As SUPER estratégias do Facebook contra os rivais

Entenda como o Grupo Facebook é o mais forte na concorrência e porque é o “Super-Homem” das redes sociais

Sávio Marra
Creative Bee

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Em 2004, surgia o Facebook, que, 8 anos depois, em 2012, se tornaria a maior rede social do planeta, sendo assim até hoje, com torno de 3 bilhões de usuários ativos por mês. Esse monstro da internet foi criado pelo gênio do empreendedorismo Mark Zuckerberg, que, não contente em ser fundador da maior de todas as redes sociais, é também atualmente dono de outras 2 que estão no top 5 mundial: Instagram e WhatsApp.

Outra coisa que pertence a Zuckerberg e está entre as 5 maiores do mundo (segundo a Forbes), é sua fortuna, resultante do sucesso estrondoso e contínuo de seus negócios, ainda que se trate de um ramo com condições extremamente instáveis e maleáveis. De que maneira Zuckerberg mantém a constância de excelentes resultados, sendo o líder de seu mercado, mesmo trabalhando com algo totalmente dependente das tendências? Que poderes ele tem para conseguir esse feito? Vamos entender isso agora!

A super rede social

Pense na seguinte ilustração:

Você não precisa saber muito sobre quadrinhos e super-heróis para conhecer o Super-Homem e saber que ele é o personagem dentro desses universos que tem a maior quantidade de super poderes. Enquanto a maioria dos outros heróis e vilões da DC e da Marvel têm um ou dois poderes apenas, o kriptoniano tem uma lista deles, por exemplo:

O Hulk tem super força e é invulnerável; Olga Mesmer tem visão de raio-X; o Homem-de-gelo faz gelo; o Ciclope dispara raios pelos olhos; o Tornado vermelho voa e faz grandes ventanias; Tony Stark é super inteligente; o Flash tem super velocidade; o Demolidor tem super sentidos; já o Super-Homem tem todos esses poderes ao mesmo tempo!

Enquanto outros personagens precisam se virar com seus poucos recursos, o Homem de Aço tem um diferente para cada situação.

E então, o que as coisas acima ditas têm a ver com as redes sociais de Zuckerberg? O Seguinte: elas são plataformas com uma gama enorme de funcionalidades, somando várias ferramentas ao mesmo tempo, enquanto outras têm uma quantidade limitada de opções. Então, da mesma forma como comparamos Clark Kent aos outros heróis, vamos comparar aqui, Facebook e Instagram às redes sociais concorrentes:

Facebook Namoro .vs. Tinder

O Tinder é um aplicativo de namoro lançado em 2012, que se baseia na geo-localização para ajudar pessoas a se encontrarem com o intuito de “paquera”. Nele aparecem pessoas próximas a você segundo os filtros que escolhe (distância, idade e sexo), que você pode optar por “curtir” e se a curtida for recíproca, inicia-se uma conexão para que vocês possam conversar.

Já o Facebook Namoro é uma ferramenta dentro do Facebook que surgiu em 2018 e, talvez não seja tão conhecida, mas nela se pode criar um perfil à parte do principal e utilizá-lo com uma lógica parecida com a do aplicativo antes citado, com algumas diferenças é claro, mas se faz uma alternativa para que as pessoas não precisem “sair” do Facebook para arranjar um encontro e conhecer novas pessoas com interesses românticos.

Fecebook Watch e Instagram IGTV .vs. YouTube e Twitch

O YouTube foi fundado em 2005 e com o tempo se tornou disparadamente a maior plataforma de vídeos do mundo, onde se encontra todo tipo de conteúdo neste formato de mídia. Já a Twicth é uma rede social de vídeos também, mas mais especificamente de vídeos ao vivo, que foi fundada em 2011, e era bem focada em vídeo-games, mas com o tempo variou levemente seu conteúdo e alcançou considerável sucesso.

Enquanto isso, o Instagram implementa em 2018 o IGTV, funcionalidade (que também é disponibilizada em aplicativo próprio) onde se pode postar vídeos longos e fazer lives, apesar de haver duas limitações: o tempo máximo é de 60 minutos e o formato do vídeo deve ser em 16:9 ou 9:16. E o Facebook lança em 2017 o Facebook Watch, plataforma onde também se pode publicar vídeos e lives, sem limitação de tempo e formato, e tem sido um enorme concorrente do YouTube e principalmente da Twitch, já que conta com a presença de muitos produtores de conteúdo com um públicos relevantes.

Instagram Reels .vs. TikTok

Surgido em 2014 na China e originalmente chamado de Musical.ly, o TikTok é uma rede social onde se pode postar vídeo curtos de 15 a 60 segundos, podendo utilizar-se do áudio próprio do vídeo criado ou do áudio de algum outro vídeo já postado na plataforma, contando com várias ferramentas de edição. Essa rede social começou a ter seu “boom” em 2019, consolidando-se em 2020, quando veio a pandemia da COVID-19, com as pessoas passando mais tempo em casa, consumindo e criando mais conteúdo online, tendo sido este o aplicativo mais baixado ao redor do mundo neste ano.

