Bolsonaro gera constrangimento em entrevista

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2 min readOct 7, 2018

Por Luiz Mihich

Reprodução/Globonews

O candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) foi o entrevistado na Central das Eleições da Globonews no início de agosto. A sabatina chamou a atenção por abordar diversos assuntos polêmicos, com destaque para o regime militar. Ao ser questionado sobre o tema, Bolsonaro fez questão de lembrar que o fundador e então presidente do Grupo Globo, Roberto Marinho, foi favorável ao golpe de 1964, na sua concepção.

A afirmação do candidato gerou um momento constrangedor no fim do programa, quando a mediadora da entrevista, Miriam Leitão, redigiu para o público por meio de um ponto eletrônico, uma nota na qual a empresa se posicionava de maneira contrária, em relação às afirmações de Bolsonaro.

Os jornalistas presentes foram: Miriam Leitão, Valdo Cruz, Merval Pereira, Andréia Sadi, Fernando Gabeira, Gerson Camarotti, Mario Sergio Conti, Cristiana Lobo e Roberto D’Avila.

Logo no início da entrevista, ao ser questionado sobre o porquê de se considerar um candidato “novo”, Bolsonaro se colocou como um candidato ficha limpa. “O senhor Joaquim Barbosa se referiu à minha pessoa, como o único deputado da base aliada que não foi comprado pelo PT, então não é porque eu estou no meio de laranjas podres que eu me contaminei”. E ainda completou. “Eu fui citado pelo senhor Alberto Youssef por ocasião também da sua delação premiada, que eu fui um dos três deputados que não foi pegar dinheiro na Petrobrás”.

No segundo bloco da entrevista, os jornalistas passaram a apresentar vídeos em que o candidato se posicionava de maneira polêmica em relação aos mais diversos temas. Em um deles, ao ser questionado sobre a moralidade do uso do auxílio moradia por uma jornalista, Bolsonaro, irritado, respondia que o utilizava para “comer gente”. Ao ser indagado por Gerson Camarotti, após a apresentação do vídeo, o candidato afirmou: “se fosse para dar, estaria bom, não teria problema né”. E completou: “Você não viu o que aconteceu ali? Ela me chamando de corrupto por estar usando auxílio moradia, por ter apartamento”. Bolsonaro ainda ressaltou que o auxílio moradia, sendo moral ou imoral, está de acordo com a lei.

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