Quatro Ganchos para Aventuras medievais!

Aproveite um desses quatro exemplos em sua mesa de RPG.

Nina Bichara
ConversAção
3 min readJun 7, 2019

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Aproveite uma destas propostas de aventuras nas suas sessões de RPG de mesa medieval! E nos conte nos comentários quais foram os resultados.

Rosto Roubado

Enquanto o grupo passa por uma peculiar cadeia de montanhas, ouvem um grito ecoar por uma das cavernas. Ao adentrar a caverna escura para receber o chamado de socorro. Os aventureiros se deparam com uma mulher de longos cabelos pretos e olhos tão escuros quanto uma noite sem lua. Ela escorregou em um precipício da caverna, que descia para além da vista, e não conseguia subir de volta.
Ao mesmo tempo que o grupo tenta ajudá-la. Uma mulher, com exatamente as mesmas características e o mesmo rosto aparece correndo. Ela diz que uma criatura roubou seu rosto e está tentando atrair o grupo para o abismo.
Em resposta, a mulher do abismo conta que ela está mentindo, e que tinha sido jogada no abismo por um monstro que queria atrair mais vítimas.

Nenhuma parece mentir. É preciso escolher em quem acreditar.

Photo by Aaron Burden on Unsplash

Festival da Colheita

Um vilarejo festeja alegremente sua colheita abundante e convida as aventureiras a dividir seu enorme banquete. As mesas estão abarrotadas de abóboras recheadas, pão e geléias, sopas de legumes e carnes de caça de pequeno porte. Todos bebem e se empanturram de boa comida. Até que a líder da cidade comunica ao grupo.
— Agora que comeram de nossa carne e saborearam nossa colheita, vocês devem alimentar a grande matriarca. Que nos protege e nos abençoa todos os anos.
Ao sinal da Líder, os aldeões empurram uma pedra de uma encosta, revelando uma fumaça com cheiro ácido saindo de lá de dentro.

Imagem de Alberto Luna https://www.artstation.com/albertini

Amor Âmbar

Um homem perambula pela floresta, com pés cambaleantes e o olhar vidrado. Quando os aventureiros interceptam o confuso homem ele lhes conta sobre um terrível Guerreiro, que vendeu sua alma a um deus poderoso em troca da alma de sua falecida esposa. O velho disse que tinha acabado de fugir da casa do Guerreiro e que parte de sua punição é que ele apenas poderia ver a esposa enquanto tivesse naquele casebre. O velho também contou que sua esposa, uma senhora de belos cabelos brancos e crespos também foi vítima do Guerreiro e não pode escapar.

Ele pede desesperadamente pela ajuda dos aventureiros. Já que o guerreiro deve sacrificar uma pessoa por dia para manter a alma de sua amada ao seu lado.

Ao chegar na casa de terra e palha, os aventureiros veem uma bela jovem de pele melaninada, presa em uma etérea gaiola de fumaça.
Quando o velho adentra a porta, seu corpo se transforma e uma poderosa armadura de prata com respingos de sangue protege seu corpo.

Photo by Yoosun Won on Unsplash

O Vale da Meia-Noite

Ao anoitecer, o grupo avista um vilarejo simples, não muito populoso. Após recuperarem energias da viagem, partem no início do dia seguinte rumo a um novo desafio. Durante o caminho, percebem que o mesmo vilarejo é avistado à frente, novamente. Ao adentrarem, são recepcionados pelas mesmas pessoas, e a sequência de eventos é rigorosamente igual à anterior. Quando o sol nasce, a vila desaparece, apenas para reaparecer, sempre à distância, na noite seguinte.

Há uma sequência única de eventos que, caso não não seja descoberta e interrompida, prenderá o grupo em um looping eterno de avistar o vilarejo ao longe e vê-lo desaparecer diante de seus olhos na manhã seguinte… e avistá-lo à noite, novamente.

Texto adicional Rafael “psicopomp0” Cruz

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Nina Bichara
ConversAção

Escritora, editora, fazedora de joguinhos e streaming de rpg. Gente por ocasião, hobbit por amor. Escrevo aqui para espantar monstros pimpões.