Design Digital e Produtos Digitais

Rayanarizzatti
Criative-se
Published in
8 min readApr 20, 2020
Homem em pé ao meio de televisões antigas com uma cabeça também de televisão, letras das  palavras DESIGN DIGITAL ao redor.

Este material foi construído a partir do trabalho coletivo de acadêmicos cursando os cursos de Design e Publicidade e Propaganda, na Faculdade SATC, com encaminhamento pela disciplina de Criatividade e Inovação. O texto apresentará uma breve descrição do conceito de Design, introduzindo o produto digital, seu conceito e suas funções . Juntamente disso, também será abordado a importância do Design Digital em tempos de pandemia. A equipe editorial responsável pela composição dessa produção é formada pelos acadêmicos de Design da Faculdade SATC: Anthony Müller, Emanuel Mangili, Laura Cemolin, Leonardo Dalazen, Nico da Rocha e Sofia Martins, e de Publicidade e Propaganda: Erica de Souza e Rayana Spricigo.

Boa leitura!

Este artigo abordará as seguinte considerações sobre o tema:

  • Descrição sobre Design Digital e Produtos Digitais;
  • Relação da área com a Indústria Criativa;
  • Curiosidades e contexto da área no Brasil;
  • Cases e exemplos de empresas e projetos desenvolvidos.

INTRODUÇÃO

Em conjunto com as indústrias, veio o elemento chave para a consolidação do capitalismo e para chamar a atenção dos que aspiram consumir e vender, tanto na forma e produto, quanto na sua divulgação e aparência, o “design”. O Design surgiu no século XIX, durante a revolução industrial, com o objetivo de unir função e forma de um objeto, otimizando a serventia do mesmo. Entende-se por design a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais do item, de modo a atender as necessidades do consumidor, melhorando o conforto, segurança e satisfação dos usuários. Sendo assim, entra em pauta a questão do produto digital, que engloba uma série de métodos modernos para “vender” no mercado digital atual, sejam artefatos físicos ou não.

O QUE É UM PRODUTO?

Cofre de moedas em formato de porquinho, deitado horizontalmente com um cifrão monetário vermelho ao fundo.

Tratando-se de produtos digitais, sua definição não se limita a “algo que pode ser vendido”. Eles englobam desde apps para celulares, até um software de computadores, em que pode ser atribuído um valor ou resolver problemas para um grupo de pessoas. Tem-se como exemplo o Tinder, que é usado para conhecer pessoas e marcar encontros.

Para a elaboração de um produto digital existem etapas a serem seguidas, como um processo para a solução de problemas. É preciso estar atento ao público que irá consumir, pensando sempre na experiência do usuário. E é aí que entra o designer de produtos digitais: Seu objetivo é fazer pesquisas, pensar em estratégias e facilitar a interação entre o usuário e o resultado final.

A INTERNET DAS COISAS E DO MUNDO

Planeta terra com um ícone de mouse no canto superior direito e no canto inferior esquerdo, ícone de pasta de arquivos.

Tal como um sistema nervoso, a Internet das Coisas (do inglês Internet of Things (IoT)) é uma rede de troca de informação que proporciona a comunicação do usuário através de objetos físicos do dia a dia, desde que tenham capacidade computacional e conexão com a internet. O resultado dessa rede inteligente é a conversação e evolução dos utensílios entre si, cruzando seus dados a fim de prover conforto, praticidade e produtividade ao usuário.

A proliferação desses objetos inteligentes trouxe ao cenário atual diversas mudanças para a humanidade, e questões sobre o limite do acesso à informação aos quais essas ferramentas podem captar. Sendo considerados uma extensão da consciência humana, essas “coisas” são capazes de antecipar as necessidades do usuário e prevenir desde de pequenos erros até graves acidentes. Como exemplo, essa tecnologia pode ser encontrada em ambientes domésticos, como smartphones, notebooks, smartwatches, casas inteligentes, espaços de trabalho, cidades inteligentes, plataformas de extração mineral ou centros de pesquisa. Sem perceber, você está fazendo parte dessa grande rede inteligente.

Hoje, dados são considerados mais do que simples informações de identificação, pois saber quem é o consumidor e quais são os resultados da experiência do usuário ajuda empresas a receber um feedback mais rápido e eficaz para valorização e evolução do produto, mas a IoT aumenta os riscos a segurança da informação. Com a constante transformação da tecnologia, deve-se ter cuidado para compartilhar informações pessoais em toda empresa e rede social, com a preferência de confirmação da autenticidade e confiabilidade do meio.

Segundo a consultoria Gartner, estima-se que em 2020 o mundo terá 12 bilhões de dispositivos conectados a IoT, quase o dobro da população mundial. Entre várias vantagens e algumas dúvidas sobre o seu funcionamento, o mundo já abraçou essa ideia e a usa até sem perceber, sendo esta um segmento tecnológico que com certeza veio para ficar.

Confira mais sobre o tema:

https://www.youtube.com/watch?v=8NwXe3NaxOs

USER EXPERIENCE

Figura feminina representando o usuário em meio às letras UX (abreviação de USER EXPERIENCE).

User Experience consiste em oferecer a melhor experiência online possível ao usuário desde o primeiro contato com a marca, até a pós utilização do serviço disposto pela mesma. Toda essa ação é baseada no estudo de comportamento do usuário focando em suas dores ao se deparar com páginas da web, por exemplo, e tentando saná-las. Essa estratégia possui grande importância, pois propondo uma experiência completa e útil, as chances de fidelizar o cliente ao final do processo são maiores: cliente satisfeito é igual a cliente que retorna ou divulga.

