Pelo direito de

A P O L O is natanael freitas
Contra Argumento
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2 min readFeb 4, 2020

Eu me permiti desistir. Eu realmente só queria deixar tudo pra lá. E deixei. Talvez eu não estivesse preparado para os questionamentos, porém eu resolvia que era tempo, já não dava mais. Como dizer isso pra quem te quer bem? Que o bem que tu queres agora é o mais mal visto?

A gente nunca sabe a hora, a gente nunca sabe lidar. São coisas que a gente simplesmente pega e faz. Desistir e tentar. Como pode haver tanta mau e bom sentimento em tão poucas letras? Se a coisa que me faz humano é a tomada de consciência de mim, eu hoje escolho tomar consciência da minha incapacidade.

Talvez eu tenha usado esse cheque em branco umas diversas vezes. Talvez de tanto uso, ele perdeu seu real valor. Talvez eu tenha me dado demais ao direito.

O certo que agora sinto que é tempo de tentar. Assim como o tempo que urge pelo fim, ele agora pede por continuidade. Não essa continuidade deturpada em insistência boba, mas em continuar vivendo, continuar ativo, continuar tentando. E, mesmo assim, talvez não estejamos também prontos para os questionamentos que advém dessa atitude tão antagônica daquela outra.

E passo a crer que aí está a diferença. Tentar ou desistir não são bons ou maus em si. Não há a bondade implícita nisso. O que sempre teremos que lidar é com as questões disso, com a vida e as pessoas nela perguntando o que pretendes e o que queres.

Talvez não há uma só resposta, não há um momento único para tentar ou desistir.

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A P O L O is natanael freitas
Contra Argumento

Refresco de groselha, com sabor de limão, mas parece tamarindo.