Discovery é uma terapia

Te ensina sobre desapego e quando funciona te deixa muito feliz!

Quando comecei a trabalhar com discovery, uma das primeiras coisas que aprendi foi que mesmo se der errado, iremos aprender alguma coisa.

E foi refletindo sobre isso que percebi que o discovery é uma grande terapia para nos ensinar a desapegar e lidar melhor com os sentimentos de frustração. Vamos lá que explico melhor:

A descoberta

Em alguns projetos, o problema / oportunidade chega mais redondo. Em outros, você não tem nem ideia de por onde começar.

Você descobre um número aqui, uma métrica lá, faz alguns cruzamentos de dados, entende o histórico. Até aí, você está despreocupado, sem apego nenhum. O sentimento é neutro.

A montagem do problema

Mas depois de um tempinho investido, você já consegue ter um norte do problema / oportunidade e quem sabe a essa altura, até nome você já deu para esse discovery.

Ele começa a ganhar uma cara, um cenário… literalmente você tem uma história, meio mal resolvida. Mas ainda assim, você tem alguma coisa.

Não preciso nem falar… depois de dar nome, já era. No mínimo você estará afeiçoado.

O palpite perfeito

Depois de algumas reuniões, muitas ideias e palpites, você já tem algumas hipóteses que podem resolver a vida do problema / oportunidade que você tem nas mãos.

Cada ideia que nasce é um jeito diferente de mudar os números e a história que chegou até você lá no começo. Você consegue imaginar a vida do seu produto sendo resolvida. Na sua cabeça, ele está feliz e saltitante:

Nem tudo são flores mas o aprendizado vem…

As hipóteses às vezes não se comportam como esperado. Você continua com o problema nas mãos e ainda não foi dessa vez que tudo se resolveu.

Nessa etapa, provavelmente você já está super envolvido com a história e as hipóteses, afinal você já falou sobre isso provavelmente umas 5x para pessoas diferentes.

Quando o resultado de mais uma hipótese chega e você percebe que ainda não foi o suficiente para atingir o objetivo inicial, você se frustra ou no mínimo fica chateado. Afinal, aquela hipótese era perfeita na sua cabeça, quase um “viveram felizes para sempre”.

E é nesse momento que você se questiona:

O que deu errado?

O que eu não vi?

O que eu poderia fazer diferente?

Ao invés de se frustrar quando não funciona, o maior aprendizado que o discovery pode oferecer tanto profissionalmente quanto pessoalmente, é desapegar da hipótese perfeita que deu errado, filtrar apenas os melhores momentos dela e usar as respostas das perguntas acima para continuar tentando.

E aprender a mudar essa chavinha na sua cabeça é um grande desafio principalmente quando você está começando.

Mas quem sabe, uma hora você acerta. Acaba percebendo que o que deu errado para um, pode ser a solução perfeita para o outro.

E é essa a graça de trabalhar com Produto :)