Solitude em Jesus, em Tempos De Dores, Duvidas, Medos e Adversidades
Opa cidadão Brasileiro, como vai você? Creio que dependendo de como foi o teu dia, tua resposta mental será branda, melancólica ou quem sabe áspera, mas mesmo assim eu quero que saibas que eu entendo, e que bom que você esboçou algum tipo de resposta mental (ficarei feliz em saber que você divagou em sua mente por conta da pergunta que fiz a ti).
Certo, depois de ter achado um “oi” que pudesse introduzir meu texto e minha intenção contigo, eu espero poder trazer uma mensagem racional, lógica e paradoxalmente fora do nosso alcance de “racionalidade e lógica”, pois, falar da Bíblia nos leva a outro nível de perspectiva e realidade, embora toda elevação incomensurável da bendita Palavra de Deus possa nos dá “bugs” mentais, ela nos traz sentido de existir, permanecer e continuar. A Bíblia não nos faz fugir da realidade que estamos, pelo contrário, ela nos faz ver com mais clareza a realidade da vida, que devido ao nosso pecado olhamos como quem vê por um espelho embaçado, tudo com ela se amplia, tudo ganha mais cor, tudo se renova e faz ter coerência, mesmo em meio a tantas incoerências já vividas e sentidas, tanto por mim e por tu. Tudo isso pelo elevado fato de que a Bíblia é a Palavra de Deus e que revela com excelência o plano regenerativo e purificador que foi materializado na pessoa de Jesus Cristo!
Solitude em Jesus, em tempos de dores, duvidas, medos e adversidades! Primeiro quero destrinchar de maneira simples e prática o que é “solitude”, diferente de solidão, solitude é algo mais construtivo, bem mais edificante. Solidão nos traz por vezes desalento, falta de alguém, distanciamento imposto pelo outro, mas a solitude nos traz alento, abraço, discernimento de si e da situação vivida e ainda por viver, solitude é um distanciamento decidido e procurado pelo indivíduo em questão, desejado pelo indivíduo que quer crescer e desatinar do frenesi do “mundo” e atinar para o “mundo” que habita em si, podendo ser edificado sobre algo sublime, perene e indissolúvel. Enfim, solidão é a imposição do exterior para o interior humano e solitude é a disposição do interior do ser humano em se abster do exterior plural, está só, é diferente de querer estar só, a primeira é solidão e a segunda é solitude!
Sabendo disto, pensemos na seguinte questão; como buscar estar só com Jesus em meio a tantas dores, dúvidas, medos e adversidades? Como encontrar satisfação em Jesus quando tempos como esses nos cercarem?
É bem sabido por todos o que o Covid-19 está causando no mundo como um todo, nossa saúde física e mental esfacelada, nossas certezas e planos frustrados, nossa área financeira e toda estrutura sanitária a nível mundial em colapso.
Não irei me deter unicamente sobre o Covid-19, pois creio que existem muitos artigos escritos e até livros para tal questão, sei que sobre esse assunto estamos bem supridos e abastecidos (pelo menos de informação), mas quero englobar tudo que envolve a famigerada dor, ela que por vezes é tão mal compreendida, tão mal recebida (e com razão), porém ela não deve e nem pode ser descartada da nossa existência, apesar de não querermos ter ela de estimação, ela produz algo sólido em nós, muito mais do que a alegria, que passa como uma neblina matinal.
A resposta para as questões que levantei antes é bem lógica e esperada, porém negligenciada por todos nós, (é meu caro leitor, eu também me incluo nesta lista não tão elogiosa). A resposta é: “a Bíblia pode construir edifícios mais resistentes, onde as dores destruíram nossas débeis e frágeis palafitas”. Eita, acho que viajei na metáfora, mas é isso, em tempos de dores, medos, incertezas e adversidades, sejam elas quais forem, encontraremos a Deus, seu Filho e seus poderosos feitos na sua Palavra, o problema é que queremos algo mais fenomenal e de aparência fantástica, com efeitos mais palpáveis e de natureza nunca vista pelo homem do século 21. O pior é que nossa ignorância Bíblica está tão gritante, que esquecemos de que encontramos tudo isso que falei e muito mais, na própria Bíblia, triste né, e muito vergonhoso para nós cristãos professos. Deus nos perdoe por nossa descrença e analfabetismo Bíblico.
