Criatividade — por Ian Fraser

Rodolfo Salles
Cri.ativos
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15 min readJun 14, 2017

Ian Fraser é um escritor que tem medo das palavras, é dono de Gouda, uma gata paraplégica e coleciona os mais diversos itens: DVDs, CDs, Quadrinhos, Livros, Bonecos e tranqueiras. Trabalha com adolescentes e adora ouvir suas histórias, anseios, dúvidas e medos.

Ian Fraser

Sobre seres humanos

Eu odeio falta de educação. ODEIO. Sério, é incrível como tem gente que sente prazer em ser mal-educado, e isso me tira do sério.

Vivo numa bipolaridade incrível, em que minha esperança na humanidade, no bem das pessoas, é bombardeado constantemente pela realidade. Tem hora, no meu canto, sozinho, que eu não vejo o ser humano como algo digno de salvação, que as sinapses que nos enchem de vaidade intelectual não passam de uma piada cruel da evolução. Mas aí eu vejo um pedaço de arte, eu vejo alguém adotado uma criança, eu vejo meus alunos crescendo, aí eu viro o clichê de John Lennon cantando Imagine. No interior de cada homem há dois lobos: um cruel e egoísta, outro cândido e social, vence aquele que é mais alimentado. Tento alimentar o segundo, mas o mundo parece adorar alimentar o primeiro.

Ian, o autor?

Eu nunca achei que ia ser autor. Escrever nunca foi um hobby, uma paixão. Era um pavor, se eu for completamente honesto. Tenho medo das palavras, apesar de achá-las completamente fascinantes. Gosto do ritmo de uma narrativa bem escrita, principalmente quando há algo poético e fantástico nas linhas. Creio que sou um autor por necessidade, não por vocação.

Por alguns anos venho me chamando de escritor patriota. Tudo que eu escrevo deve falar do Brasil de alguma forma. Claro que não precisa ser só como objeto ou pano de fundo. Quando escrevi A Máquina que Dobra o Nada, meu primeiro trabalho como dramaturgo, meu patriotismo estava no subtexto, na valorização das poesias de Manoel de Barros, e na minha vontade de falar para todas as crianças “ei, você não precisa parar de brincar de boneco quando ficar velho. Ser adulto não é o mesmo que ser quadrado”.

Manoel de Barros

Vou contar uma história que aconteceu comigo para contextualizar isso. Quando criança, eu sempre brinquei de boneco com o meu melhor amigo, João Cassapava. Eram verdadeiros filmes. A gente não filmava, mas tinha trilha sonora, tinha cenas, cortes, narrativas. Certo dia, a menina que eu gostava na escola disse que queria namorar comigo. O mundo adulto caiu sobre mim, demandou de mim aquilo que eu julgava ser “maturidade”. Subi as escadas, bati na porta do João e disse “é, não posso mais brincar de bonecos. Agora, eu tenho uma namorada”. Cruel fazer nossas crianças aceitarem isso. Eu seria um escritor melhor se eu ainda conseguisse brincar de boneco. Brincar de boneco é trabalhar sua mente, é conseguir enxergar movimento e realidade no plástico.

Ian numa tribo indigena

Eu não saberia dizer. É verdade. Essa talvez seja a mais cruel das perguntas. Caramba, me pegou mesmo. Acredito que eu não consiga responder essa pergunta por não acreditar que eu tenha a capacidade para tal. Durante minhas pesquisas, nunca acreditei, nem por um segundo, que eu compreendia a realidade dos povos que eu estudava. Eu comecei a perceber a vida deles, a relação com suas religiões, deuses e com a natureza, mas eu não tenho capacidade de dizer que eu entendo plenamente o que é ser tubinambá, pataxó ou asteca, inca e maia. Por exemplo, eu consigo entender que a noção do sacrifício era algo glorioso para os astecas, uma dádiva, mas, por mais que eu compreenda que essa é a visão deles, essa não é a minha realidade. No meu mundo ficcional, por se tratar de ficção, eu me sinto mais tranquilo para responder. Com isso em mente, eu me vejo muito em Ivituruí, que é fortemente inspirada nos incas. Isso talvez seja pelo fato de eu me ver muito em Apoema.

