A segunda-feira

Vitor Diego Rodrigues
Cotidiano Sensível
2 min readMay 8, 2018

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Escrevo versos falidos falados ao vento que não são versos. A honestidade entranhada em meu estilo acadêmico tem duas faces: a do mal e a do bem, para além deles, o que mais se vê ou se viu, cai como um pano molhado, a vida, a low and high society — objeto de meus textos e análises.

Contra meu estilo, a própria sociedade ruge e se gritas como o leão, és camelo sem nunca alcançar qualquer bebê. Em um certo período, antes de Mariele, antes de São Paulo, houve dois mil e treze que fez cair vossa excelência, colocada por nós, mortais como um voto de confiança. E a confiança, onde ficou?

Não bastara Mariele, há indícios (indícios não, certeza) de que a escravidão veio à tona e na guerra contra a escravidão contemporânea, surge no emaranhado dessa sociedade, a luta. A luta é pelos pobres, pelos subalternos, pela diversidade, pela mudança, a luta é pela luta. Pela diferença. Ali, ao lado, aqui, perto, em todo lugar.

A cada dia que cruzo um companheiro de turma, a certeza de que o mundo resiste, já que a turma resiste. A cada dia longe do que amo, a certeza de que escolhi certo (ao menos, dessa vez)! Contra esse inverno que tentou se apropriar de um espaço de luta, a luta. E se nas entrelinhas, incompreensível, f o r a f a s c i s m o.

Em meu exílio, pela estabilidade mental e material que nunca tive, acompanho de longe as notícias. A vida é como xadrez, em todo lance pensado, a resposta que ela dá, imprevisível. Se choras ao pensar no futuro, que esse choro seja revertido em guerra; a guerra necessária, a guerra contra eles, os senhores.

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