Review: Super Bowl LV

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3 min readFeb 9, 2021

Finalmente temos o desfecho da temporada de 2020 e agora podemos ter um olhar mais amplo do que realmente aconteceu. Porém, antes disso, vamos falar por cima o que aconteceu no jogo mais importante da temporada e seus respectivos personagens.

A partida e suas expectativas

O que faz um jogo? Parte da história é o fim, mas antes mesmo de termos o chute inicial, nós temos a expectativa e o peso que o nome “Super Bowl” carrega. Poucas pessoas esperavam o que aconteceu, inclusive eu. Eu percebia esse jogo com mais equilíbrio e competição, mas o que vimos foram os desfalques sendo parte chave para o resultado da partida. Obviamente temos que destacar o trabalho primoroso que Todd Bowles realizou ao chamar as jogadas defensivas para Tampa. Essa defesa que fez uma das partidas mais sólidas e consistentes de uma unidade na história da NFL.

Ao assistir aquela defesa, eu via os Bears de 1985, os Ravens de 2000 e 2012, mas não. Aqueles eram os Bucs de 2020, o time que trouxe para esta temporada o maior jogador de todos os tempos, para comandá-los até à terra prometida. Dito e feito.

Tom Brady foi eleito MVP da partida após ter o melhor rating de um QB na história do Super Bowl. Foram 3 TD’s lançados e um rating de 125,8, além disso (claro), ele conseguiu o SÉTIMO título da sua brilhante carreira. Estando acima de todos, literalmente todos. Contudo, o que temos que destacar aqui é a pressão que Tampa Bay colocou em Mahomes, que foi a maior já registrada em uma partida de SB.

Desde o início da partida Mahomes estava desconfortável com os desfalques na proteção, a OL estava toda improvisada e isso foi a essência daquilo que testemunhamos. Ao todo foram 29 pressões que o QB sofreu, onde só colocaram blitzes em 5 oportunidades, mostrando novamente que mesmo com menos de 5 jogadores, infiltrar nas trincheiras adversárias estava sendo fácil para o front seven dos Bucs.

Entretanto, o que vimos dos Chiefs?

O tendão de aquilos de Kansa City

Quando assistimos o time dos Chiefs durante a temporada, parecia que eles não tinham fraquezas em seu ataque, e isso era plausível. Estamos falando de uma unidade que contém o QB na visão de muitos, mais talentoso da história, o WR mais rápido da liga e o TE mais dominante da NFL. Além de contar com um jogo terrestre consistente. Porém, o jogo vertical de Kansa City foi anulado pela ótima cobertura e tomada de decisão que Bowles colocou em campo.

Deixando sempre dois safeties no fundo do campo e fazendo uma marcação em zona, os defensores tiveram liberdade para flutuar durante as jogadas, forçando Patrick Mahomes a sempre ir para a segunda ou terceira leitura. Foi isso que ganhou o jogo. Também podemos perceber que quando Mahomes conseguia tirar um coelho da cartola, os recebedores não faziam jus aos números que colocaram durante toda a temporada.

Mesmo perdendo, o QB dos Chiefs mostrou resiliência. Não estando 100%, com a proteção fragilizada e uma pressão que NENHUM quarterback recebeu na história do Super Bowl, acredito que ele vai entrar para a temporada de 2021 melhor do que esse ano, o que parece impossível.

Temporada de 2020

Ao final de tudo, Brady ficou de pé mais uma vez. Mahomes coloca uma derrota na sua jovem carreira, que já é histórica, mas pode e vai ser mais ainda. Nada impede Kansa City de voltar melhor, mais experiente e com bagagem para repetir o feito de 2019. Mas também nada impede os Bucs de voltarem onde já estão, porque parece que nem o pai do tempo vence o número 12. Com isso encerramos mais uma temporada e, como disse em textos anteriores, ansiamos para presenciar a história sendo feita a cada dia.

Até a próxima temporada.

Texto: Davi Alves

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