Como a área de Tesouraria cria o planejamento financeiro da Contabilizei

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5 min readOct 31, 2022

Quando você escuta a palavra “tesouraria” o que vem à sua cabeça? Ao conversar com algumas pessoas, geralmente os comentários são relacionados a dinheiro, moedas, bancos e cálculos. Mas, no geral, o termo acaba sendo relacionado a algo relativamente “chato”.

Para nós, que atuamos nessa frente, esses pensamentos soam como música, pois os números estão no nosso sangue.

A tesouraria corporativa tem a função de fazer a gestão dos recursos alinhados às metas e aos direcionadores da empresa. Os métodos aplicados para atingimento dos objetivos são gestão de liquidez, gestão de riscos e tecnologia.

Neste contexto, hoje vamos contar um pouco do que fazemos aqui na Contabilizei e qual o real impacto que a área de Tesouraria traz, visando a sustentação, o crescimento e o planejamento estratégico da empresa.

Como elaboramos nossos planejamentos

No começo desse ano, a Contabilizei recebeu um aporte de capital de R$320 milhões, sendo este o maior da sua trajetória até aqui.

Com isto, nossa primeira missão como pessoas Guardiãs do caixa da companhia foi traçar planos e estratégias que nos fizessem, ao longo do tempo, utilizar, rentabilizar e otimizar esse recurso da melhor forma possível.

Em parceria com os times de Planejamento Financeiro e Controladoria, fizemos as projeções financeiras da empresa, pois elas são elaboradas com base nas estratégias que adotamos como companhia, considerando a política de investimentos e a sustentação do nosso crescimento.

Essas projeções são direcionadores para elaboração do fluxo de caixa estratégico, onde coletamos as informações referentes ao fluxo de Recebimentos, Pagamentos e Resultados Financeiros, e, com isso, elaboramos, um fluxo de caixa direto que nos demonstra qual a expectativa do que será consumido ou gerado durante cada mês do ano.

Primeiro passo

Com as projeções feitas, iniciamos a nossa primeira estratégia, que se baseia em definir a melhor alocação do recurso. Atuando como Grupo Contabilizei, consideramos cada oportunidade gerada no processo, principalmente pelo fato de nossa estrutura societária estar situada em empresas atuando dentro do Brasil e a estrutura de Holding fora do Brasil. Neste contexto, o Departamento Jurídico é peça fundamental, atuando como agente responsável justamente pela estruturação societária.

Assim, é comum que nós busquemos oportunidades de investimento, movimentações e análises de risco voltadas para o cenário cambial, uma vez que a exposição do nosso caixa está atrelada tanto ao Real quanto ao Dólar.

Além de evitar o risco cambial, é nossa missão direcionar a estratégia de caixa para todas as empresas, buscando otimizar os rendimentos e prêmios pagos nas operações. Isso deve acontecer sem que haja riscos voltados para liquidez, instituições financeiras ou outros.

Com isso, definimos as nossas diretrizes de caixa mínimo nas empresas do Grupo, seja em Dólar ou Real, e também os produtos de investimento e as instituições financeiras que desejamos incluir no nosso portfólio de parceria.

Segundo passo

Com base nas informações capturadas e no fluxo de caixa projetado, começamos a entender o mercado cambial e como ele se comportará durante os períodos que, eventualmente, precisaremos movimentar recursos.

Assim, buscamos aproveitar as melhores oportunidades de valorização do dólar, pois quanto mais valorizada estiver essa moeda, mais recursos em reais teremos disponíveis no Brasil.

Durante o processo de estratégia cambial, entramos em uma frente bastante desafiadora, pois no mercado existe sempre uma máxima: para onde o dólar vai?

Como estamos no Brasil, a volatilidade dessa moeda é muito grande. No geral, somos impactados em frentes econômicas, políticas, cenários externos, etc. Assim, partimos do princípio de que a nossa estratégia sempre terá um viés conservador e nunca especulativo. Nos baseamos em taxas de dólar target, seja na ponta de alta ou baixa, e, com isso, vamos elaborando modelos que contêm estruturas de derivativos (Hedge Cambial), movimentos de câmbio pronto, aplicações financeiras nas contas em dólar e nas contas em real. Enfim, existe uma série de cenários que estruturamos e analisamos buscando minimizar o risco e os impactos negativos no caixa.

Terceiro passo

Após a elaboração e a execução das estratégias do nosso caixa de longo prazo, nosso foco muda para o fluxo de caixa diário. A diferença é que, nesse caso, nós olhamos para o dia a dia da operação e, então, partimos para uma estratégia em conjunto com os times de Contas a Receber, Contas a Pagar e Compras.

O time de Contas a Receber nos ajuda com informações relacionadas às datas de recebimento do fluxo de cobrança dos(as) nossos(as) clientes. Com isso, balizamos as entradas no caixa. Já o time de Compras tem a função de nos munir de informações relacionadas às novas contratações e contratos, principalmente dos valores mais relevantes. Com isso, vamos provisionar possíveis novos impactos no caixa. E, por fim, o Contas a Pagar é responsável por direcionar qual vencimento e quais são os pagamentos que estão sendo enviados aos bancos, considerando as nossas obrigações já reconhecidas internamente.

Dentro da tesouraria compilamos essas informações e partimos para o detalhamento das movimentações que devemos fazer para garantir que os valores sejam recebidos em conta e que todos os pagamentos sejam executados dentro da data de vencimento.

É de nossa responsabilidade trabalhar com a eficiência do caixa, atendendo a necessidade de liquidez mínima (quanto menos recurso sobrando no caixa no final do dia, melhor) e buscando as melhores opções de investimento para rentabilizarmos os recursos disponíveis.

Aplicações financeiras

Existem diversos tipos de instrumentos financeiros disponíveis no mercado interno, alguns exemplos são os CDBs, Títulos Públicos, Compromissadas, Títulos de Dívida Privada, Fundos de Investimentos e Ações. Já para o cenário externo, buscamos instrumentos similares, exemplo Money Market, Time Deposit, dentre outros, que visem a segurança dos nossos recursos alocados nas empresas estrangeiras do Grupo Contabilizei.

Enquanto companhia, temos uma política de investimentos estruturada, sendo esta o nosso direcionador para efeitos de alocação de recursos financeiros.

No fim das contas

Quando paramos para montar as nossas estratégias e políticas, pontos que direcionam a tomada de decisão, nos conectamos diretamente com a estratégia da companhia. Com isso, precisamos compreender os drivers, buscando conexão direta com diversas áreas para entender seus momentos, projetos, impactos e/ou oportunidades, visando também contribuir de forma assertiva e efetiva com a gestão do caixa. Afinal, um dos nossos valores é “construímos juntos e juntas”.

Como as startups são ambientes de extrema mudança, precisamos ter dinamismo e atenção diariamente e estarmos ligados aos impactos e movimentos gerados. Assim, direcionamos os esforços para relacionar os novos movimentos e conectá-los com as nossas estratégias e com os ambientes externos, cenários macro e microeconômicos, buscando a otimização e gestão dos nossos recursos, peça fundamental para a longevidade das operações da Contabilizei.

Esperamos ter melhorado a sua percepção em relação a nossa área de atuação e mostrado o quão dinâmica ela é e o impacto positivo que uma gestão eficiente pode gerar. É isso que nos move a nos tornarmos 1% melhor todos os dias e entregarmos nossos resultados com excelência!

Esse artigo foi escrito por Luiz Alberto, Especialista em Tesouraria, e Karlo Antonio Machado, Gerente Financeiro, ambos Guardiões na Contabilizei.

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