Coisas vistas, lidas e ouvidas em 2016

Pedro Turambar
Crônicas do Cotidiano
5 min readJan 4, 2017

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No início desse ano que termina hoje, eu me dei uma missão: listar tudo que eu consumisse, em relação a cultura e entretenimento, durante 366 dias. Foi difícil e eu com toda certeza não anotei tudo. Traço da minha personalidade, talvez, que não consegue manter nenhuma rotina por muito tempo. Vou ignorar, porém, as abstenções e focar no que está, de fato, na lista.

Sistema de notas

Como eu, obviamente, não vou fazer um review de cada item, criei um sistema de notas que é facilmente entendido. Meu padrão é uma simples escala de 1 a 5, sendo 1 uma bosta e 5 ótimo. Além disso, coloquei mais duas notas especiais. 5/7 que é um meme e uma história engraçadíssima, são coisas realmente muito muito boas, obras que me surpreenderam e me ensinaram alguma coisa além de apenas me entreter.

19 é a nota infinita. Se alguma coisa tem um 19 na frente, é porque eu amo, muito. Não é necessariamente bom, mas mexe comigo num nível pessoal, a ponto de eu não conseguir separar meu coração da minha cabeça.

Obs.: Vou falar de uma obra de cada categoria apenas, alguma coisa que saltou aos olhos.

Filmes

Star Wars: O Despertar da Força . 19

Joy . 3

Steve Jobs . 5

Creed . 5/7

Indie Game: The Movie Special Edition . 5/7

A Grande Aposta . 5/7

Spotlight . 19

Straight Outta Compton . 19

Trumbo . 5

The Hateful Eight . 5/7

O Quarto de Jack . 5

AMY . 5

Batman v Superman . 2

Batman v Superman: Ultimate Edition . 4

Capitão América: Guerra Civil . 4

John Wick . 5

Sushi (Jiro) (documentário) . 4

Deadpool . 5/7

Warcraft . 4

Memento . 19

Sicario . 19

Hellboy . 5

Esquadrão Suicida . 1

Interstellar . 5

Arrival . 19

Animais Fantásticos e Onde Habitam . 5

Rogue One . 5

Procurando Dory . 3

Zootopia . 4

Doctor Strange . 4

Star Trekk Beyond . 3

X-Men Apocalypse . 3

Ghostbusters . 3

Homem de Ferro 3 . 3

Rogue One — A Star Wars Story . 19

Começando e fechando o ano com Star Wars. Ao todo, 35 filmes. Pouco? Eu acho. Dá pra assistir, pelo menos, dois filmes por semana, entre cinema, Netflix, locadora do Paulo Coelho, Youtube e TV, o que daria, no total, 104 filmes. Outro problema, a lista é quase toda de blockbuster. Não tem nada fora desse círculo, o que já cria um objetivo para 2017:

Assistir mais filmes e mais filmes fora de Hollywood.

Dentre esses que assisti, pra mim, o melhor do ano é Spotlight. Como ele foi lançado em 2015, vou de Arrival. No coração, fica Rogue One mesmo. O exemplo negativo fica por conta de Esquadrão Suicida. Que filme desnecessário, que coisa horrenda.

Séries

How I Met Your Mother . 5

Black Mirror . 5/7

Sense8* . 3

Making A Murder* . 2

Cooked . 5

House of Cards S04 . 5/7

Demolidor S02 . 5/7

The Ranch* . 2

That 70’s Show . 4

Game of Thrones* 6a (último ep) . 5

Vikings . 4

Shokugeki no Souma . 5

Stranger Things . 19

Westworld . 19

23 de Novembro* . 3

The Walking Dead* . 5

Luke Cage* . 3

Série é uma coisa difícil de encaixar nas mil coisas que temos que fazer todos os dias. Essas aqui não tenho muito o que dizer na questão de quantidade. Apesar de estarem 17 aí, as com asteriscos eu vi apenas um episódio ou poucos e não terminei nem uma temporada.How I Met Your Mother eu reassinai e escrevi um graaaande compendium que será lançado num futuro próximo. Do absoluto longe, a melhor série do ano é Westworld. Em todos, todos os aspectos. Mal posso esperar pelo que eles vão trazer nas próximas temporadas. Segura o hype!

