Educação & Inovação feminina— 8 mulheres que educam, inovam e inspiram!
Olá, tudo bem por aí? :) Nessa semana temos dois dias de celebração:
hoje — 15/10, comemora-se o dia des* professores; e sábado— 19/10, é o dia nacional da inovação! Nós aproveitamos essas duas datas para apresentar aqui uma lista com 8 mulheres que estão presentes, são atuantes e revolucionam essas duas áreas importantíssimas nas nossas vidas! Vamos juntas conhecer, fortalecer e exaltar a força feminina?! ❤
*hey! o *des* não é francês, mas é pra representar e acolher todas, todos e todes, tá?! :)
Educação
Dizem que a origem da celebração no dia 15 de Outubro, deve-se ao fato de que, nesse mesmo dia em 1827, Dom Pedro I instituiu um decreto criando o Ensino Elementar no Brasil. Também dizem que esse dia é consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila: freira carmelita, mística e santa católica do século XVI. É claro que nós preferimos a segunda opção, né?! Porém, independente da origem, hoje nós focamos nas mulheres que fazem pela educação no país. Mulheres do presente, que resistem e lutam, nessa profissão essencial à vida de todes, mas que segue desvalorizada por nossos governantes.
Abaixo está a nossa lista, que é pequena, mas o nosso parabéns, orgulho e gratidão são enormes para com todas as mulheres educadoras, professoras e ativistas pela educação.
Mulher e negra, ocupou com resistência e persistência cenários de política quase sempre dominados por homens brancos. Ocupou importantes espaços de gestão da educação em Minas Gerais e em todo o país.
Sua trajetória se destaca pelo engajamento em um projeto de educação e de país que integre a diversidade brasileira, traduzido na educação integral. Para ela, a educação só consegue avançar em termos de inclusão e qualidade quando é capaz de entender e atender sujeitos na sua integralidade, acolhendo comunidades e territórios.
“Eu sei que para a criança negra não é tranquilo. E para que essa criança cresça, se eduque, temos de combater o racismo institucional.” — Macaé Evaristo
Educadora, socióloga, cientista política e militante, tornou-se referência em educação para os direitos humanos e democracia. No período em que vigorava o Ato Institucional nº 5 , estudou em uma universidade pública onde discutiu abertamente sobre política e democracia.
Tornou-se professora titular da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) em 1985, aos 43 anos. Também é integrante da comissão ARNS de Direitos Humanos e se destaca pela atenção a temas como cidadania ativa, participação popular, orçamento participativo, reforma política, violência policial e educação em direitos.
“Um programa de direitos humanos introduzido na escola serve, também, para questionar e enfrentar as suas próprias contradições e os conflitos no seu cotidiano.” — Maria Victoria Benevides
Com trajetória voltada sobretudo à infância brasileira, dedicou seus esforços a falar da criança com seu universo, linguagem e repertório próprios. Defende a presença da cultura e diversidade brasileira, com suas raízes musicais, estéticas e mitológicas.
Em Salvador, enquanto cursava o magistério, teve contato com uma das mais importantes experiências da história da educação brasileira: Escola Parque de Salvador, idealizada por Anísio Teixeira. Impactada com essa concepção de educação e infância, iniciou sua trajetória como educadora comprometida com processos educacionais significativos e que consideram o ser de forma integral.
“A criança brinca porque se desenvolve e se desenvolve porque brinca” — Maria Amélia Pereira
Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), seu campo de trabalho e pesquisa educacional tem ênfase na área de políticas públicas e práticas pedagógicas.
Jaqueline foi responsável pela implementação do “Programa Mais Educação”, que aumentou as horas diárias nas escolas públicas, incluindo atividades de acompanhamento pedagógico, artes, educação ambiental e financeira, comunicação e esportes, dentre outras ferramentas para a ampla formação dos alunos e o envolvimento da comunidade escolar. Atualmente ela defende a necessidade de projetos educativos locais, em que escolas sejam co-autoras das políticas educacionais e tragam repertório para lidar com as necessidades das pessoas das comunidades.
“Educação Integral é uma nova forma de viver” — Jaqueline Moll
Inovação
O dia Nacional da Inovação, criado a partir da Lei 12.193/2010, é comemorado no dia 19 de Outubro em homenagem a Santos Dummont, que nesse dia voou ao redor da Torre Eiffel pela primeira vez. Aqui, inspiradas no e-book Mulher faz Ciência*, nós decidimos exaltar e compartilhar o trabalho de mulheres que são o presente construindo o futuro!
Sonia Guimarães
Física brasileira e professora do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Sonia foi a primeira mulher negra brasileira doutora em Física e a primeira mulher negra brasileira a lecionar no ITA, quando a instituição ainda não aceitava a inscrição de mulheres no vestibular.
“Na ciência, vocês podem colaborar com o desenvolvimento do País. Infelizmente, por serem meninas, vai ser um pouco mais difícil. Porque as pessoas se sentem no direito de dizer que a menina é menos inteligente. E se sua pele não for branca, você é duas vezes menos inteligente. Mesmo que consiga os melhores resultados, tem que provar a todo instante que é capaz. Prove!” — Sônia Guimarães
Marcia Barbosa
Professora e pesquisadora brasileira, Marcia é coordenadora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membro da Academia Brasileira de Ciências. Em 2013, foi uma das ganhadoras do Prêmio L’Oréal-Unesco Para Mulheres na Ciência, por seus estudos relacionados às anomalias dinâmicas da água. As aplicações de suas pesquisas envolvem, por exemplo, o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes de dessalinização da água do mar.
“Na carreira de física sempre tive esse olhar sobre o gênero: como é importante permitir que as meninas estejam fazendo ciências, principalmente ciências exatas.” — Marcia Barbosa
Fernanda Stanisçuaski
Bióloga e professora do Departamento de Biologia Molecular e Biotecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, criou o projeto Parent in Science, em 2017. O projeto tem como objetivo apoiar pesquisadoras, estudantes e professoras de pós-graduação que são mães e medir os impactos da maternidade na carreira científica.
“Uma das coisas importantes do projeto, das nossas vitorias, é levantar essa discussão. Em um dos seminários, um professor homem que assistia disse que de fato nunca pensou no que eu tava falando ali, e ele é uma pessoa que conheço e sei o tanto que refletia sobre tudo. Às vezes, a gente tem que falar as coisas que parecem óbvias.” — Fernanda Stanisçuaski
Viviane dos Santos Barbosa
Pesquisadora baiana, mestre em nanotecnologia pela Delft University of Technology. Por sua pesquisa com catalisadores (que aceleram reações) através da mistura de Paladium e Platina, foi premiada em 2010 na conferência científica internacional, em Helsinki, na Finlândia.
“No início, achavam que eu não conseguiria e colocaram várias dificuldades. Nas aulas, notava que as explicações dos professores eram superficiais, como se eu não pudesse dominar o assunto. Mas encarei tudo isso como um desafio a ser superado” — Viviane dos Santos Barbosa
O e-book mencionado acima é gratuito, está disponível aqui e foi desenvolvido pela FAPEMIG e a revista MinasFazCiencia! ❤
Antes de irmos, queremos parabenizar e agradecer todas as professoras que passaram por nossas vidas, pelas educadoras espalhadas por todo o Brasil e por todas as mulheres que se sensibilizam, valorizam e apoiam uma educação justa, de qualidade, livre e de igualdade para todes! ❤
Por hoje é isso, mas seguimos juntas através das redes sociais no @conceitoada
Um beijo e até a próxima,