Muitos querem de maneira demasiada os mistérios e “pipocos” espirituais, já outros buscam de maneira apoteótica as racionais e gélidas palavras que fazem até sentido, mas só promovem exposições literárias, e nada mais. Percebem que não podemos deixar a boa ortodoxia (boa doutrina, boa perspectiva teológica), sem uma boa ortopraxia (prática de toda doutrina, a devoção em realidade palpável)?
Não podemos buscar a Graça desassociada do Conhecimento Bíblico! E aqueles que não buscam nenhum dos dois?
Nos salmos 119.92,96 diz assim; “92-Se a tua lei não fosse o meu prazer, eu teria morrido em meu sofrimento. ” “96-percebi que até mesmo a perfeição tem limite, mas não há limite para teu mandamento. ”
Observe que o salmista usa os termos “lei e mandamento”, basicamente em várias passagens do Antigo Testamento encontraremos esses termos sendo usados para fazer referência a palavra de Deus, seus eternos conselhos, suas ordenanças e estatutos escritos, onde tudo foi dito por Deus para auxilio, repreensão e benefício do seu povo. Claro que o salmista em seu tempo e contexto, está falando sobre o Pentateuco (os cinco primeiros escritos da Bíblia), sobre alguns escritos e ditos dos profetas, mas isso não nos deixa longe da essência que a escrituras nos apontam, que é; devemos está em solitude em Jesus, sim, mas como? Em constante leitura Bíblica, em busca de força, coragem, discernimento, graça, prazer e contentamento, mesmo em meio as piores catástrofes que podemos pensar e viver. O salmista disse que se a lei do Senhor não fosse o prazer dele, ele já estaria morto em seu sofrimento e em suas guerras vividas, daí te questiono; não tem sido assim conosco? Quantas vezes em frangalhos somos reerguidos após uma leitura devocional e contemplativa da Palavra Deus? Quantas?
Ele ainda diz; vejo que até mesmo a perfeição tem limite, mas não há limites para o teu mandamento. Mais uma vez ele se reporta e lembra dos escritos vetero testamentários, e mais uma vez eu digo; encontraremos limites em nossas mentes, e em nossas humilhantes investidas de sobrevivência, tudo que o homem produz é incerto comparado ao certo e eterno de Deus. Nas Escrituras teremos a evidência escrita de que existe “um Deus que é auto existente, autoconsciente, que é a origem de todas as coisas e que transcende a criação inteira, mas ao mesmo tempo é imanente (está juntinho, dentro de nós, conosco nas intempéries desta vida efêmera) em cada parte da criação, ” o Louis Berkhof em sua pesquisa sistemática das Escrituras falou com propriedade sobre isto.
Se lêssemos mais as escrituras, não ficaríamos tão aflitos como por vezes ficamos… se lêssemos mais as Escrituras, não teríamos tanta dificuldade em acreditar e aceitar que Deus tem o controle exato de todas as coisas… se lêssemos mais as Escrituras, saberíamos que mesmo tudo dando “errado” aqui, Deus em Jesus nos dá a esperança da Gloria… se lêssemos mais as Escrituras, reconheceríamos nossas incapacidades de mover e modificar as coisas e nos renderíamos ao Senhorio de Jesus Cristo, “pois Ele é a imagem do Deus invisível e é supremo sobre toda a criação. Pois, por meio dele, todas as coisas foram criadas, tanto nos céus como na terra, todas as coisas que podemos ver e as que não podemos, como os tronos, reinos, governantes e as autoridades do mundo invisível. Tudo foi criado por meio dele e para Ele. Ele existia antes de todas as coisas e mantém tudo em harmonia” (colossenses 1.15–17)
Enfim, finalizo nossa prosa extensa dizendo o óbvio meus leitores ávidos, leiam as Escrituras, meditem nelas, conheçam, estudem sempre que possível, pois uma coisa lhes digo; sua vida e sua satisfação depende do que lhe for revelado lá. Todo seu ganho aqui nessa efemeridade temporal é fumaça e caco velho, não fornecem algo substancial e durável a mim e nem a você.
Até mais vê!