A “fatal flaw” (falha fatal) de Ian se fosse personagem de um livro

Com certeza é a ingenuidade. Eu não sei dizer não para as pessoas, e com isso, acabo cedendo muito aos desejos de terceiros. Estou aprendendo a me proteger mais, contudo, ainda sofro muito por isso.

Sobre índios e cultura brasileira

Porque essa é a decisão óbvia, mesmo que não pareça ser. Os norte-americanos escrevem sobre norte-americanos. Os europeus sobre europeus, os asiáticos sobre asiáticos. Somos aquilo que consumimos, e o brasileiro, por ser um país com muitos laços coloniais, adora consumir coisas estrangeiras. Ainda vejo que temos grande resistência em olhar para o espelho e admitir que somos descendentes de povos nativos, africanos e portugueses. Em uma análise rápida, vemos que o brasileiro admira a Europa, o nosso primeiro-mundo ideal. Pois bem, qual é o único país europeu que com quem nós tiramos sarro? Portugal. Não importa que ele seja um dos países mais seguros do mundo, nós fazemos piadas com os portugueses porque foram eles que colonizaram essa “bagunça”. Para mim, isso é síndrome de um problema real. Um problema de identidade. E eu, como artista, vejo que a arte é uma ótima ferramenta para quebrar esse preconceito tolo.

Obra: Araruama

Capa de Araruama

Quando eu escrevi Araruama eu tinha dois escritores padrinhos em mente: Tolkien e Gabo. Araruama foi concebido para ter um apelo comercial (eu queria vender livros, mostrar para mim mesmo que eu posso, eventualmente, viver dessa arte), tendo o Tolkien como inspiração no processo de estruturação do universo. No entanto, eu não queria fazer uma obra genérica, eu queria trazer uma nova forma de ver o fantástico, encontrando no realismo fantástico de Gabriel García Márquez a resposta.

Gabriel García Márquez

Uma vez que você entende estuda um pouco de semiótica, você percebe que fireballs, dragões, druidas, elfos, bruxos e etc. são signos, são ingredientes que podem ser facilmente traduzidos para sentimentos ou elementos narrativos: força, perigo, sabedoria e o desconhecido. Ou seja, você pode usar outros objetos como signos para esses sentimentos. Uma arara gigante é tão aterrorizante quanto um dragão, nós só não estamos acostumados com essa imagem.

O conceito

Eu sou um cara pragmático na hora de estruturar minha narrativa. Uso um quadro de cortiça e post-its. Vou colocando no quadro e arrumando todas as passagens para que elas sejam fluídas e essenciais para a costura da história. Quando esbocei a primeira ideia de Araruama, eu literalmente peguei o Monomito de Joseph Campbell e o usei como estrutura narrativa.

Joseph Campbell

Coloquei tudo lá: chamado para a aventura, encontro com a deusa, no ventre da baleia e todos os 17 passos concebidos pelo acadêmico americano. Contudo, antes de chegar nesse ponto, eu primeiro fiz questão de conhecer, o máximo que eu podia, a realidade dos povos que seriam meus objetos de inspiração. Aprendi sobre os astecas, incas e maias, li sobre lendas nativas, tupinambás, bororô, kiriri e tantas outras, e busquei, nesse mar de informação, me sensibilizar ao ponto de poder criar minha própria realidade. Não há nada em Araruama que queira representar a realidade. O que eu tento fazer é homenagear, colocar elementos de apreciação e respeito, mas nunca de representar. Tento não usar os nomes dos deuses, nem dos seres mitológicos em Araruama, exatamente para não criar essa correlação com a realidade. No primeiro volume do romance, O Livro das Sementes, todos os protagonistas encontram com um velho chamado Baquara, um sábio de pés virados. É claro que se trata de uma homenagem ao Curupira, uma das nossas lendas mais populares. Contudo, se eu coloco o nome Curupira, o signo deixa de ser um para ser outro (de um lado temos um personagem 100% Ian, do outro, um personagem 50% do imaginário coletivo).

A chama inicial

A chama inicial veio de um questionamento bem simples: como seria nossa relação com a morte se nós soubéssemos exatamente quando iríamos morrer. A nossa relação com a morte sempre me incomodou. Não gosto das tradições religiosas e dos hábitos fúnebres dos cemitérios. Acho isso tudo muito macabro. A morte é bela, mas ninguém nos ensina a compreender sua beleza. E nessa maravilha de serendipidade, os povos nativos da América do sul, em sua grande maioria, sabiam lidar com a morte de uma forma bem mais saudável que os costumes europeus que nós ainda perpetuamos.

