INDÚSTRIA CRIATIVA NO CINEMA E EM DOCUMENTÁRIOS
Esta publicação foi elaborada pelos estudantes da primeira fase de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, e Design da Faculdade SATC, através da aula de Criatividade e Inovação. A equipe é composta por: Almeida, Cauê Rosa, Herbert Zilli, Laélio Inácio, Karine Della, Sandy Brasil e Nicole Martinazzo.
O que é cinema?
O cinema é a arte de produzir imagens que reproduzem sensação de movimento (os Filmes), da mesma forma ser a indústria no geral que cria os mesmos. Os filmes são originados de vários jeitos, como gravação do mundo real através de câmeras, ou usando técnicas de animação e efeitos especiais. Eles podem se caracterizar por vários gêneros, serem feito de várias formas e ter qualquer duração (inferiores a 30 minutos são curta-metragem). O primeiro filme foi lançado em 28 de dezembro de 1895 pelos irmãos Lumiere, assim começando uma revolução no mundo inteiro. Desde então a sétima arte desenvolveu um relacionamento com outras artes, como literatura, pintura e fotografia. E virou muito mais que uma representação artística, se tornando uma ferramenta para propagação de conhecimentos e histórias, com uma indústria que gera milhares de empregos ao redor do mundo.
O que é documentário?
Documentário é um gênero do cinema que tem como objetivo a busca da realidade por meio da arte, utilizando entrevistas, arquivos históricos, imagens e outros recursos para chegar no seu resultado final. O documentário possui roteiro, sendo construído processualmente de forma criativa, sendo uma apresentação parcial e subjetiva da realidade. No século XIX surgiram as condições para que a definição do gênero fosse possível, graças aos cineastas Robert Flaherty e Dziga Vertov foi possível conhecer um posicionamento para o filme documentário. Ambos confirmaram que é essencial que as imagens do filme digam respeito a representação da vida real, ou seja, o cineasta deve ir em busca de gravar as comunidades em seu âmbito natural.
Indústria Criativa
Mudanças econômicas e sociais fizeram com que se deslocasse o foco das atividades industriais para as atividades que abrangiam conhecimentos mais artísticos, atividades que tinham a sua origem na criatividade, competências e talento individual, com potencial para a criação de trabalho e riqueza por meio da geração e exploração de propriedade intelectual.
As indústrias criativas tem como base indivíduos com capacidades criativas e artísticas, em aliança com profissionais de áreas tecnológicas, que fazem produtos vendáveis e cujo valor econômico reside nas suas propriedades culturais ou intelectuais. Elas produzem bens e serviços que utilizam imagens, textos e símbolos como meio. No entanto, a curiosidade é que a fronteira das indústrias criativas não é nítida. As pessoas utilizam o termo como sinônimo de indústrias de conteúdo, mas o que se vê cada vez mais é uma grande variedade de processos, produtos e serviços que são baseados na criatividade, mas que têm as suas origens em coisas muito mais tradicionais, como o craft, folclore ou artesanato, e estão cada vez mais utilizando tecnologias de management, de informática para se transformarem em bens, produtos e serviços de grande distribuição.
Forma de produção
A criatividade é a primeira característica da forma de produção das indústrias criativas. Ela pode ser definida como a expressão do potencial humano de realização, que se manifesta mediante atividades geradoras de produtos tangíveis, ou seja, como a capacidade de o indivíduo manipular objetos do mundo externo a partir de um desenvolvimento simultâneo de seus recursos pessoais, suas fantasias e seus desejos. O cinema pode ser compreendido como uma estrutura plural que engloba produção, consumação, hábitos, criatividade, valores simbólicos e imaginários que dizem respeito a uma sociedade local. Nesse sentido, um dos vários campos que compreende o estudo do cinema se interessa pela organização sociocultural da sua produção e pelo que a experiência fílmica aporta a uma sociedade específica; mais particularmente, podemos dizer que o imaginário de uma determinada sociedade nos permite ter uma compreensão do mundo vivido por ela. O setor de cinema e documentários vem ganhando um amplo destaque na economia do Brasil. Segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine) o valor adicionado pelo setor audiovisual à economia brasileira cresceu, 192% entre 2007 e 2014, chegando a R$ 24,5 bilhões em renda gerada. Em termos reais, o crescimento médio anual foi de 8,8% entre 2007 e 2013, quando a participação do setor no produto interno bruto (PIB) brasileiro foi de 0,54%. O fato é que cada vez mais as pessoas têm consumido séries, filmes e documentários não apenas nos cinemas, mas principalmente pela internet. Plataformas como o Youtube, por exemplo, tem ganhado mais membros e de páginas que fazem suas próprias publicações.
