atracadouro

Mariana Martins Vieira
Contexto Poético
Published in
1 min readJan 9, 2020
Foto: marivieiram

ainda padece de sede a alma
pinga teu orvalho e me escorre e rasga
mancha as pernas ao teu desanuveio
cruza e descruza arrepiados pelos

é tanta chuva, tamanha a interior tempestade
que os raios incendeiam o atracadouro
pois não basta o torrencial todo
ser um derrame de luz que me invade

e não basta, nada basta, ainda nada me bastou
enquanto arrepio meu veleiro
arrasto o corpo pelo orvalho seco e arfejo:
padeço é de dor.

Bom dia, leitor! O que tua alma pede e implora? Do que ela tem sede? Conta pra Mari aqui embaixo e deixe seus aplausos, quantos sua alma quiser, até 50!

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