ESPM recebe de volta seu ex-aluno Gabriel Wainer, carrapato do Estadão

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2 min readDec 11, 2018

Por Walter Niyama

Wainer em ação na cobertura da campanha de Ciro Gomes à Presidência da República | Crédito: Joicy Amora/arquivo pessoal Gabriel Wainer

No encerramento das atividades do Confirma ESPM, a oficina de cobertura das eleições presidenciais, os estudantes de jornalismo receberam o jornalista e ex-aluno da casa Gabriel Wainer para um bate-papo descontraído e muito informativo. Gabriel falou um pouco sobre sua experiência no jornal O Estado de S. Paulo e também como foi participar como repórter do projeto “Carrapato Estadão”, no qual cinco repórteres tiveram que seguir de perto o dia a dia dos principais presidenciáveis para uma cobertura multimídia.

Gabriel ficou encarregado de acompanhar o candidato do PDT, Ciro Gomes. O jornalista ressaltou que essa foi uma eleição “suja” no sentido de mentiras e difamações. E contou que com sua tentativa de fazer uma cobertura transparente e ética, acabou sendo valorizado por Ciro Gomes que permitiu que ele gravasse dentro da casa dele e inclusive o acompanhasse em uma viagem em seu jatinho.

No segundo turno, Wainer foi escalado para acompanhar Jair Bolsonaro. Aí, segundo ele, as coisas foram diferentes. Ele conta que não recebia a agenda do candidato antecipadamente, então precisava correr atrás de tudo o tempo todo. Ele passou a receber ameaças de apoiadores do presidenciável do PSL. Mas o repórter não cedeu à pressão.

“É um discurso perigoso (o do presidente contra a imprensa e de incitação à violência), mas que torna o trabalho (jornalístico) cada vez mais importante. Alguém precisa jogar luz para eles e, se não for a imprensa, não vai ser ninguém”, ressaltou Gabriel Wainer.

Questionado sobre o que se espera para a imprensa após a vitória de Bolsonaro, Gabriel foi preciso: “Eu acho que esses ataques (contra a imprensa) tem esses reflexos super negativos, mas ao mesmo tempo não prejudica a imprensa. Quem compra esse discurso não compra jornal. Ele sempre fala que tudo é fake news. Um jornal nunca via colocar na capa uma matéria que não tenha o mínimo de prova, de verificação.”

Wainer terminou ainda dizendo que tudo isso foi uma experiência enriquecedora e ficou para responder as mais diversas perguntas dos estudantes que incluíam alunos da oficina de fact-checking da faculdade, o Confirma ESPM.

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