 2 encontros que se fez menção ao visionário Ir. Norberto Rauch, reitor da PUCRS quando o Tecnopuc foi fundado, há 17 anos. Tampouco foram raras as vezes em que se falou na intenção estratégica de 1 mil negócios em 10 anos. Tive a oportunidade de ouvir o Prof. Moschetta, diretor do Tecnopuc de 2006 a 2013, compartilhar grandes desafios e nostálgicas histórias desse tempo, na semana em que o Tecnopuc estava de aniversário.
Quem tem um ‘porquê’, enfrenta qualquer ‘como’. Viktor Frankil
No Tecnopuc, conceitos como empreendedorismo e inovação se tornaram totalmente reais! Eles não apenas representam nosso porquê, mas também aquilo que somos. Quando conversei pela primeira vez com o líder da minha equipe, ele disse “funcionamos como uma startup”. A frase não teve sentido naquele momento em que eu ainda acumulava funções do trabalho anterior e absorvia tudo que viria pela frente. Tudo ficou claro quando ele sugeriu uma mudança na liderança de um programa importante, 5 minutos antes de anunciar em uma reunião com toda equipe do Tecnopuc. Pensei “É isso! Build, measure and learn!”.
Com isso, posso trazer outro conceito dos livros para a prática: o que são lideranças inspiradoras e como elas garantem uma direção clara para que todos, juntos e de forma colaborativa, cheguem em um objetivo comum. Mais do que entrar para o Tecnopuc, eu entrei para uma equipe animada e afinada, de pessoas complementares e muito habilidosas; de jovens sábios que dialogam com anciões ávidos por coisas novas!
Não posso ignorar o fato de que tudo isso aconteceu no meio da pandemia. Esses intensos 60 dias foram vividos da minha casa. Desejo que em breve eu possa viver o meu “primeiro dia” no Tecnopuc pela segunda vez. O fato é que seguiremos fazendo muitas coisas incríveis juntos, mas escutar e dar risadas sem microfones e fones de ouvido vai ser demais!
