Até um pai raiz do comunismo cuspiria nessa noção degenerada e burguesa de “paternidade do Marketing da Natura” de hoje.

Sempre que você vê um pai trans há sempre uma figura oculta, que é o doador de esperma atrás, e isso é muito importante.

Garçon Conservador
Conservadorismo de Botequim
5 min readJul 31, 2020

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Pai era quem botava no mundo.

Depois passou a ser aquele quem cria. Podendo ser o mesmo ou outro.

Na falta de um pai, já que homens vivem menos, vão embora pra guerra ou pra comprar cigarro, passou a existir a figura orgulhosa da “pãe”.

– —- Fronteira da normalidade – —-

Daí veio a onda de produções independentes com famosas orgulhosas por não precisar de macho [exceto pra fornecer espermatozóides].

As fãs dessas famosas acharam que poderiam fazer igual, fizeram, mas agora ficam na internet falando que homem é galinha e não assume.

– —- Fronteira do desejo mimético – —-

Vieram o Michael Jackson e o Gugu pra mostrarem que pai é quem faz pre-nup com uma placenta.

As lésbicas descobriram o banco de esperma e obrigaram os filhos a gastar o dobro no dia das mães. Em compensação não tem dia dos pais, mas resolveram problematizar isso no Twitter.

Os rapazes, sem grana igual ao MJ ou Gugu, desligam o interruptor da homossexualidade e cruzam com alguma amiga solitária ou placenta solidária.

– —- Fronteira da auto indulgência – —-

Graças ao nível de riqueza e liberdade proporcionadas pelo capitalismo da sociedade judaico-cristã, os trans, pessoas com uma genuína condição de se sentirem estranhos em seus próprios corpos puderam ser diagnosticados e tratados, incluindo a conversão sexual. Incluindo aqueles já em idade avançada ou com família constituída incluindo filhos.

– —- Fronteira da realidade – —-

No século XXI, o movimento socialista (comunista, Comunista, Fascista, Nazista) após falhar na causa camponesa, na causa operária, e no pós-guerra devido justamente à prosperidade global, se transveste [aham, fiz de propósito] de progressismo e transforma a dialética materialista histórica em luta das minorias. Sim, o mote para uma nova tentativa de espalhar o marxismo passou a ser o indivíduo em qualquer circunstância passível de ser incorporada à definição abstrata de oprimido, seja por questão racial, social, financeira, étnica, religiosa, sexual ou cultural.

E a forma para propagar essa ideias, já que sindicatos, associações, partidos, e revoluções parecem funcionar a princípio mas não conseguem se manter à longo prazo, é fazer justamente o oposto: a imposição se transformou em indução.

E os meios de se fazer essa imputação de valores progressistas se encontra justamente nas mídias de alcance massivo: novelas, romances, filmes, séries, desenhos, material escolar, cursos universitários… e propagandas.

E é aí que entra a Thammy e a Natura. A pobre coitada não tem culpa nessa história, e mesmo que tenha participado com a intenção de causar e militar, ainda assim ela é uma vítima, uma pessoa cuja aparência foi politizada e estereotipada pelo progressismo.

Sendo assim nos sobra a Natura. E a verdade é que não importa a empresa. Em ano anterior foi o Boticário, no outro foi a Renner e o resto da lista já nem lembro mais, cada uma subvertendo uma data específica. E vai continuar sendo assim, tal como ironizam os memes em resposta à essas campanhas, que questionam se no próximo Dia das Crianças o tema vai ser com pedófilos, o Dia das Mães com Suzane Von Richthofen ou se no mês da Consciência Negra a Revista Raça vai trazer Gisele Bündchen na capa. E porque vai continuar sendo assim com essa escalada da lacração no marketing das empresas?

Porque há aí um ciclo recursivo e perverso que pouca gente se dá conta. Isso tudo gera lucros. Ganhos financeiros que não necessariamente vão para as empresas, e ganhos para o movimento político, que vai somando gente problematizadora que quer mudar o mundo na base do grito. Enquanto isso canhotos comemoram e anunciam o poder do Pink Money, isentões desconversam e eufemizam que tudo não passa de números (alguns vão dormir chupando dedo com inveja de não terem lucrado também) e aqueles que enxergam toda essa perversidade, porém não sabem o que fazer, pedem boicote e são ridicularizados pelo mesmo tipo de gente desonesta intelectual que criou a prática do linchamento virtual, o assassinato de reputação e mais recentemente o método do cancelamento.

Este ciclo no entanto é perverso porque apesar de num primeiro momento, depois da lacração e repercussão, as ações demonstrarem alta nos preços e ser criada uma falsa sensação de sucesso e recompensa pelo posicionamento politicamente correto, em um segundo momento, mais especificamente no fechamento do ano fiscal, chega o duro golpe da realidade. O caso mais recente foi o da Gillette, que exibiu para delírio do público LGBTIDCLIP uma peça publicitária com o primeiro barbear de um adolescente trans mas no fim amargurou prejuízo de US$ 5,4 bilhões em arrecadação. Esse foi o resultado de se fazer campanha voltada para menos de 1% do seu mercado. O “quem lacra não lucra” já virou até jargão entre a direita.

Mas por que essas empresas insistem mesmo sabendo da possibilidade de fracasso? Primeiro pelo que eu já disse, alguém lucra. Gente especializada em manipular o mercado financeiro. Em segundo lugar: porque o eventual prejuízo quem paga são outros, como a imensa massa de empregados que perderão o salário e não poderão cuidar de suas famílias, sejam elas heteronormativas ou não. E em terceiro lugar, e o cerne de toda essa questão: porque a grande maioria das agências e departamentos de marketing que orientam empresas e executivos a apostarem [e a dobrar a aposta mesmo quando se vê que não dá certo] estão infestados dessa gente (que mistura vida, trabalho e militância), e que definem e executam mas não sofrem as consequências diretas. Gente que cresceu tendo o seu comportamento manipulado por nesse sistema deturpado de valores e que retroalimentam este sistema com seu ímpeto militante de politizar tudo.

Pessoas que juntamente com a horda de necessitados por likes e preocupados em mostrar que “super apoiam” causas sem nem saber exatamente as causas e consequências e saem em defesa de empresas ou de personalidades que muitas vezes nem são do seu “agrado”. Como no caso da Natura, que não é uma empresa “Amiga dos animais” mas está sendo defendida pela parte homo dos vegans.

Pessoas que se utilizam de um interruptor de moralidade para atacar quem pensa diferente, capazes de fazer enxergar homofobia até em borra de café se o barista for hétero e bolsonarista, não importando o quanto isso pareça ridículo.

Pessoas que estão dispostas a romper com a lógica, com a sensatez, e que vão até as últimas consequências, capazes de dizer coisas como “Homem dá à luz bebê de seu parceiro não binário, com doação de esperma feminino” (manchete do jornal The Mirror) simplesmente para obrigar todo o mundo não apenas a aceitá-los mas a pensar como eles.

Pessoas essas que, infelizmente, ultrapassaram a fronteira da realidade.

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Garçon Conservador
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