uma dieta à base do foda-se
Acabou a ditadura do brócolis e da couve-flor. Na nova era temos doces, carboidratos e frituras à vontade
Foda-se! A partir de agora eu vou comer cachorro-quente com salsicha carregada no corante e mergulhada no molho de tomate da marca mais vagabunda. Vou almoçar strogonoff da Perdigão, lanchar torta de frango da Pif Paf e jantar lasanha congelada da Sadia. Pão francês e seu glúten serão bem vindos também.
Acabou!
Quero que os brócolis, a couve-flor e a rúcula sumam da minha vida e me bloqueiem de qualquer contato para evitar um “Oi, sumida”. Suco verde, nem pensar! A parada agora vai ser litrão de coca-cola no gargalo, sambando na cara da diabetes. Doce então vai ser consumido aos montes: paneladas de brigadeiro molinho para comer à colherada, doce de leite no canudinho e caixas de chocolate Bis. Tudo que for açucarado nessa vida estará no armário da cozinha.
Que se dane a berinjela gratinada ao forno, o nhoque de abóbora com farinha de arroz e o creme de espinafre. Chega de baixo-astral! A partir de agora vai ser tudo congelado, artificial e engordurado, mesmo que isso encurte a minha vida em 20 anos.
Não vejo vantagem nenhuma em viver 100 anos comendo batata doce com frango. E tem mais…
“Pêêêêmmmm” (despertador toca e interrompe a minha orgia gastronômica). Acordo. Foi só um “pesadelo”, ufa, sigo para o meu café da manhã com tapioca recheada de ricota, acompanhada de café com leite vegetal. Nada mudou! Que alívio!
Se bem que aquele brigadeiro…