Boogarins em Porto Alegre

Relato da Daniele Rodrigues sobre o show da banda goiana na edição 2014 do festival El Mapa de Todos.

Thiago Kittler
Contra Online

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Quando soube da vinda da banda para o Sul fiquei muito feliz e chamei todos os amigos, dias antes do show não tinha outra trilha que fizesse mais sentido pra minha vida que não estivesse no “As Plantas Que Curam”.

Então surgiu o convite para resenhar o show, e eu quase explodi de felicidade pela puta oportunidade de entender como o universo faz com que as coisas se encaixem e como ele conspira a favor das nossas reais vontades.

Então eu cheguei para ver os shows anteriores e encontrei o Dinho (ou Fernando para os mais formais) nas escadas do teatro e lembrei do meu coração da coragem tatuado no braço, desde que eu descobri que coragem significa agir com o coração a vida não parece mais uma batalha, por isso decidi, “vou trocar uma ideia com esse cara, o máximo que pode acontecer é ele não falar nada, ou me mandar a merda”.

Fernando me recebeu com o sorriso mais lindo do mundo e me contou um pouco sobre a estadia da banda que estava em Porto Alegre desde sexta. Falou também sobre eles terem prestigiado alguns shows do El Mapa e como foi foda a apresentação do Mundo Livre SA , sobre como a Redenção é gigante e massa e sobre como o “tri” do gaúcho é engraçado.

Deu tempo de perguntar sobre a tour pela gringa na qual Dinho usou mais de cinco dedos para elencar os países em que eles estiveram presentes e como foi uma experiência surreal ter tocado em diferentes lugares antes nunca imaginados, além da loucura que foi o processo de gravação do novo álbum que envolveu algumas idas e voltas entre Brasil e Europa e da saudade de que deu do “feijão” (risos, ele vai entender/piada interna).

Quando iniciamos a conversa sobre Hans ter passado as baquetas para o destruidor Ynaiã (ex-Macaco Bong) fomos paralisados por pedidos de silêncio vindos de uma senhora muito educada.

Falando do show em si, não poderia haver melhor banda para encerrar o maior festival ibero-americano atual. Em total sintonia entre os integrantes, a Boogarins deixou o público perplexo já nos primeiros acordes apresentando alguns trabalhos novos que estarão no próximo álbum (tomara que seja lançado logo).

Ao tocar canções do primeiro álbum como “Despreocupar” e “Lucifernandis” a banda colocou o público para dançar fazendo a galera levantar das estofadas cadeiras do teatro Bruno Kiefer.

Boogarins fez o primeiro fim com “Doce”, que embalou os corações ansiosos e me fez concluir que o que eu li nos livros e nas mãos não foi em vão. A banda voltou para o último encerramento real depois do pedidos de bis de uma plateia catatônica com tanta maestria apresentada pela gurizada goiana.

Tocaram no show Dinho, vocal e guitarra, Rapha Vaz no baixo, Benke Ferraz na guitarra e Ynaiã Benthroldo na batera.

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