Igrejas também se adaptam à nova realidade digital

Existem um mundo pré e um mundo pós pandemia. As organizações se reinventaram, e as igrejas não foram diferentes!

Camila Deolindo
Creative Bee

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Sabemos que a pandemia do COVID-19 trouxe diversos danos às sociedades e fez com que o mundo sofresse mudanças, forçando que houvesse muitas inovações em diferentes campos, principalmente nas áreas tecnológicas da saúde para combater e prevenir a doença em si, e da comunicação para que o contato entre as pessoas fosse adaptado a essa nova realidade onde passou a ser necessário o distanciamento social.

Na comunicação, diversas empresas e instituições tiveram que se adequar a um formato de reuniões e trabalho online, onde as pessoas passaram a se encontrar através de vídeo-conferências. Um tipo de organização coletiva que tem forte presença na maior parte do mundo ocidental e quem também teve de se remanejar para este novo cenário, foi o das Igrejas.

Como as igrejas se adaptaram às mudanças?

Antes da pandemia, várias igrejas já vinham se especializando nas áreas de mídias digitais, pois já haviam percebido a importância dos registros e transmissões de culturas ao vivo, com muitos testemunhos de conversão e cura através das redes sociais. Porém, a maioria delas ainda não estava nas redes, seja por ser contra essa inovação, ou por não achar importante e necessário, ou ainda por não estarem preparadas ou não terem pessoas dispostas a servir nessa área.

Com a chegada da pandemia, as igrejas, que são ambientes onde se fazem atividades baseadas na coletividade, se viram em um quadro inesperado: com as portas fechadas, os membros foram impossibilitados de irem aos templos e, para muitas dessas igrejas, houve um "desespero" por não estarem preparadas para seguir o formato digital. Os cultos passaram a ser transmitidos pela internet através de várias plataformas como YouTube, Instagram e Facebook, e dessa forma se mantiveram por muitos meses. As igrejas tiveram que se organizar de forma diferente, muitas tiveram que adquirir novos equipamentos, além de precisar de pessoas preferencialmente já capacitadas para essas demandas, pois era urgente a necessidade de conseguir transmitir as atividades, pois não havia outra forma para estarem junto aos membros.

Hoje, a presença e a necessidade de um Ministério de Mídias Sociais nas igrejas, com certeza é visto de uma outra forma, pois a grande maioria das pessoas entendeu sua importância. Muitos talentos foram descobertos e outros estão sendo formados para desempenhar essas funções, pois, em muitas dessas instituições, mesmo com a reabertura dos locais de atividades coletivas, esse ministério continua.

Comunicação digital das igrejas: um crescente ramo de mercado

Existem empresas e pessoas especializadas nessa área. A inChurch é uma grande referência se tratando de empresa, pois ela é especialista em gestão de comunicação de igrejas e atende toda a América latina e o Brasil, com grandes igrejas em seu portfólio, como a Batista Lagoinha e a Bola de Neve.

No campo de produção literária, também se vê a presença de obras que abordam o tema da comunicação digital das igrejas, com autores como Elis Amâncio, que atua na área há 13 anos, sendo ela jornalista com especialização em Comunicação Digital, Mídias Sociais e Marketing Digital na PUC Minas, e também autora de dois livros: Mídias Socias na Igreja e Comunicando o Reino.

A minha experiência nessa área começou em 2018, logo após a minha conversão. Algo que eu já gostava e que, na época, os líderes da igreja que frequento identificaram, me encorajando a fazer e me especializar. Com isso, inclusive, surgiu o desejo de cursar Publicidade e Propaganda, pois senti a necessidade de entender corretamente o que eu estava fazendo. Hoje ainda continuo em alguns ministérios da minha igreja servindo nessa área, porém, durante o curso, percebi outras áreas que eu poderia seguir (mas isso é tema para um outro post).

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Camila Deolindo
Creative Bee

Cristã - Graduando Publicidade e Propaganda, Estudante de Teologia - Empreendedora em @camyspapers