Katerina Plotnikova e a natureza amiga

Já imaginou encontrar-se com um urso e ser gentilmente cumprimentado por ele?

Alexandre Maia
O Conta-Fios
3 min readFeb 26, 2016

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(publicado originalmente no Atelliê)

Os animais são vistos comumente como seres à distância que merecem ser protegidos/conservados, ou como espécies domesticadas, especialmente cães e gatos, que vivem já próximas a nós, seres humanos. Há também, não podemos negar, a visão de vários deles (e, a depender da cultura, quase todos) como fonte de comida, ou ferramentas vivas. Porém existe ainda uma outra visão, que costuma ser reservada aos contos infanto-juvenis, que é a dos animais que podem ser tão próximos ao ponto de parecerem velhos amigos que comunicam-se entre si sem muita dificuldade, se abraçam, sentem a respiração um do outro sem medo — coisa que não somos acostumados a ver com animais que não sejam nossos tradicionais pets.

A fotografia, como já vimos tanto (aqui ou por aí), é essa mistura fascinante de arte e técnica que é capaz de parar momentos que duram milisegundos, e emoções que duram toda uma vida. Através da fotografia podemos ainda captar aquilo que não é cotidiano, podendo até eternizar momentos raríssimos — e, por que não dizer, criados — , como o de um urso que, a despeito de seus instintos naturais, parece cumprimentar civilizadamente uma amiga humana, como a uma mãe ursa. Ou um tigre que guarda o sono de uma pessoa. Ou ainda uma coruja flagrada exercendo sua fama de sábia dando um conselho ao ouvido de alguém.

Assim são estas fotografias de Katerina Plotnikova: um misto de rompimento com nossa visão comum dos animais e uma criação idílica digna de uma história do Tarzan. Conheçam:

Vejam mais na galeria da fotógrafa.

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Alexandre Maia
O Conta-Fios

Doido por fotografia, música e arte em geral. E menta! — escrevo posts sobre fotografia e dinheiro.