Luta pela alfabetização feminina, conheça a Nísia

Mulheres que inspiram: Nísia Floresta

Ada
Conceito Ada

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Olá, tudo bem por aí? :) Hoje vamos falar sobre Nísia Floresta, a primeira feminista brasileira, que lutou ao lado das minorias oprimidas, defendendo o direito à educação científica para as meninas e igualdade entre gêneros. Vamos aprender juntas?! ❤

Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, nasceu em Natal/RN e lutou pela alfabetização de mulheres e jovens, além de envolver-se nas discussões sobre escravidão, apoiando o movimento abolicionista. Educadora, escritora e poeta, ela defendia uma educação de qualidade e igualitária, que possibilitasse o amplo acesso das mulheres ao ensino. Aos 22 anos, em seu primeiro livro Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens, questionava:

“Por que [os homens] se interessam em nos separar das ciências a que temos tanto direito como eles, senão pelo temor de que partilhemos com eles, ou mesmo os excedamos na administração dos cargos públicos, que quase sempre tão vergonhosamente desempenham?”

Na escola “Colégio Augusto”, fundada por Nísia, ensinavam gramática, escrita e leitura do português, francês e italiano, ciências naturais e sociais, matemática, música e dança às meninas. Destacando-se dos demais colégios da época, em que mulheres eram ensinadas a costurar, cuidar da casa e ter boas maneiras. (é recatada e do lar que fala, né?!)

“Quanto mais ignorante é um povo tanto mais fácil é a um governo absoluto exercer sobre ele o seu poder.” — Nísia Floresta | Foto

Além de lutar pela educação, Nísia Floresta também participou ativamente da campanha abolicionista e defendia o direito de mulheres, índios e negros. Poderíamos defini-la como feminista e ativista dos direitos humanos, denunciando e se posicionando contra qualquer tipo de opressão, enquanto sofria preconceito e difamações.

Em alguns momentos não parecemos tão distantes da Nísia, né?! Mas se passaram aproximadamente 200 anos e nós, apesar de termos + direitos, seguimos enfrentando o mesmo sistema patriarcal, machista, racista, homofóbico, que continua a desrespeitar a vida de índios e a natureza. Outra ironia do destino é que hoje, a cidade onde ela nascera, leva seu nome, mas um quarto da população do município com mais de 15 anos de idade não é alfabetizada (Censo 2010 do IBGE).

Até parece história de filme, mas a verdade é que para criarmos um futuro diferente do nosso passado, precisamos reconhecer as lutas, histórias e principalmente, as mulheres que lutaram por nós! Por isso, consideramos tão importante falarmos, homenagearmos e debatermos o legado de todas que vieram antes e nos permitiram seguir, cada vez mais juntas e mais livres para sermos o que quisermos!

“Se cada homem, em particular, fosse obrigado a declarar o que sente a respeito de nosso sexo, encontraríamos todos de acordo em dizer que nós nascemos para seu uso, que não somos próprias senão para procriar e nutrir nossos filhos na infância, reger uma casa, servir, obedecer e aprazer aos nossos amos, isto é, a eles homens.”

Finalizamos o post com essa reflexão que Nísia fez no século XIX, em seu primeiro livro e aproveitamos para convidá-las a conhecer a obra dessa mulher inspiradora, que escreveu 15 livros no Brasil e na Europa. Confira os links abaixo:

Opusculo Humanitário
Museu Nísia Floresta
Obras de Nísia Floresta
Nísia Floresta — Fundação Ulysses Guimarães

Por hoje é isso! Mas continuamos conectadas no @conceitoada e para o próximo post da série, queremos saber: qual das nossas mulheres, você quer ver por aqui? Conta pra gente ❤

Um beijo e até a próxima,

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