Para a Fama, Exaltação e Gloria De Deus!

Jonas Ferreira Da Costa Junior
Creio, Logo Leio!
4 min readJul 4, 2020

--

Meu caro leitor de “mim”, mais uma vez escrevo-te na esperança de agregar algo relevante e saudável a sua e a minha vida. Desta feita iremos percorrer um caminho que por alguns tem sido negligenciado em suas práticas, embora que em seus lábios esbravejem, e por outros tem sido exageradamente praticado, porém suas motivações são ilegítimas.

Muitos dizem que devemos fazer isso e aquilo para gloria de Deus, e por vezes nem eles mesmos sabem o que seria “fazer algo para gloria de Deus”, e já outros que teoricamente entendem essa definição (seja por uma boa exegese, ou, interpretação do texto, ou fazendo uma correlação ampla com os assuntos Bíblicos) não praticam.

Mas o que seria “fazer algo para a gloria de Deus? E como faço isso?” Talvez você já tenha essa resposta, ou talvez não, mas quero explicar rapidamente o que o texto de 1 Corintios 10.31 quer dizer, e ampliar esse conceito levando em consideração a amplitude e riqueza dos contextos específicos que a Bíblia nos oferece, tu aceitas? Daria certo pra ti? Então tá, vamos lá!

O texto diz; “Portanto quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam para gloria de Deus.” NVT - 1 Co.10.31. O Apostolo Paulo vai tratar sobre um equilíbrio de liberdade que os coríntios não estavam tendo (aliás eles estavam totalmente desequilibrados), ele faz um paralelo com situações vividas pelo povo de Israel, especificamente no deserto, onde eles desobedeceram a Deus fazendo tudo o que desagradava a Ele, não levando em consideração suas prescrições distintas e que revelariam o seu povo para as demais nações. O texto fala sobre se eles podiam ou não comer alimentos oferecidos a outros deuses, e levando em conta todo o contexto, veremos que Paulo apresenta argumentos reais e válidos para que haja uma sensatez em se comer ou não, em fazer isso ou não, tudo vai partir da consciência e do amor abnegado ao próximo!

Mas podemos fazer uma teologia Bíblica (olhando o texto e o versículo a luz do todo da Bíblia) e entender que quer seja nas coisas mais simples e ordinárias, nas mais corriqueiras do nosso dia, nós podemos e devemos faze-lo para gloria de Deus. Alguns usam esse texto para promoverem incoerências com o evangelho, mas meu texto não se trata disto, e por esta causa não irei tomar seu tempo explicando as diversas maneiras de como usar este texto fora do seu significado textual e geral bíblico.

Pois bem, delimitado seu significado textual, histórico e Bíblico, quero trazer suas ações práticas para a nossa vida. Não encarem o seu “fazer algo para gloria, elogio e fama de Deus”, unicamente enfatizado na comunidade eclesiástica que você participa, ou para fora das paredes “templárias”. Tenha certeza que a sua vida como um todo deve promover o Reino de Deus, a evidencia vívida de Jesus e as manifestações de justiça, misericórdia, longanimidade, paz e amor da trindade Santa.

Quando Paulo diz: “…quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa…” ele coloca suas simples ações de “comer e beber”, como mais uma das formas de glorificar a Deus, lembrando que ele está falando sobre um contexto de alimentos sacrificado a ídolos e que a questão nunca foi proibir isto ou aquilo, mas trazer um equilíbrio ao que se escolhe fazer e como fazer. Mas também podemos perceber que glorificar a Deus não só se resume em expor sua Palavra, cantar canções cristãs, dirigir liturgias, ornamentar igrejas (em tempos festivos, a uma mistificação nessas coisas), fazer coreografias em liturgias especificas (claro que isso vai depender da denominação que participas) e a coisas que fazem-se dentro dos templos de cimento e tijolo, glorificar a Deus vai além das grandiosas, visíveis e midiáticas ações.

Creio que não falei algo novo, mais talvez possa ter trazido as nossa mente a necessidade de relembrar o simples que esquecemos e por vezes desprezamos, por pensarmos que já estamos em um nível alto de fé e de compreensão Bíblica, a ponto de dizermos a nós e a Deus (mesmo que de maneira subjetiva e sorrateira) “Senhor, já sei como ser um servo que te glorifica!” Mas a verdade é que deixamos de o glorificar em casa, na rua, no trabalho, nas redes sociais, nas amizades, no secreto do existir e em tantas situações que julgamos serem banais e sem importância, pois prevalece em nós a velha ideia que glorificar a Deus se resume no domingo à noite, quando rasgo-me em canções e lanço-me ao choro teatral de mais um “momento com Deus”, esquecendo-me que Deus está comigo antes mesmo do acordar.

Por fim, não tenho nada contra as manifestações e afeições litúrgicas, mas percebo que devemos encontrar coerência em tudo. Isso nos faz pensar até diferente na forma, ou, e como “adorar a Deus”, mas isso é uma conversa para outra ocasião, porém como gosto de enigmas, deixo-vos está indagação: “será que adorar a Deus, é cantar músicas lentas nos dias litúrgicos de culto?”

Deixo-vos esta questão, e quando perceberes que tal texto se propõe a responde-la, saberás que sou eu, o que te chama de “leitor de mim”.

Agora vamos, e vivamos por completo para fama, exaltação e gloria de Deus!

--

--

Jonas Ferreira Da Costa Junior
Creio, Logo Leio!

Um errante arrependido, um moribundo que encontrou paz, um peregrino nesta terra estranha, um pecador salvo pela Graça.