Destaque negativo, Walking Dead, que continua sendo uma série com dois episódios incríveis por temporada. Um desperdício. Luke Cage também foi bem decepcionante.

Hamilton

Hamilton (Original Broadway Cast Album) . Sem nota

Mixtape . 19

Bootleg . 19

Essa categoria era para chamar “Música”. Porém, eu praticamente não anotei coisas novas que eu escutei em 2016. Apesar de ter descoberto o Rap e o Hip Hop, o que inclusive me ligou mais rápido e fácil à Hamilton. Digo, sem pestanejar por um segundo sequer, que é a melhor obra de arte que eu já tive contato na minha vida.

Se eu ficasse perdido em uma ilha e pudesse ter apenas uma coisa comigo, isso seria o cast album de Hamilton.

Nada me tocou profundamente como a obra prima de Lin Manuel Miranda. Se você não sabe do que se trata, vá procurar. Eu garanto a você que você não vai se surpreender.

Livros

Os Filhos de Húrin . 19

O Silmarillion . 19

Zona Morta . 5

Warcraft — Ruptura . 5

Warcraft — Marés da Guerra . 5

Warcraft — Crimes de Guerra . 5/7

Como Ler Como Um Escritor* . 3

23 de Novembro . 5

HQ’s

Achados & Perdidos . 5/7

É assustador, aterrador e até patético para alguém que se diz escritor ler 8 livros em um ano. Sendo quatro releituras, um ainda não terminado e três livros de autor contratado para contar histórias sobre o universo de um jogo. Não é só pouco. É sintomático.

É algo tão essencial na minha vida como cuidar da saúde. Não honrei o rosto do meu pai.

Dito isso, esses livros de Warcraft são realmente muito bons. Principalmente Crimes de Guerra, uma baita história de julgamento com tudo que o gênero tem direito. Foi fantástico revisitar esse universo que eu gosto tanto. Fica a menção também, da única HQ que li esse ano (e foi linda de ler). Achados e Perdidos é obrigatória.

Jogos

WoW . 5/7

1010 . 4

FIFA 16 . 5

XCOM . 5

Hotline: Miami II . 4

Dark Souls II . 3

The Witcher 3* . 5

The Last of Us* . 5

Fifa 17 . 5/7

Stardew Valley . 5

Hitman GO . 5

Gone Home . 3

Abe’s Oddyssee Remaster . 5

Broforce . 4

Bloodborne . 4

Journey . 19

Passei o ano de 2016 basicamente jogando Wow. Joguei as últimas semanas da esquecível expansão de Warlords of Draenor e toda a preparação e o início de Legion, que revitalizou e melhorou demais a experiência de jogar Wow. Porém, não encosto no jogo desde que FINALMENTE entrei na nova geração de consoles (ou já seria antiga?) com meu novíssimo PS4 — presente de natal para mim mesmo.

Desde então meu tempo tem sido tomado basicamente com Fifa. PORÉM, pude experimentar Witcher 3 e entender porque é dito como um dos melhores de todos os tempos. Nunca vi, nem de perto, um jogo tão vasto ser tão bem escrito assim. PQP. Talvez ficasse com o meu preferido do ano, se eu não tivesse, enfim, experimentado e vivido Journey.

Journey não é só um jogo. É um aprendizado, sobre a vida, sobre a gente mesmo, sobre o universo e sobre a morte. E de como ela é só um ponto fixo, nada além disso.

A jornada, e quem faz parte dela, é tudo que importa de verdade.

Então, só posso terminar esse texto com um desejo de um ótimo ano e que seus encontros e desencontros sejam incríveis. :)

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