A SIMPLICIDADE DE JESUS

E mais uma vez se encontramos por aqui caríssimos leitores de mim, creio que a pandemia ainda não passou de vez para nós que vivemos neste plano finito e infinitamente mutável. Sabendo disto, muitos de nós estão procurando a todo custo alguma coisa que possa lhes entreter, outros estão se dissolvendo em angustias e devaneios mentais (para estes, que Deus possa vos trazer a paz necessária), outros não conseguem ter aqueles momentos satisfatórios para crescer ou melhorar em suas ponderações e pensamentos (pois mesmo com o frenesi do Covid-19, os seus trabalhos ainda funcionam, e a todo vapor), e outros estão alheios a tudo isso, nem ai com o que pode vir e o que pode ser refletido deste momento duvidoso e doloroso…

Mas onde quero chegar com essas alegações? O que meu escrito pode acrescentar em sua vida?

Bom, como o título e a imagem já prefiguram, quero falar um pouquinho sobre a simplicidade de Jesus, mesmo Ele falando sobre assuntos complexos e difíceis até, e quero fazer isso me apoiando no episódio de número 3, do seriado “THE CHOSEN”. Se ainda não conhecem, indico para vocês, e garanto que terás uma visão bastante visceral de como seria Jesus reagindo a diferentes momentos de sua primeira vinda a este mundo marcado pelo fracasso e decadência.

SABEDORIA, CONHECIMENTO E SINGELEZA

Como estava dizendo antes, no terceiro episódio do drama televisivo “The Chosen” ou “os escolhidos”, Jesus se depara com uma garotinha, em seguida essa garotinha convida mais um amigo e assim por diante, até Jesus está rodeado dos pequenos. Desde o início do diálogo com a infante “Abigail” e “Josué”, Jesus age com naturalidade, usando e se apropriando do que estava ao seu redor para promover uma conversa acessível e cativante, e do mesmo modo ele faz com as demais crianças que se aproximam Dele. Quero ressaltar que tal relato não se encontra com essa riqueza de detalhe na Escritura Sagrada, mas que elas não se caracterizam como ideias que possam perverter a importância e os atributos do nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, por mais que o diretor deste seriado use de sua liberdade artística para criar algumas cenas com personagens fictícios, o diretor em momento algum descaracteriza a misericórdia, longanimidade, graça, o amor, a sabedoria e todas as peculiaridades de Jesus, pelo contrário, ele deixa bem evidente a verdade sobre Ele, mesmo que em cenas que fogem dos relatos Bíblicos.

Em um determinado momento da interação de Jesus com as crianças, Ele e interrogado por elas, e Ele depois de ter criado pontes e acessos simples ao coração e entendimento delas, começa a usar os textos do Antigo Testamento (o qual as crianças conheciam bem, pelo menos os meninos) e aos poucos eles percebem a grandeza e sublimidade de tal homem que a dias estava conversando, brincando, sorrindo, ensinando e criando coisas com elas. Foi de arrepiar e de tirar meu folego, meus olhos marejaram de felicidade e vergonha…

POR QUE FIQUEI FELIZ E ENVERGONHADO?

Bem, a felicidade foi em ver aquele a quem tanto canto, a quem tanto prego e exponho sua palavra e pessoa, a quem me debruço em textos que dizem: “Ele que é o resplendor da gloria e a expressão exata do ser de Deus, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder…” ver as palavras lidas só quem em atitudes, e atitudes simples e com profundidade de amor e misericórdia, foi demais para mim!

Tive vergonha porque tantas leituras, pesquisas, teorias e todo esforço de conjecturar ideias que superam a racionalidade humana, por vezes não foram projetadas para fora como amorosas afeições pelo outro, seja ela criança, jovem, adulto, idoso e de todo tipo de classe e cor…

O QUE DEVEMOS FAZER ENTÃO?

Entendam que não estou sugerindo ou fazendo apologia para que não se dediquemos aos estudos, sejam eles quais forem, não! O que proponho é que tenhamos equilíbrio, que não só olhemos para os fragmentos de uma verdade que é imensa, sei que nunca teremos essa perfeita coerência em sermos acadêmicos e piedosos (pelo menos não nesta vida), porém isso não quer dizem que não devamos buscar o academicismo e a piedade prática com intensidade e assiduidade.

Jesus é a expressão perfeita do ser de Deus, a imagem sem mancha ou rupturas, Ele brilha com o mesmo fulgor que o Deus Pai brilha! E o que a imagem literal de Deus fez enquanto homem aqui na existência limitada dos homens? Ele foi acessível, entendível, amável, paciente e muito, mais muito humano!

Por fim, Jesus mesmo sendo duro, como assim o foi em determinadas e especificas situações, e as escrituras afirmam isto, ele foi e é simples sem nunca ter sido simplista.

Espero ter acrescentado em sua jornada meu caro leitor, agora, vamos ser mais humanos, empáticos, misericordiosos, amorosos e simples, deixemos esse ar de deus arrogante, prepotente e orgulhoso no mar do esquecimento!