10 fatos sobre a geração (Ctrl) Z

Consumoteca
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3 min readMar 23, 2018

Todos sabemos, é quase improvável ser exato sobre o que pensa certa geração. Cada uma é plural, cheia de subjetividades e recortes, e isso não é diferente para a geração (Ctrl) Z — as/os migues que nasceram a partir de 1996.

São muitos os fatores sociais que influenciam o comportamento em cada período. Mas, em meio a tantos recortes, é importante identificar as paradas & paradigmas em comum.

Para entender melhor como essas 9inhas e 9inhos pensam e se projetam no mundo, Consumoteca Lab apresenta: CTRL+Z. Uma pesquisa sobre as várias narrativas de uma geração que nos ensina a dor e a delícia da contradição.

E pq CTRL+Z? Bem, nada poderia definir melhor o paradoxo Z: a necessidade de se posicionar versus o medo da exposição. Prints que congelam reputações, mesmo que a pessoa já tenha mudado de opinião. O dedo do textão tremendo e ao mesmo tempo apagando, reescrevendo, repensando.

Separamos abaixo 10 ótimas pontuações sobre eles:

1. Geração ON e OFF

Engana-se quem pensa que só porque eles são nativos digitais, vivem com a cabeça dentro da tela. Para essa geração não existe on OU off, mas on E off. Experiências off são tão interessantes quanto as on e podem se tornar conteúdo para ser postado. A relação se retroalimenta.

2. Necessidade de posicionamento

Eles utilizam o Facebook principalmente como uma plataforma de informação. E como se sentem bombardeados pela aceleração das notícias na timeline, procuram sempre expressar opinião sobre tudo o que acontece. Além de gerar visibilidade e marcar posição no mundo, ajuda eles a não se sentirem “por fora” dos acontecimentos.

3. Fim do carpe diem

Essa ideia de que os jovens são ultra imediatistas, e querem viver como se não houvesse amanhã, não se confirma com a geração Ctrl Z. Eles são muito preocupados com o futuro e com a conquista de uma estabilidade financeira. Inclusive, boa parcela já possui fonte de renda própria em prol de resolver isso.

4. Questionam o papel do diploma

Apesar de terem sidos educados para valorizar o estudo, estão em constante questionamento sobre a forma de se aprender. As instituições tradicionais de ensino são colocadas em xeque a cada vez que se deparam com histórias de sucesso de pessoas que construíram as próprias carreiras sem a necessidade de um diploma — o que reforça a ideia do SUCESSO BY YOURSELF. Monetizar as atividades prazerosas é um ótimo viés para os Ctrl Z.

5. Medo + Pressa = Ansiedade

Têm a percepção generalizada de que houve muito investimento dos pais em sua educação, o que cria expectativas sobre um futuro “de sucesso”. Por isso, temem a possibilidade de perder tempo com escolhas erradas, que não sejam relevantes na busca por objetivos. Dessa forma, são apressados em alcançar metas e, como consequência, vivem muito ansiosos.

6. Valorizam muito a família

Ser bem-sucedido na vida não é resultado apenas de conquistas financeiras. Ao contrário do que se imagina, a velha família de comercial de margarina — e todas as novas versões e vertentes — segue presente no ideário desses jovens. A Geração Ctrl Z mostra que dá valor ao núcleo familiar, seja lá qual for a forma que ele se apresente.

7. Sucesso *também* pode ser empreender

A ideia de empreender está presente aqui, mas não tão romantizada como foi para muitos Millennials. Trata-se de uma forma de alcançar o sucesso de maneira mais rápida, em alguma instância concretizando a narrativa meritocrática que encontram nas mídias.

8. Nada de voto obrigatório

Essa é uma geração que se interessa por política, mas foge das definições tradicionais dentro desta; detesta burocracias e questiona todos os processos que colocam o indivíduo em alguma situação de obrigatoriedade.

9. Autocríticos

Quando perguntados sobre a própria geração, pensando nas características que mais lhes definem, grande parte elencou três palavras para isso: consumistas, individualistas e ansiosos.

10. Novos hábitos de consumo

Como já nasceram numa cultura de hiperconsumo e recebem estímulos de marcas por toda parte, eles se assumem consumistas por terem o desejo de comprar diariamente. No entanto, começam a repensar essa relação, buscando novas alternativas de compras que questionam tanto a cadeia de produção como as categorias de produtos.

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