Primeiros escritos

Eu sou formado em Cinema & Vídeo, e uma das matérias que eu tive no meu curso foi elaboração de Roteiro de Cinema. Foi um período bem rico e fértil, já que eu sempre tive um vulcão criativo dentro de mim. Durante as aulas, eu escrevi uma trilogia western, meu gênero cinematográfico predileto. A ideia narrativa ficou na gaveta por dez anos até o momento em que Davi Boaventura, um grande amigo escritor meu, e minha atual namorada me incentivaram a tentar escrever um romance. Peguei aquela velha ideia, mudei o pano de fundo do EUA para o Nordeste Brasileiro e pluft, meu primeiro romance nasceu.

Sobre o financiamento coletivo

Há vários motivos que me levaram para o financiamento coletivo. A primeira e a mais limitante: não existe mercado para autor iniciante. Há pequenas editoras que apostam em talentos desconhecidos, mas elas são poucas e muitas vezes limitadas nas vendas e estratégias de divulgação. O que nos leva ao segundo motivo: venda. Eu queria vender meu livro. Eu queria que desconhecidos comprassem. O terceiro motivo, e o mais importante: eu queria estabelecer um laço com os meus leitores. E o financiamento coletivo permite isso, um laço, já que o apoiador é um investidor, um sócio do criador.

Ilustração de Paulo Torinno

Algumas pessoas entrarem em contato comigo perguntando sobre como eu consegui. Qual é o segredo??? Acho importante ressaltar que o que eu vou falar é completamente pautado na minha realidade, e não quer dizer que esse seja o único caminho a seguir e/ou que ele vá dá certo com outros. Mas vamos lá. Araruama poderia ter sido publicado dois anos atrás. O livro de então e o de hoje são basicamente o mesmo (tirando as revisões e umas alterações aqui e acolá). Por que eu não publiquei dois anos atrás? Porque eu sabia que eu era desconhecido e que eu teria que convencer muita gente para apoiar Araruama. Pense aí: eu teria que arrecadar R$17.000,00 em 60 dias, ou seja, eu teria que arrecadar diariamente 283 reais para chegar na minha meta. Vamos pegar esse valor e dividir pelo valor de capa ofertado, de 35 reais. O resultado é 8, o que significa que eu teria que ter esse número de investidores todo dia por 60 dias. Parece pouco, mas não é. E se você levar em conta que eu queria bater a meta em 30 dias, a situação fica duas vezes mais complicada. Enfim, essa matemática toda é muito importante para o criador do projeto, pois sua vida será repleta de números e gráficos por dois meses, não tem pra onde fugir. Sabendo dessa realidade, passei dois anos juntando dinheiro, deixando de sair, de comprar minhas coisas, para investir na divulgação de Araruama. Contratei 6 booktubers, 3 artistas (dois ilustradores e um escultor digital) e preparei todo o terreno para deixar minha página no Catarse a mais profissional possível.

Opiniões de booktubers

E acho que a ideia do livro também ajudou bastante. O romance propõe algo novo, diferente do que se vê no mercado, e creio que o financiamento coletivo tem muito dessa característica do empreender o inovador.

Evolução da escrita

Cada dia nasce um Ian diferente. O Ian que deita na cama é sempre um Ian diferente daquele que acorda. A minha evolução como escritor é constante, já que estamos falando de um terreno em que eu tenho 0% de segurança. O Sangue é Agreste é bem mais pomposo, bem mais inseguro nas suas adjetivações. Araruama é bem mais simples, mesmo sendo um universo centenas de vezes mais complexo. Acho que todo autor começa escrevendo muito e vai aprendendo a cortar aqui e ali. Fico muito orgulhoso quando dizem que Araruama parece ter mais do que suas 250 páginas, um livro curto para fantasia. A síntese é a melhor arma para o escritor, pois é na simplicidade que mora o desafio.

