Review da temporada 20/21 da NFL: Surpresas e Decepções

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4 min readJan 29, 2021

Mais uma temporada está chegando ao fim na National Football League. Teremos daqui a uns dias o jogo mais importante da temporada, onde Tampa Bay Buccaneers e Kansa City Chiefs vão disputar o troféu Vince Lombardi. Contudo, existem histórias que marcaram a temporada de 2020 e claro, muitas delas não eram esperadas e outras só confirmaram algumas previsões. E o legal é isso, todo fim de temporada nós temos a chance de olhar para a semana 1 e perceber a construção de narrativas e situações. Neste texto, trarei minhas surpresas e decepções da temporada, tanto coletivas quanto individuais.

Surpresa: Cleveland Browns

Andy Lyons | Getty Images

Sim, Kevin Stefanski achou a identidade deste time e fez uma temporada histórica no comando de Cleveland. Sendo o primeiro ano dele como HC da franquia, ele pegou um elenco em uma situação complicada. Eles decepcionaram em 2019 e estavam nos holofotes da NFL, nomes como Odell Beckham, Myles Garrett e Baker Mayfield, comandavam as manchetes da cidade quando o assunto era futebol americano. Porém, não era pelas jogadas ou vitórias, mas sim pelas situações fora de campo.

Em um contexto onde tudo podia dar errado, eles vão para os playoffs e conseguem uma vitória para entrar nos livros, contra o maior rival, Pittsburgh Steelers, fora de casa. Foi simplesmente absurdo enxergar o amadurecimento desse time. Baker Mayfield ao final da temporada se consolidou (a meu ver) como um dos 10 melhores quarterbacks da liga, pelo cuidado que apresentou com a bola, pelas decisões tomadas e evolução, comparado ao desempenho de 2019. Eles mostram um teto de produção promissor e são um dos times mais interessantes acompanhar em 2021.

Decepção: Dallas Cowboys

Roger Steinman | AP

Esse é um tipo de decepção diferente, pois grande parte da expectativa que tínhamos era em cima de Dak Prescott. Obviamente nós sabemos o que houve e naquele momento, eu vi a temporada dos Cowboys indo embora. Lembrando que até aquela semana Dak liderava a NFL em jardas e em jardas por jogo. Estava caminhando para a temporada mais produtiva da carreira, ainda por consequência das peças que foram apresentadas na franquia.

Cee Dee Lamb, o calouro wide receiver que era meu favorito desta classe, se juntou ao time e mostrou um talento extraordinário. Ezekiel Elliott, que é um dos running backs mais prolíferos da liga e consegue exercer múltiplas funções em campo. Amari Cooper, um recebedor inteligente, que possui uma separação ótima e consegue produzir em vários tipos de rotas. Enfim, esse time tinha um potencial gigantesco, na qual podiam se sair muito melhor se contarmos a divisão que eles residem. Esperamos que Dak volte 100% para a temporada de 2021.

Surpresa: Josh Allen e Stefon Diggs

Rick Scuteri | Crédito: AP

O Buffalo Bills se tornou um do times mais verticais da NFL e isso se deve a dois jogadores. Allen e Diggs criaram uma conexão especial, os colocando como uma das duplas mais explosivas da liga. O recebedor que esteve em sua primeira temporada em Buffalo, liderou a NFL em recepções e jardas recebidas, colocando uma eficiência ótima e elevando sua categoria entre os da mesma posição. Já o quarterback enxergou em 2020 uma redenção, na qual teve uma temporada de calibre MVP, mas que não foi o suficiente para superar a de Aaron Rodgers, franco favorito ao prêmio.

Foram um dos times mais consistentes da temporada regular e mostraram evolução defensiva. Eu sinceramente estou curioso para saber o que eles podem trazer de novo para a próxima campanha, porque além de se mostrarem produtivos, eu vejo um refino nas chamadas escolhidas pela comissão técnica, que pode ser uma das mais precisas futuramente na AFC.

Decepção: Michael Thomas

Parece que isso sempre acontece. Thomas em 2019 teve a melhor temporada da carreira, onde quebrou o recorde de recepções em uma única temporada. Além de ter sido o jogador ofensivo do ano e só aumentou as expectativas para o torcedor de New Orleans. Entretanto, o que vimos foi um desempenho de baixa qualidade, que em grande parte foi por causa de contusões, isso vale ser citado, mas que quando não foi por causa disso, o volume de jogo não esteve presente.

Um exemplo disso foi nos playoffs contra os Bucs. Michael Thomas não teve nenhuma recepção e foi completamente anulado, o resultado disso foi uma limitação no ataque dos Saints (que sofreu com lesões a temporada inteira), que teve como consequência a eliminação da equipe. Agora que provavelmente eles não terão Drew Brees como quarterback, podemos ver a versatilidade de Thomas com um QB diferente.

Conclusão

Ainda existem muitas nuances que mereciam ser citadas, mas isso fica para uma próxima vez. Até lá, temos um Super Bowl para assistir e presenciar a história sendo feita diante de nossos olhos. Independente do resultado, sabemos que será lembrado por muitos anos e que vamos conversar mais e mais sobre o ano de 2020.

Texto de: Davi Alves

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