Na prática, o UX é composto por etapas, começando com a pesquisa de mercado e levantamento de informações e estudos sobre a “dor” a ser solucionada. Essa etapa pode abranger toda a jornada de utilização de um produto ou apenas uma parte dela, como por exemplo, a forma de pagamento de uma compra online. Feito isso, começa a aba de experimentação da soluções sugeridas através de desenho, projeto de interação entre outros, com o suporte de ferramentas como Wireframes, Wireflows e Sitemaps. A partir daqui, a alternativa final é posta em prática e segue com acompanhamento dos designer para eventuais alterações.

Hoje a UX já possui outras ramificações como User Interface Design (UI) e UX Strategy, que se especializam e buscam cada vez mais dar voz e importância ao bem-estar do usuário, uma vez que o mesmo é a principal chave para um bom funcionamento de um negócio.

USER INTERFACE

O surgimento das Interfaces digitais se tornou popular durante os anos 1970 e 1980, assim criou-se o conceito de ambiente gráfico, criado para podermos interagir, de maneira simples para que o usuário mesmo com pouco conhecimento técnico não se sinta excluído ou impedido de usá-lo, por exemplo hoje após a criação do Waze ou Google Maps, ninguém lembra da existência do Guia de Trânsito. E poderíamos estender esse uso em nosso dia a dia para vários outros serviços, como o Whatsapp, Uber, Ifood, Nubank, entre outros que são exemplos do crescimento da indústria e da economia criativa nos nossos hábitos cotidianos. Esses produtos digitais atrelados a esta indústria criativa mudaram nossa convivência em sociedade e nossos costumes e cultura, além de também contribuíram muito com a acessibilidade e inclusão. Imagine como era para um surdo, por exemplo, pedir uma pizza por telefone? Simplesmente não era. Ele dependia de outras pessoas para isso, e hoje com qualquer aplicativo de pedido de comida, ele consegue fazer isso com total independência. Todos esses serviços têm em comum um coisa: eles precisam de uma interface gráfica do usuário (GUI — Graphical User Interface) para serem utilizados. Óbvio que existem interações através de interfaces de áudios e de eventuais outras maneiras, mas o ser o humano é extremamente visual e no atual momento com o crescimento de indústrias criativas se tornando mais virtuais e tecnológicas, o profissional responsável pela GUI não pode ser descartado.

A IMPORTÂNCIA DO DESIGN DIGITAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

Símbolos do vírus Corona.

Em tempos de isolamento social, o ramo digital vem mostrando de forma astronômica sua devida importância e valor para a sociedade. O que se fazer quando é estritamente proibido sair com seus amigos, ir para a faculdade, visitar sua família… até mesmo TRABALHAR fora de casa? E é aí que o âmbito digital entra em cena.

Viver uma realidade que lhe obriga a manter distância de tudo aquilo que ultrapasse a porta da sua casa é algo difícil de se fazer, mas graças ao design digital e os diversos setores que dependem dele, tal medida de prevenção contra o COVID-19 tem se tornado um pouco mais suportável. Afinal, é através do Design Digital e seu vasto leque de segmentos que os games, apps, conteúdos de ilustração etc. são criados. Com a obrigatoriedade do isolamento social, os conteúdos digitais vêm mostrando cada vez mais sua importância para as pessoas — sejam estas jurídicas ou físicas. Para as jurídicas, uma forma de sobrevivência: como vender sua marca, imagem e produtos/serviços se seus clientes não podem vir fisicamente até você? Ou melhor, em períodos pandêmicos, para muitas pessoas, consumismo é a última coisa a ser pensada.

Achou que a importância do Design Digital diminuiria? Muito pelo contrário.

De quarentena ou não, as empresas querem viver. E para isso, precisam construir sua imagem e princípios através de suas plataformas digitais de comunicação. Por isso, os designers do âmbito digital devem estar à postos para desenvolver suas habilidades, criatividade e conhecimentos da forma mais inovadora, humana e alinhada aos princípios da(s) empresa(s) às quais irá trabalhar. A valorização dos designers digitais, em momentos onde games, apps, serviços de Streaming, cursos, e-books etc. possuem uma procura cada vez mais intensificada, faz surgir a necessidade de a demanda se intensificar juntamente. De acordo com a revista Exame, por exemplo, o consumo de serviços de Streaming aumentou em 20% no mundo todo.

A importância do setor criativo em momentos de calamidade mundial é um exemplo perfeito para pôr em pauta a valorização dos profissionais desta área: até 09 de abril de 2020, a ONU em parceria com a OMS convocou criativos de todo o mundo para a criação e disseminação de conteúdos informativos contra a transmissão do COVID-19. Tais conteúdos poderiam ser vídeos, ilustrações, músicas e ideias de atividades benéficas para o combate à disseminação do vírus — e, consequentemente, o combate aos conteúdos “fakes” e desonestos sobre a situação.

São nestas horas que conseguimos perceber através de uma perspectiva mais ampla o importante papel de um comunicador digital: sua criatividade, perspectiva audaciosa e ideias borbulhantes podem fazer a diferença de vastas formas — sejam estas para uma empresa privada de forma a atingir a vida de seus respectivos clientes, ou organizações intergovernamentais convocando sua ajuda em prol de um bem maior, algo que vai além de produtos, vendas, consumos acelerados ou lucro: a vida.

Considerações finais do grupo:

Em conclusão, percebemos a importância do design em meios digitais e sua aparição cada vez mais forte e influente principalmente com a necessidade atual de nos integrarmos na web e buscarmos soluções alternativas para nossas atividades cotidianas antes realizadas presencialmente.

--

--

Rayanarizzatti
Criative-se

Técnica em Comunicação Visual e acadêmica de Publicidade e Propaganda que vive por aí apaixonada pelas belezas e designs do mundo