Agências de Publicidade

Lucas Trombim
Criative-se
Published in
7 min readApr 20, 2020

Esta é uma publicação coletiva desenvolvida na disciplina de Criatividade e Inovação dos cursos de Design, Jornalismo e Publicidade e Propaganda (Faculdade SATC) com base nos estudos sobre indústria criativa. Esse texto abordará a área de Agências de Publicidade e Conteúdo, seus impactos na cadeia da economia criativa, curiosidades e cases. A equipe editorial que compões este material é composta por Arthur Mutini, Gabriela Drei Spillere, Lucas Trombim, Luan Ghisi, Maria Laura Freccia Feltrin, Jhonatan Gava e Gustavo Borges, Gabriel Frello. Uma ótima leitura!

Ao adentrar nos estudos das áreas de comunicação, nota-se de início o importante exercício da publicidade como formadora de opinião e até mesmo modificadora de conceitos já antes existentes, interferindo em costumes e comportamentos. Assim, aliada ao poder conquistado dentro do território midiático, as estratégias da publicidade visam persuadir o cliente por meio de peças publicitárias montadas especificamente para o público que precisa ser atingido. A febre pode ser medida a partir da citação da socióloga Vera Aldrighi que afirma que “a propaganda trabalha com arte, criatividade, raciocínio, moda, psicologia, tecnologia, enfim, um complicado conjunto de valores e manifestações da capacidade humana”.

Tendo como base a referência acima, a essencialidade de uma agência de publicidade responsável pelo planejamento, criação, execução e divulgação de campanhas de marketing para outras empresas, se torna evidente. Isso porque os profissionais de agências conhecem bem o mercado, o que permite a construção de jogadas mais eficazes aos negócios. O principal objetivo de uma agência é divulgar uma marca, produto ou serviço para um determinado grupo de pessoas, utilizando de táticas bem estruturadas e muita criatividade.

As estratégias são sugeridas e validadas por profissionais existentes nas determinadas áreas da agência que envolvem a criação de uma campanha: o atendimento publicitário, segmento responsável pelo contato direto entre a agência e o empreendedor, além de captar novos clientes; a área de tráfego, que mesmo sendo mais comum em grandes agências, ela se relaciona com a otimização dos processos internos, garantindo mais agilidade nas etapas; o setor do planejamento, o qual junta todas as informações passadas pelo atendimento e organiza as ações que serão realizadas pelos outros setores. Umas de suas principais funções é o feitio de brainstormings e pesquisas; a parte da criação é quem possibilita que as ideias saiam do papel e sejam concretizadas, frisando na parte visual e receptiva ao cliente. Geralmente o setor trabalha em duplas formadas por um redator (profissionais que escrevem os textos das campanhas e montam um outro setor dentro da agência) e um designer e nessa área de tanta responsabilidade para uma peça publicitaria, cada detalhe deve visas o objetivo maior; por fim, o setor de mídia, sendo peça chave para os clientes que não sabem onde divulgar seu produtos, já que definem quais são os melhores canais para anunciar.

Tendo conhecimento dos setores, vale entender o funcionamento dentro de uma agência publicitária. O primeiro contato com o cliente é feito pelo atendimento, que recebe o briefing inicial. Em seguida o tráfego determina o fluxo de trabalho e o cronograma necessário, para que o planejamento inicie seu processo de ideias. Assim, com as características da campanha definidas, a criação e redação entram em cena e transformam a teoria em prática. Com as peças prontas, os profissionais de mídia linkam os canais de divulgação com os materiais, porém, antes de iniciar a divulgação, a campanha precisa ser aprovada internamente. Uma indicação que possibilita entender de maneira cinematográfica o andar de uma agência de publicidade, é a série Mad Men, que retrata o mundo milionário da propaganda dos anos 60.

Nos dias atuais, o mercado publicitário é um dos que mais movimenta a economia, de acordo com a Kantar Ibope Media, a qual faz estatísticas periódicas sobre os investimentos em mídia que cada agência fixa com seus clientes. Assim, posicionando o setor da publicidade dentro do ambiente amplo da Indústria Criativa, podemos traçar um extenso paralelo de relações, tomando como base o conceito de que essa indústria é o setor da economia que tem o capital intelectual como a principal matéria-prima na produção de bens e serviços.