Infância e influências

Muito da minha arte passa pela educação que a minha mãe me deu. Sabe, vejo poucas pessoas falando isso, mas eu tenho orgulho da minha educação. Tenho orgulho da minha sensibilidade. Compaixão, amizade, honra, tudo isso foi fruto da educação que minha mãe me deu. Minha arte sempre vai mirar o bem social. Sempre. A arte é a minha arma contra as injustiças do mundo.

Engraçado, durante a minha infância, contudo, eu não era muito ligado em artes. Eu gostava de brincar de bonecos, jogar bola, correr, ver desenho, mas nunca com o viés artístico. Eu vivia. As coisas passavam por mim como se fosse brisa, sabe? Nada me balançava de verdade, tudo que eu fazia era … bem, viver.

Não sei quando o mosquito da arte me picou. Provavelmente um pouco antes da adolescência, quando comecei a fazer histórias em quadrinho. Coisas toscas, que imitavam os filmes hollywoodianos que eu curtia: MIB, Inferno de Dante e Etc.

MIB: Homens de preto

Cultura e entretenimento

De tudo um pouco. O cinema sem sombra de dúvidas é a minha paixão como consumidor. Adoro ir ao cinema ou ver um filme em casa. Coleciono DVDs e Blurays e minha coleção já está chegando na casa de 3 mil títulos. Sou um cara imagético, não tem pra onde fugir.

Escritores prediletos e influências

Meu escritor predileto, hoje em dia, é o Gabo. Com ele eu aprendi a admirar a beleza que o bizarro pode ter. Que o fantástico pode ser triste e melancólico. Gosto muito do Saramago, e por muito tempo tentei imitar seu texto fluído e sem pausas. Vonnegut é incrivelmente humano em sua comédia, um gênero que eu nem ouso tocar, e Machado de Assis é o escritor que eu adoraria ser, mas nunca serei (mas tudo bem, isso já não me incomoda mais).

Nacionais eu recomendo muito o Antônio Xerxenesky e o Samir Machado de Machado, dois autores que influenciaram muito a minha escrita e o meu approach com o estilo de narrativa que eu quero trabalhar.

Samir Machado de Machado

Os filmes de Hitchcock e de John Ford sempre irão mexer comigo de forma avassaladora. Há algo na técnica deles que fala diretamente comigo. A Felicidade Não se Compra, um filme de 42, me deixa devastado toda vez que eu assisto e se um dia naves alienígenas descerem para a Terra e me pedirem a melhor forma de arte que o homem já produziu, eu daria para eles a minha coleção em Bluray de Breaking Bad.

Uma obra que gostaria de ter escrito:

Dom Casmurro. Só mudaria o nome do autor mesmo.

Criatividade é:

Criatividade é pegar uma ideia usada e mostrar outro ângulo dela. Só isso.

Escritor jardineiro ou arquiteto:

Um pouco dos dois, não? Um jardiquiteto? Tem hora que escrever é seguir os planos e tem hora que é seguir os impulsos. Tenho minhas estruturas, meus planos, mas quando uma ideia nova surge, que pode mudar muito do que eu planejei, e ela for boa, eu mudo meu curso e faço acontecer.

Talento ou estudo?

Essa eu não saberia responder também. Acho que a questão principal é saber fazer uma análise contundente sobre si mesmo e as metas a serem conquistadas. Para ser um Machado da vida, me falta tanto talento quanto estudo, compreende? Eu tenho talento, posso dizer isso com toda modéstia do mundo, já que todo mundo tem talento para algo. Não creio que o meu talento esteja na escrita propriamente dita, talvez seja em criar histórias e a literatura seja simplesmente a única forma que eu possa articular minhas ideias.

Um mentor:

Engraçado, essa ideia de mentor não funciona comigo. Para se ter um mentor, você precisa colocar esse alguém em um pedestal. Eu não vivo assim. Pensei em nomes de muitas pessoas que eu admiro: minha mãe, minha avó, meu avô, Jailon, meu professor de filosofia, Ananda, uma colega de trabalho, Hitchcock, Capra, Ford, Machado, Vonnegut… mas nunca aceitaria nenhum como mentor. A disciplina das artes marciais sempre me incomodou por isso, a ideia de seguir um mestre perfeito, que você obedece a qualquer custo… não é para mim.

