Como e quanto o e-commerce cresceu na pandemia

Com a pandemia trazendo grandes complicações para o comércio físico, o e-commerce foi um dos setores com maior crescimento. Entenda como isso foi possível!

Thassila Fernandes
Creative Bee

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Todos sabemos que o mundo a partir da pandemia é totalmente diferente do que víamos antes dela. A maneira como o comércio teve que se adaptar foi extremamente brusca e acabou afetando muitos empreendedores, que por não darem atenção às novas tendências, fecharam seus negócios ao não conseguirem se adequar às mudanças. Mas vamos falar especificamente de um campo que sofreu muitos impactos neste período: o E-commerce. Uma tendência que vinha se desenvolvendo nos últimos anos, mas teve grande “boom” com a chegada da pandemia, se tornando um dos setores que mais se desenvolveu durante ela.

O que é o E-commerce?

Para entendermos suas principais mudanças, primeiro precisamos conceituar o que é o e-commerce. E-commerce (ou comércio eletrônico) diz respeito a um negócio que realiza transações comerciais de forma totalmente online. Porém, diferente do que muitas pessoas pensam, loja virtual e e-commerce não são a mesma coisa: a loja virtual é um portal de vendas, e acaba sendo somente uma ramificação e parte do e-commerce, já que ele não se restringe a apenas isso. Ou seja, o e-commerce é a junção de todas as etapas do processo de relacionamento online entre cliente e comerciante, o que vai além dos processos de compra e venda, possuindo interações, comunicação e integrando o Marketing Digital.

Como o E-commerce vinha se comportando até 2018?

Quando falamos de comércio digital antes da pandemia, podemos nos basear em uma pesquisa feita pela WebShoppers edição 39º (Ebit/Nielsen), um dos estudos com maior taxa de credibilidade a respeito do e-commerce e como seu crescimento vinha se desenvolvendo de 2011 a 2018:

O estudo foi realizado com base no faturamento do e-commerce nos últimos anos, sendo descrito a porcentagem de crescimento comparando cada ano ao ano anterior.

Vindo de uma forte evolução nos primeiros anos relatados na pesquisa, manteve-se uma porcentagem aproximada de crescimento em cada ano.

De 2011 a 2014:

  • R$18,7 bilhões para R$35,8 bilhões foi o aumento no faturamento;
  • 20% ou mais de taxa de crescimento em cada um destes anos.

Ainda em crescimento, mas apresentando uma queda na variação, os anos posteriores registraram porcentagens menores de subida, sendo:

  • 2015 — 15% de aumento;
  • 2016 — 7% de aumento;
  • 2017 — 8% de aumento;
  • 2018 — 12% de aumento.

Note que em 2018 a taxa volta a aumentar, apesar de ser um ano complicado para o comércio, considerando-se eventos como as eleições, alta do dólar e os impactos da Greve Nacional dos Caminhoneiros. Com base nos dados obtidos também nesta pesquisa, foi possível identificar que no ano de 2018 havia: 58 milhões de consumidores online (27% da população brasileira).

Expectativa e realidade do e-commerce em relação à Pandemia

Seguindo o crescimento e as estatísticas, de 2019 para 2020, era projetado um aumento de 19% em relação aos anos anteriores. Porém ninguém esperava uma pandemia a nível global. Então, com o fechamento das lojas físicas, a venda online deixou de ser uma opção para se tornar uma das únicas maneiras de se manter, mediante os novos decretos de fechamento e isolamento social (Tema que já mencionamos anteriormente). Porém o medo dos varejistas de não terem demanda online suficiente, ainda foi um fator de grande hesitação no início, mas, ainda assim, diferente do esperado, o comércio online no Brasil registrou o seguinte número: 50 mil aberturas de comercio online (400% em relação ao ano anterior à pandemia, que registrou uma média de 10 mil aberturas).

Houve também outros dados relevantes em relação ao e-commerce na pandemia:

  • 64% de aumento nas buscas por lojas online, de acordo com estudo da Nuvemshop.
  • 75% de crescimento em 2020 no E-commerce no Brasil; segundo o relatório da Mastercard SpendingPulse.

Com base nesses levantamentos, percebe-se que até mesmo quem não possuía o hábito de fazer suas compras onlines, fez em alguma vez durante a pandemia. Os setores com maiores índices de crescimento dentro do e-commerce, foram:

1º: Importados — +91,72% de crescimento;

2º: Pets —+88,04% de crescimento;

3º: Casa e movéis — +86,62% de crescimento.

Também em 2020, os consumidores são abertamente mais a favor de realizar suas compras online centralizando-as em seus dispositivos móveis, através do e-commerce que vem se tornando a principal forma de consumo neste e, provavelmente, nos próximos anos.

Com um crescimento tão grande, a competição e busca por clientes aumentou significativamente, visto que, na internet, o consumidor não se limita aos itens das lojas, então os comércios precisam atender e acompanhar os desejos de seu público, se mantendo atualizados. A expectativa de crescimento para os próximos anos é constante e com este novo cenário é necessário sempre estar se reinventando para se manter forte na competição. Quer uma dica para ficar atento às inovações no mercado? Segue a Creative Bee e já deixa sua “palminha” nesse texto!

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