A primeira aula

por: Rayssia Maria

Redação Para Mídias Digitais 2017.1
Contos do Pici
2 min readJul 10, 2017

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foto: Mayara Queiroz

Era o primeiro dia de aula do semestre, Amanda cursava o 4º semestre de Letras-Português, mas ainda não tinha certeza que estava no curso certo. Decidiu aproveitar suas optativas e se matricular na disciplina de Desenho I, do curso de Sistema e Mídias Digitais, era a primeira disciplina que fazia fora do seu curso.

Ela conhecia o Benfica como a palma de sua mão, mas o Pici era praticamente inexplorado, tinha ido algumas vezes encontrar alguns amigos ou entregar documentação na CAD. Fora isso, apenas nos Encontros Universitários, no centro de convivência, e uma edição do Media Week, na Seara da Ciência.

A aula começava 14h, faltavam apenas 10 minutos, quando desceu na parada da Av. Humberto Monte. Certa de onde seria sua aula, ela foi logo em direção a entrada lateral da Seara da Ciência, onde já havia ido outra vez, mas o portão estava fechado. Continuou a caminhar, pensando se haveria outra entrada, chegou a residência universitária e viu que não era ali. Rapidamente passou a caminhar pelo mesmo caminho de onde vinha. Mas não sabia onde ir.

Um certo desespero começava a lhe encontrar. Tirou o celular do bolso, falou com um amigo que estudava no campus, viu que ele não responderia. Abriu o aplicativo ‘mapas’, digitou UFC VIRTUAL e apareceu um endereço fora do campus, se recusou que seria aquele lugar. Pesquisou novamente, dessa vez no site da UFC, resultou na STI, achou que era o lugar certo e pegou o ônibus.

Chegando no lugar que o celular dizia, desceu do ônibus, meio desconfiada e um pouco cansada. Antes mesmo de chegar a entrar no prédio um papel na parede dizia ‘AULA DO CURSO SISTEMAS E MÍDIAS DIGITAIS NO BLOCO 1024 — ATRÁS DO RU NOVO’, mas Amanda nem ao menos sabia onde era o R.U. novo, voltou-se ao celular e digitou ‘RU PICI NOVO’ achou o que seria o resultado e voltou a parada, na qual havia decido.

Ao chegar no R.U. NOVO, avistou o prédio, que seria o seu destino final. Para chegar até ele um caminho de terra enlameada, que parecia longo de onde ela olhava. Enfrentou o caminho, que com o sol de 14:25 se tornava ainda mais demorado, achou estranho a falta de movimento, afirmou para si mesma que era devido ao horário.

Depois de atravessar o caminho de terra, Amanda chega ao bloco e vai ao encontro de sua sala, que às 14:30 ainda se encontra fechada. Senta, imagina que o professor tenha se atrasado e respira um pouco, logo recebe o aviso do guardinha que fica na entrada e a vira entrando “Moça, você veio pra aula? Hoje não vai ter aula, só reunião dos professores”.

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