InQuietudes

Paraty Em Foco
2 min readAug 8, 2017

ENSAIO de Ney Couteiro, Pré-Selecionado

Sinto um incômodo constante atravessando minha garganta, como um punhal mortal prazeroso de almas, como se algo gritando dentro de mim e eu não consigo escutar, ou simplesmente, ignoro, dentro das impossibilidades da minha arrogância.
Acho que vivo na ignorância cimentada de falsas ideologias, teologias, de falsos juízes do meu julgar, de uma imoralidade disfarçada de virtudes, de uma beleza material implantada impostamente e que aceito sem questionar.

Prédio de areia em ruínas, somente o que sou…
A manhã estava fria! Visto-me e saio para repetir o que faço todos os dias! Todos os dias foram como ontem!
Todos os dias são como hoje!
Serão como amanhã, amanhã e amanhã…
Onde estou que não me encontro?
Preciso rasgar essa capa que me cobre de falésias e quimeras!
Eu sou a mentira de mim mesma!
Hoje, ressurjo como algo novo!
Uma nova flor nesse desesperado jardim de encontrar-me.

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