Rebeldia e submissão na cozinha.

Garçon Conservador
Conservadorismo de Botequim
3 min readOct 23, 2019

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Recentemente o Burger King tomou a dianteira na corrida pra ver qual marca lacra mais com comida. A cadeia de fast-food lançou um sanduíche feito com hambúrguer vegetal batizado ironicamente de Rebel Whopper.

Quando o nome do produto possui ironia ou excesso de sinceridade, você pode ter certeza que se trata de um simulacro criado pra você pagar mais por menos, por nada ou por outra coisa que você nem sabe o que é. E a desculpa para esta hipervalorização praticada pelos players desta nova revolução industrial e alimentícia não poderia ser outra: o politicamente correto ambientalista.

Corrompendo totalmente o significada da palavra, os gênios da equipe de marketing do BK definiram que as pessoas que consomem este tipo de comida são rebeldes. Mas que tipo de rebeldia há no comportamento vegano? O máximo que vegetarianos por opção, ambientalistas millennials e soyboys conseguem com esse tipo de comportamento e a militância inerente é serem chatos pra cacete.

Mas peraí: vegano morder a mão dos outros pode?

Um sujeito que entra no mercado para comprar suco vegetal, maionese vegetal e hambúrguer vegetal, achando que isso é o futuro (inclusive está à venda no Pão de Açúcar com o honesto nome de Futuro Burger) não está sendo rebelde, está sendo um hipster ordeiro e submisso. Afinal, não faz sentido alguém querer tanto comer simulacros (gosto e textura) de bife, hambúrguer e bacon se estes são justamente os alimentos que representam o que eles mais abominam: a crueldade animal.

13 reais para beber Just Water, a água cuja embalagem é”mais ou menos” vegetal e “nem tanto” biodegradável assim.

O problema, porém, é que por mais que sejam minoria e benignos, comprando produtinhos hipócritas em supermercados, essa gente empodera gurus e palpiteiros que estão por aí tendo voz em tudo que é mídia e palanque. Eles são a nova elite cultural e interferem continuamente na vida da grande maioria das pessoas que está se lixando para o seu estilo de vida ou para o que eles comem.

“Feia” Gil é piada nacional com seu churrasco de melancia, mas continua na TV dando opinião na tua vida.

Cada vez mais o progressismo avança disfarçado em leis que minam gradativamente a liberdade econômica e de escolha (lei da sacola plástica, lei dos canudos, lei do sal, lei do açúcar, da vaga de caragem…) ou através campanhas desonestas que visam reeducar a sociedade para uma visão de futuro distorcida, como a famosa “Segunda sem Carne” da Soc. Vegetariana Brasileira, que não passa de uma baboseira hipócrita inventada para promover chantagens corporativas e fazer lobby em câmaras de vereadores pelo país.

“Cada nação é como um hambúrguer, ou um sanduíche | Os pães são o governo | O recheio são os direitos e liberdades no meio | “Alimento”, “Liberdade de Expressão”, “Propriedade privada”, “democracia” — você tem que tentar fazer uma nação boa, na qual seja possível viver | Hoje eu arrasei.”

E o ápice dessa loucura revolucionária, a submissão intelectual e de costumes que essa gente quer nos empurrar pode ser exemplificada naquela que é uma das postagens mais infames do veículo progressista número 1 do país, o Catraca Livre: o cardápio à base de fezes.

Catraca Livre, do mastigativo ao defectivo, o site comunista é perito em merda.

Hoje em dia, com todo mundo preocupado com os animais, com o meio ambiente e com o colesterol dos outros, querendo que você coma papel e merda para salvar as girafas da Amazônia, a rebeldia mesmo está em entrar num Hells Burguer e pedir um Leviatã (vide foto).

Burguer de 200g de filé de costela bovina, 1 linguiça de pernil de porco defumada, queijo cheddar derretido, pão com gergelim e maionese de alho.

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