Sobre diversidade nos livros:

O primeiro passo para o preconceito é a ignorância. O não saber, o não conhecer. Respeitamos a figura imponente do Thor porque ele sempre foi apresentado assim. Um deus forte, bonito (pelos nossos padrões eurocêntricos), poderoso. Respeitamos o lobisomem porque há centenas de obras que apresentam o personagem como algo enigmático, interessante e até sensual. E o que é que nós vemos dos povos nativos? Nos jornais eles são representados como tomadores de terra violentos e nas mídias mais amigáveis eles são variações do Papa Capim, do Maurício de Souza. Precisamos olhar para eles e ver homens e mulheres que resistem para manter a sua visão de mundo, suas heranças e tradições. São povos guerreiros e podem nos ensinar muito sobre a natureza e sobre visão de mundo.

Sobre ser autor, e o que seria se não fosse:

Porque eu preciso contar histórias. É o que dá sentido para essa coleção de dias que chamamos de vida. Se eu não fosse autor, eu acho que eu gostaria de nascer com a vocação de ser médico. Mas assim, eu teria que nascer de novo, porque eu não aguento nem ver cena de agulha em série, imagina eu fazendo uma operação. Contudo, se esse problema fosse resolvido, se eu pudesse olhar um peito aberto tranquilamente, eu adoraria ser médico e ajudar as pessoas.

Sobre mulheres na literatura:

Mais, por favor. Mais mulher em tudo. Mais mulher nos esportes, mais mulher na direção de filmes, na política e mais mulher nos quadrinhos.

Tento não ser muito político na minha carreira, já que minha ideia sempre foi melhorar o mundo com a minha arte, mas fica difícil se manter calado em certos momentos. Mas acho bacana usar esse texto pra deixar claro uma coisa: não gosto do Bolsonaro, acho que ele é o oposto de tudo que eu tento ensinar. Não consigo imaginar um cenário em que uma pessoa goste de Araruama e vote no Bolsonaro, compreende? É paradoxal demais. É como gostar de Star Wars e defender a Ditadura Militar, é ideologicamente impossível. Ou você não entendeu Star Wars, ou você não entendeu a Ditadura Militar no Brasil. Mas a questão é que eu quero que fãs de Bolsonaro leiam Araruama, porque todo mundo é digno de salvação e redenção. Mudar é sempre uma opção, é a melhor opção. Mudar de perspectiva, de opinião é saudável, principalmente quando você está no lado opressor, no lado que tira os direitos dos outros.

Conselho para um escritor que se acha a nova J.K. Rowling:

O sucesso comercial de alguém como J.K. Rowling não é uma dádiva do talento. O sucesso dela não é puramente por mérito. O sucesso comercial é um mistério. E. L. James vendeu mais que Samir Machado de Machado, o que para mim é um ABSURDO sem fim. Trabalhe para ser uma J.K. Rowling, e viva para apreciar aquilo que você conquistar.

Sua reação com a afirmativa: escritor não precisa ler

Uhn… Ok.

O futuro:

Com Araruama tem muita coisa vindo aí. Tenho que trabalhar nas recompensas e já quero engatar o segundo volume, que já está escrito. Já estou vendo e pensando seriamente em montar uma equipe para criar um sistema e um jogo de RPG único e já tem gente querendo conversar sobre uma possível animação.

Com O Sangue é Agreste eu pretendo relançar a obra com um trabalho editorial mais caprichado e trabalhar para que ele seja adaptado para uma série de TV. Sei que é um tiro no escuro, mas é um plano que eu confio muito. Tenho certeza que se o livro cair na mão certa, ele será adaptado.

Arte de Rafael Borge

Você acordou no mundo de Araruama. E agora?

Lascou geral. Vou morrer de fome.

Nada é mais desafiador do que um espaço em branco: Escreva o que lhe vier a mente:

Um espaço em branco é o berço de todo livro. O espaço em branco é abismo, e tudo que você escrever é apenas eco. #profundo;)

Links do autor:

Por enquanto não tenho sites de venda, mas segue aqui meus links

https://www.facebook.com/sagaararuama/

https://www.catarse.me/araruama (captação terminada)

www.youtube.com/tecladodislexico

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Email: ianfraser@tecladodislexico.com

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Rodolfo Salles
Cri.ativos

Um imaginador de mundos, um construtor de universos e um escravo da criatividade… ou vai ver fui programado pra acreditar nisso tudo XD