João Amoêdo ressalta seu foco em liberdade econômica

Por Nathália Matos

A convite da Revista Exame, o candidato à presidência pelo Partido
Novo, João Amoêdo, esteve presente no Fórum Exame 2018 que teve como
temáticas a economia e a educação. O seu discurso, que partiu da sua
indignação com o incêndio no Museu Nacional no Rio de Janeiro, abordou as
propostas do seu partido e também da sua candidatura para as temáticas do
evento.
Ao apresentar o Partido Novo, Amoêdo disse que acredita em três
pilares que fundamentam o partido, são eles: educação, capacitação e
liberdade econômica. “Esses são os pilares do nosso entendimento para se
criar uma nação próspera e que dê oportunidades para as pessoas. O Brasil
deixou de ser uma terra de oportunidades e infelizmente se tornou uma terra
dos privilégios”, apontou o candidato.

Ao falar sobre educação e o que pretende fazer para mudar o cenário
atual nesse âmbito, João Amoêdo citou a necessidade de mudança na
alocação dos recursos, colocando mais dinheiro no ensino fundamental básico
e aperfeiçoando o ensino técnico. Amoêdo ainda falou sobre a sua intenção em aperfeiçoar a gestão quanto a situação de diretores de escolas que ele indica serem em 80% dos casos indicações políticas, portanto, não se tratando de um sistema meritocrático.
O candidato à presidência ainda citou a necessidade em atrair o
professor, valorizando o profissional e alterando o currículo, de forma que a
metodologia de ensino corresponda a uma porcentagem maior do que o ensino teórico.
Além das propostas para o ensino público, o candidato ainda vê a
possibilidade da criação de um vale educação que, para ele, poderia dar a
oportunidade para que as classes mais pobres tivessem a possibilidade de
colocar os filhos no ensino privado.
Depois de elucidar as suas propostas para a educação, João Amoêdo
trouxe para o evento com empresários as suas principais propostas para a
economia que ele resumiu em três tópicos: equilíbrio das contas, liberdade
econômica e abertura da economia.
Sobre o equilíbrio de contas que ele propõe, ele citou algumas medidas
que podem ajudar o país a retomar o orçamento para novos investimentos.
“Muita coisa tem que ser feita aqui e o mais rápido possível, redução da
quantidade de ministérios, redução de secretarias, alocação de recursos de
forma melhorada e redução de privilégios, principalmente para partidos
políticos, revisão das desonerações fiscais”, citou Amoêdo.
João Amoêdo também falou sobre a urgência de uma reforma tributária,
que permita maior liberdade para que as pessoas abram seus negócios,
contando com custo de capital menor e segurança jurídica, além da questão da abertura da economia.
“A gente está totalmente fora do mundo e isso impede a nossa
inovação, aumenta o custo Brasil, com todas as leis de utilização de conteúdo
nacional, isso não faz o menor sentido, isso impede que o Brasil cresça e a
gente precisa rever essas coisas”, concluiu Amoêdo quanto a mínima
participação do Brasil no comércio mundial atualmente.

Ao finalizar o seu discurso de apresentação o candidato ainda falou
sobre a importância de que o candidato eleito tenha convicção e competência
para executar. “O problema não é a proposta, o problema é a execução, o
problema é a implementação, e aí que mora o perigo”, disse o candidato.