Contra o socialismo

O novo livro do Senador Rand Paul discute as coisas horríveis que se sucedem nos países que tentaram essa ideologia.

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Uma livre tradução do artigo “The Case Against Socialism” , de John Stossel para o site Reason.com

Rand Paul, senador do partido Republicano pelo estado de Kentucky acaba de lançar um livro, The Case Against Socialism. Eu imaginava que o fosse um caso já decidido, já que os países socialistas falharam de maneira tão espetacular. Mas a idéia não morreu, especialmente entre os jovens. “O socialismo de Hitler, o socialismo de Stálin, o socialismo de Mao. Você poderia pensar que as pessoas já teriam reconhecido isso,” afirma Paul em uma entrevista recente. Ele repete Orwell ao comparar o socialismo com “uma bota pisando para sempre em um rosto humano” e alertando que a ideologia sempre leva à violência e à corrupção.

Senador Rand Paul

“Você pensaria nisso quando sua economia chegasse a um ponto em que as pessoas tem que comer seus animais de estimação,” diz Paul, observando a rápida queda da outrora rica Venezuela. “As pessoas acabam pensando duas vezes a respeito do sistema que escolheram.” É uma referência ao fato de que de fato, os venezuelanos perderam peso em decorrência da escassez generalizada de alimentos no país.

Escassez de comida na venezuela.

“Coloque isso em contraste com o “Querido Líder” do país, Maduro, que provavelmente ganhou cerca de 25 quilos,” observa Paul. “Isso realmente resume o socialismo. Há ainda uma elite de 1% da população que está muito bem-alimentada; eles são apenas e por acaso aqueles que fazem parte do governo, ou os capangas ou amigos do governo.”

Naturalmente, os socialistas norte-americanos dizem que o socialismo por aqui será diferente. “Quando eu falo a respeito do socialismo democrático,” diz o Senador Bernie Sanders, “eu não estou me referindo à Venezuela. Eu não estou me referindo a Cuba. Estou me referindo a países como Dinamarca e Suécia.” Paul responde que todos eles acabam falando “O bondoso e gentil socialismo que queremos é a Escandinávia…socialismo democrático.” Então dedicamos uma boa parte do livro a respeito da Escandinávia.

O livro de Paul é diferente dos livros de outros políticos. Ao invés de repetir platitudes, ele e seu co-autor fizeram um trabalho de pesquisa real, que concluiu que “Não é verdade que os países escandinavos sejam socialistas”.

A Escandinávia de fato tentou políticas socialistas anos atrás, e desde então virou as costas para o socialismo. Eles privatizaram indústrias e aboliram regulações. O primeiro ministro da Dinamarca chegou a vir aos EUA e refutou as alegações de Sanders, apontando que “A Dinamarca está longe de ser uma economia planificada socialista.” De fato, em rankings de liberdade econômica, os países escandinavos estão bem próximos do topo. “Eles possuem uma cultura de respeito à propriedade privada, e um mercado privado de ações,” afirma Paul. “Aprendemos que na realidade, Bernie é socialista demais para a Escandinávia!”

Países escandinavos no top 40 do ranking de liberdade econômica.

Os países nórdicos ainda mantém algumas políticas de inspiração socialista, como por exemplo os sistemas de saúde pública, controlados pelo governo. A mídia costuma afirmar que esse é o motivo pelo qual os suecos são mais longevos. Mas Paul esclarece: “Esse é o truque com a estatística. Você pode dizer que os suecos vivem mais, porque eles tem saúde pública socializada! Porém, se você observar friamente as estatísticas, essa tendência começou muito antes da Suécia adotar a saúde pública como padrão. Os escandinavos já tinham um índice de expectativa de vida mais alto 60 anos atrás, e eles também já tinham nessa época menores índices de pobreza. Isso ocorre pela ênfase que a cultura dos países nórdicos dá à independência e ao trabalho duro. Paul me lembrou de uma anedota sobre o economista Milton Friedman: “Esse economista sueco chega até ele e diz — na Suécia nós não temos pobreza! — Friedman responde — Ah, sim…nos EUA nós também não temos pobreza entre os americanos de origem sueca!” Se formos considerar os fatos, os suecos vivendo nos EUA tem um padrão de vida 50% mais alto do que o que teriam vivendo na Suécia. Dinamarqueses vivendo nos EUA também. E nisso, o suposto “socialismo escandinavo” não pode almejar crédito algum.

Porém, o argumento mais importante contra o socialismo é o de que ele esmaga as liberdades. Socialistas se elegem por prometerem justiça e liberdade, mas Paul observa: “A única maneira que você tem para impor essas coisas é tendo uma polícia da igualdade ou uma polícia da liberdade, e normalmente essas polícias virão armadas de cassetetes… mesmo o melhor tipo de líder socialista acaba tendo que ser impiedoso por que você não pode se apropriar dos meios de produção e da propriedade privada sendo um líder socialista bondoso e gentil.”

“Se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota pisando em um rosto humano — para sempre.” (1984, de George Orwell)

Por contraste, o capitalismo permite amplamente que os indivíduos façam suas próprias escolhas. “É uma democracia direta no cotidiano”, diz Paul. “Você vota quando decide entr comprar no Walmart ou no Target. Você vota com seus pés, com sua carteira. Pessoas que se dão melhor nesse sistema são as pessoas que conseguem mais votos, que são os dólares. E como não há coerção, me parece que essa seria a maneira mais justa de distribuir a economia de uma nação.”

“ Não é algo perfeito,” conclui Paul, “ mas se olharmos o histórico da alternativa… Stálin, Hitler, Mao, Pol Pot, Castro, Chávez, Maduro… Simplesmente não funciona.”

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Editoria Conserva Botequim
Conservadorismo de Botequim

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