A luta do bem contra o mal em Os Anéis do Poder e a relação com educomunicação.

Lucas Santos
Creative Bee
4 min readNov 28, 2022

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Como a série aborda o bem contra o mal trazendo de maneira subjetiva questões sociais atuais.

Com orçamentos bilionários e grande ambição ao retratar questões raciais e de gênero, a serie Os anéis do poder vem sendo desde o seu anúncio criticada pela comunicada na qual ela busca estar inserida. Apesar das críticas a série foi bem recebida por parte das pessoas com mais de 1.1 bilhões de minutos assistidos, contribuindo para o desenvolvimento da segunda temporada, anunciada logo após a estreia da série.

Construída em cenários fascinante e figurinos exuberante, a série concede aquele que assiste uma experiência quase impressionista com uma riqueza enorme de cores e detalhes, combinada com ótimas atuações e um enredo que incita a curiosidade e expectativa.

A historia

A série é baseada em apêndices e textos inacabados das obras de John Ronald Reuel Tolkien (J.R.R Tolkien), que retrata os acontecimentos antes dos filmes do cinema de “Os Senhor dos anéis” de Peter Jackson. A grande essência da narrativa é sempre pautada entre o bem versos o mal, isso é visto de maneira subjetiva ao decorrer da trama. Nos primeiros episódios é apresentado cinco grandes grupos:

Os Elfos com a protagonista Galadriel, buscando incansavelmente o Vilão Sauron para vingar seu a morte de irmão.

Caladriel no palacio de Numenor.

Os pés peludos, que no futuro se tornariam os “Hobbits”, apresentando uma comunidade amigável e acolhedora, com ações sempre pautadas em ajudar o próximo e aceitar ajuda, como é visto em uma fala da Marigold para sua filha Nori “ninguém sai da trila e ninguém anda só, temos uns aos outros”.

Os “Pés peludos” com Nori abaixo na esquerda, Marigold acima na esquerda, Lardo ao centro e Poppy a direita.

A população das terras do Sul, mostrando suas dificuldades em prosperar e a constante vigilância dos elfos, além do romance entre Arondir (elfo) e Bronwyn (humana).

Bronwye a esquerda, Arondir ao centro, Theo (filho de Bronwye) a direta e a população das terras do sul ao fundo.

Os anões com suas exuberantes cidades construidas sub a montanha, com os protagonista Durin VI e Disa sua esposa, mostrando uma relação amorosa e fiel entre si.

Durin VI e Disa

Os numenoríamos (humanos descendente de elfos com humanos) que vivem isolados na ilha de numenor, liderados pela rainha Míriel.

Raianha Míriel de Númenor

por fim os Orcs, liderado por Adar um elfo corrompido pela escuridão, que buscar construir um lar para os Uruk e trazer a escuridão de volta para a terra média.

Adar o lider dos Orcs

Esses grupos ao decorrer da narrativa sem colidem e separam, mas todos interligados e acrescentando detalhes para ao fim apresentar como e quando os anéis do poder foram forjados e além do retorno de Sauron.

Representatividade e diversidade

Os personagens apresentados são em sua maioria carregados de representatividades e significados, como é o caso do Arondir, um elfo negro responsável por vigiar os humanos das terras do sul e garantir a paz ou da protagonista Galadriel, representada de maneira forte, destemida e valente. Essa diversidade e visibilidade é algo exclusivo da série, fato esse que foi muito criticado pelos fãs.

A série carrega consigo pautas sociais que se acercam sobre o protagonismo feminino e a representação da mulher como forte e independente, além da luta pela representatividade de negros em superproduções. Essas pautas causaram muitas adversidades quanto ao desempenho e faturamento da série, isso porque os fãs da obra original boicotaram a série, justificando não ser fiel aos escritos originais e por acrescentar e modificar personagens. Vale destacar que muitos dos argumentos levantados na internet a cerca desse assunto são de cunho racista e machista, uma vez que a obra original foi publicada 1959, época cuja questões sociais eram pouco debatidas e exploradas em livros.

A comunicação

A comunicação Dialógica é muito utilizada em diversas cenas da série, contudo é possível observar com maior clareza no episódio x, durante uma conversa entre amigos, o Elfo Elrond e o Anão Durin, na qual mostra o Elrond assumindo seus erros, após ter mentido a Durin e enganado, para beneficiar seu povo e a si mesmo e seu amigo anão se desculpando por ter escondido segredos, ambos mostrando ser ouvintes e compreendendo o motivo pelo qual cada um havia feito tais ações.

Durin VI e Elrond

A série traz consigo a reflexão sobre como lidamos lutas internas, mostrando que é preciso mergulhar no próprio interior para assim conseguir vencer as dificuldades e que cada indivíduo influencia seu ambiente e o moldam, assim com o ambiente o molda, afinal “O homem é homem e o mundo é histórico-cultural na medida em que, ambos inacabados, se encontram numa relação permanente, a qual o homem, transformando o mundo, sofre os efeitos de sua própria transformação.” (FREIRE, 1985, p.52)

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Lucas Santos
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Adman of the future and Marketing intern in Cargill. Lover of art, nature and people. Hobby design and illustration🚀🌔