Profissão de fé

Luiz Paulo Souza
Crônicas de um Monstro
2 min readDec 1, 2019

Quando as coisas estão meio caóticas, às vezes, é bom tentar levantar algumas coisas pra nos lembrarmos de quem somos, né? Fiz essa “profissão de fé” no início do ano, no twitter, quando as coisas, no geral, não estavam indo tão bem. Agora, 10 meses depois, pareceu necessário, de novo. Não que eu não esteja bem, mas muita coisa tem acontecido. Então bora lá…quem sou eu?

Ismália — Emicida | Oração — Linn da Quebrada

Eu sou um homem negro, eu sou um escritor orgulhosamente medíocre, eu sou um biomédico em formação, eu sou viado; eu sou amigo, eu sou filho, neto e sobrinho.

Eu sou o cara que tem dinossauros no banheiro, eu sou o cara que ama conversar, que se apaixona rápido, mas dificilmente; eu sou o cara que tenta deixar a toalha por perto pra sentir o cheiro mais uma ou duas vezes; eu sou o cara que gosta de ler ficções e biografias, que gosta de filmes indie; eu sou o cara que supera e depois tenta, de novo e de novo.

Eu sou medroso, talvez um pouco covarde; eu sou impulsivo, eu sou extremamente sensível; eu sou o cara que manda mensagens aleatórias. Eu sou o algo entre as antíteses, eu sou feliz e romântico por natureza, eu sou filho de Xangô. Eu sou um viajante sem carro, eu sou um pai sem filho, eu sou um grande sonhador.

Eu sou um monstro. Eu sou um grande quebra cabeças, sou peças soltas. Eu sou história, e, hoje, eu ainda completaria: eu tenho sido forte pra caralho.

Acho que isso vai se tornar obsoleto mais rápido do que eu espero, mas deixemos as coisas como tiverem que ser, não? e você, quem é [pelo menos até agora]?

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