Adentrando então a tese, o mercado publicitário, segundo pesquisa da Firjan, teve um crescimento de destaque nas áreas de pesquisa e comportamento do consumidor, como analistas de pesquisa de mercado, analista de negócios e relações públicas, a qual se tornou muito importante e estratégica para qualquer empresa que cria uma estratégia de marketing para seu negócio. Deste modo, a publicidade hoje está diante de uma grande oportunidade e três desafios, sendo a possibilidade de abranger seu trabalho e ir além dos tradicionais veículos de exibição, a citada “grande oportunidade”. Porém, os desafios surgem: aprender novas habilidades de marketing (como o marketing digital que continua sendo de extrema importância para todos que trabalham com a publicidade); concorrer com várias empresas de design e de estratégia; estudar, entender e praticar o marketing de conteúdo para se comunicar com seu público alvo e descobrir novas tecnologias que podem construir para se relacionar melhor com o mesmo.

Nos desafios citados, podemos encontrar a pratica do marketing de conteúdo, uma forma das agências de publicidades reinventadas dentro da Industria Criativa. De acordo com a definição do blog Rock Content, o marketing de conteúdo é uma maneira de engajar seu público alvo e crescer sua rede de clientes por meio da criação de conteúdo relevante e valioso. Você atrai, envolve e gera valor para as pessoas, criando uma percepção positiva da sua marca e gerando mais negócios.

No Brasil, o publicitário é um profissional multitarefas, pois para que as empresas fortaleçam as suas marcas, é preciso convencer o público de que comprar os seus produtos e contratar os seus serviços seja uma boa ideia. Nesse sentido, cabe ao publicitário trabalhar com a persuasão para guiar o público em direção a uma melhor escolha, algo que envolve uma série de técnicas, em uma campanha publicitária por exemplo, dependendo de fatores como a realização de uma pesquisa de mercado, o planejamento de uma estratégia de marketing e o desenvolvimento de um material publicitário. Mas não é só o público que deve ser conquistado pelo profissional da área, é de extrema importância que o cliente esteja satisfeito, afinal é ele quem vai pagar pela campanha e isso significa apresenta-la com argumentos que convençam de que sua estratégia e seu material serão fundamentais para causar o impacto procurado na empresa. Assim que o contrato for feito, o publicitário e sua equipe irão colocar a mão na massa e garantir que a estratégia pensada seja capaz de alcançar o resultado esperado.

Além disso, o profissional que deseja atuar e se destacar nessa área precisa ser criativo, saber se comunicar e trabalhar em equipe, lidar bem com metas e ser um ótimo observador. Todas essas características são de extrema importância e estão ligadas com as atribuições citadas anteriormente. Além disso, o publicitário precisa ser capa de buscar soluções para o problema do cliente através da observação do comportamento do mercado. É preciso muito estudo e prática, pois o publicitário precisa conseguir inserir a sua ideia na mente do cliente de uma forma estratégica, isso é, fazendo com que os produtos ou serviços vendidos apresentem resultados satisfatórios para o cliente.

Algumas curiosidades e cases relevantes sobre a publicidade se fazem interessantes nesta tese: segundo um estudo da universidade York, as companhias farmacêuticas americanas gastam duas vezes mais com publicidade do que com pesquisa e anunciantes muitas vezes usam uma técnica chamada “condição afetiva”: colocar o produto da publicidade ao lado de outras coisas que os consumidores possuem empatia.

Tendo como base tudo o que foi supracitado, conclui-se que as agências de publicidades tendem a se reinventar e se fazerem importantes cada vez mais dentro do mercado da Industria Criativa, já que as mesmas acompanham os processos atemporais das identidades de cada empresa.

Identidade visual é a combinação de elementos visuais que refletem um nome, ideia, produto, empresa ou serviço. As cores, tipografias, formatos e até frases, como o slogan, possuem o papel de gravar na mente do público, de forma rápida e objetiva, qual é a sua identidade visual e sua missão, e esse conjunto de elementos irá representar uma empresa ou produto. Por meio das cores, formas e fontes, um conjunto gráfico é criado para traduzir todo o conceito por trás do empreendimento. O conceito é simples, mas colocá-lo em ação requer uma análise detalhada que indique o que você realmente quer expor aos seus clientes à primeira vista.

A fotografia é o processo e a arte que permite registrar e reproduzir, através de reações químicas e em superfícies preparadas para o efeito, as imagens que se tiram no fundo de uma câmara escura.

O princípio da câmara escura consiste em projetar a imagem que é captada por um pequeno orifício sobre a superfície. Desta forma, o tamanho da imagem é reduzido e pode aumentar a sua nitidez.

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