Com a ameaça do aplicativo chinês, Zuckerberg e sua equipe não demoraram muito e criaram em 2019 o Instagram Reels, que é uma funcionalidade que faz, basicamente, o mesmo que o TikTok, porém com algumas ferramentas de edição a menos. O que chama a atenção, porém, é que, nos últimos tempos, o Grupo Facebook tem falado em projetar o Reels como a principal funcionalidade do Instagram, fazendo com que a rede social deixe de ser uma “plataforma de fotos” e passe a ser uma “plataforma de entretenimento”, o que mostra a preocupação de Zuckerberg em acompanhar as tendências e investir forte contra o grande e crescente concorrente.

Facebook e Instagram Stories .vs. Snapchat

O Snapchat é uma rede social criada em 2011, onde se publicam imagens e trocam-se mensagens que ficam disponíveis só por um curto período de tempo. O Snapchat foi responsável por uma grande tendência no mundo online, pois esse estilo de conteúdo temporário atraiu muitos a compartilharem seus cotidianos na rede social através de fotos e vídeos, o que até então não era muito comum, fazendo com que ela alcançasse grande sucesso entre 2015 e 2016.

Então, os Stories no Facebook, Instagram e até mesmo no WhatsApp, talvez tenham sido o maior “golpe” que Zuckerberg deu em um concorrente, pois em 2016 implementou essa ferramenta em suas redes sociais, com um formato praticamente idêntico ao dos posts do Snapchat, fazendo com que a audiência dessa rede social “voltasse” ao Facebook e Instagram, pois passou a poder compartilhar seu dia-a-dia por lá.

Desenho com Batman carregando a logo do TikTok e Super-Man com a logo do Facebook, ilustrando a metáfora do texto.

Como se aplicam as “Super” estratégias de Zuckerberg e o Grupo Facebook

Muitos outros exemplos poderiam ser dados; outras redes sociais poderiam ser citadas, como o lendário Orkut (a primeira grande “vítima” do Facebook); assim como poderíamos mencionar tantas outras funções que a rede social de Mark tem, como as plataformas de vendas, jogos e trabalho.

Outro ponto importantíssimo a se destacar sobre o grande número de capacidades das redes sociais de Zuckerberg, é o suporte para vários tipos de mídia. Diferentes de outras plataformas onde o texto se limita aos títulos e curtas legendas ou as imagens não passam de uma capa de ilustração, o Facebook e o Instagram integram texto, vídeo, fotos e áudios, permitindo que se crie através deles uma vasta quantidade de tipos de conteúdo.

Por fim, tendo em vista o que acima foi exposto, podemos resumir em 3 pontos as estratégias que Zuckerberg utiliza para lidar com a concorrência:

  • Aceitação de que o concorrente é forte: um detalhe que não foi mencionado ao decorrer do texto (e que não é segredo algum), é que o Facebook comprou o Instagram, o WhatsApp e, antes de criar os Stories, tentou comprar também o Snapchat, pois viu-se que em dado contexto não conseguiriam concorrer com as funcionalidades dessas redes sociais;
  • Aceitação de que seu produto pode ficar ultrapassado: Como já mencionado, Zuckerberg diz que o Instagram está deixando de ser uma rede social de fotos e passando a ser uma rede social de entretenimento. Isso se deu ao observar as tendências do que tem sido criado e consumido e a percepção da necessidade de se reinventar! Por exemplo, a gigante Blackbuster poderia ter sobrevivido ao observar que o estoque físico e aluguel de filmes estavam ficando obsoletos, assim como a Kodak ao ver a ascensão das câmeras digitais, ao invés de confiarem nos seus tradicionais monopólios.
  • Aceitação à implementação de novos serviços: Esse ponto explica os dois anteriores e justifica a ilustração do Super-Homem. O Grupo Facebook abre cada vez mais seu leque de funcionalidades, se fortalece cada vez mais de recursos e capacidades, buscando oferecer “de tudo” em suas redes sociais para que as pessoas não precisem ir para as concorrentes.

O grande empreendedor, “Clark” Zuckerberg, não permite que limites sejam postos na busca por ferramentas que tornem seus negócios cada vez mais poderosos para conquistar o êxito constante.

De que maneiras podemos nos reinventar e nos tornarmos cada vez mais fortes, somando habilidades e qualidades para encarar a luta pelo nosso sucesso? Pense sobre, e, enquanto isso, deixe sua palminha e siga a Creative Bee para ler mais sobre cases, novidades e conceitos da comunicação.

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Sávio Marra
Creative Bee

Quase publicitário, apaixonado por redação, planejamento estratégico, business intelligence e neuromarketing