Dentro da Indústria Criativa, principalmente focando no cinema e na produção de documentários, temos grandes cases e exemplos, tanto de projetos como de grandes empresas que usam e abusam da criatividade, e que, através do uso dela, revolucionam a história e a maneira de se fazer sucesso dentro do cinema. A seguir, listamos alguns desses cases e exemplos, tanto atuais como já antigos, mas que ainda fazem sucesso:
PARASITA: No Oscar de 2020, uma grande surpresa nas premiações, foi o filme sul-coreano, “Parasita”, dirigido por Bong Jonn-h, mas não é só a grande quantidade de estatuetas levadas para a casa. A forma em que foi utilizado a Indústria e Economia Criativa chama a atenção: Segundo Thiago Mattos Moreira e Tiago Canario em “O Globo”, afirmam que esse filme se tornou o cartão de visitas e coração da indústria criativa do país, com ganhos econômicos e de capital político. Além das pessoas se interessarem pelo enredo do filme, é certo que houve grandes investimentos para que ele se tornasse esse sucesso.
STAR WARS: É certo que o lançamento de Star Wars na década de 70 e 80 marcou um “antes e depois” nos efeitos visuais, pois esses efeitos especiais chegaram a um patamar nunca visto antes e que, certamente, revolucionou a história do cinema até então conhecida de outras formas. “Queria fazer um filme de ação, um lugar onde naves espaciais se destroçassem. Queria fazer cortes rápidos e dar muito ritmo, e, especialmente, queria que contivesse muita cinematografia. Mas nessa época era impossível”, explica George Lucas, diretor da franquia de Star Wars, em um documentário. Conforme matérias do G1, a invenção mais revolucionária foi a câmera Dykstraflex que controlava digitalmente os movimentos sob diferentes ângulos e que permitiu a criação das famosas batalhas no espaço. O inventor dessa nova câmera foi John Dykstra, na qual ganhou dois Oscars com a primeira divulgação da saga e tornou-se em um dos mestres dos efeitos especiais. Mas não foi só isso, no ano de 1999 com a estreia do novo filme de Star Wars, “A ameaça fantasma”, os novos avanços tecnológicos voltaram a surpreender a todos novamente.
AUTO DA COMPADECIDA: Apesar de ser uma obra literária de Ariano Suassuna, a adaptação de “O Auto da Compadecida” para os cinemas brasileiros é um dos grandes projetos criativos do cinema nacional, mesmo sendo uma minissérie de quatro capítulos, há uma adaptação em forma de filme, pois devido ao sucesso obtido, o diretor Guel Arraes e a Globo Filmes adaptaram para a versão do cinema, no qual contém cem minutos a menos do que a série completa. Tanto o filme e a série são grandes sucessos para o cinema brasileiro, tanto por seu humor e originalidade representada através dos personagens e do cenário do sertão do Brasil, como por seus efeitos especiais, representados principalmente nas cenas onde os protagonistas “morrem” e estão em seu julgamento final, com a presença de Jesus, a Virgem Maria e o Diabo.
EXPLICANDO (Documentário Original Netflix): O documentário original Netflix chama a atenção dos espectadores por ser bastante informativo e rápido, trazendo episódios com uma média de 20 minutos e abordando os mais diversos temas e assuntos, e é muito conhecida por seduzir aquele que a vê, informando constantemente e de maneira simples, rica em informações e detalhes, sem que fique monótono e chato.
A seguir temos os cinco maiores cases de sucesso no cinema de todos os tempos:
1- Batman em oito filmes e estrelando vários atores no papel principal faturou 1,8 bilhões.
2- James Bond, com vinte e quatro filmes ao longo de varias décadas no cinema teve um faturamento de 1,912 bilhões de dólares.
3- Star Wars com seis filmes obteve faturamento de 1,918 bilhões.
4- Harry Potter em oito filmes realizados num curto espaço de tempo transformou-se em fenômeno de bilheteria com 2,3 bilhões de dólares.
5- Marvel e seus diversos personagens é a maior franquia e o maior case de sucesso atualmente com faturamento de 2,4 bilhões.
REFERÊNCIAS
MOREIRA, Thiago Mattos; CANARIO, Tiago. “Como o centenário cinema sul-coreano chegou a sucessos como ‘Parasita” O Globo, 2019. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/cultura/filmes/como-centenario-cinema-sul-coreano-chegou-sucessos-como-parasita-24238299 > Acesso em: 07 de abril de 2020.
PRESSE, France. “Star Wars’ de 1977 marca um ‘antes e depois’ dos efeitos especiais” G1: 2015. Disponível em: < http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2015/12/star-wars-de-1977-marca-um-antes-e-depois-dos-efeitos-especiais.html > Acesso em: 07 de abril de 2020.
MACHADO, João Luís de Almeida. “O Auto da Compadecida -
A benção divina ao cinema brasileiro” Planeta Educação. Disponível em: < https://acervo.plannetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=21 > Acesso em: 12 de abril de 2020.
MARTINS, Fernando. “Explicando” é uma série documental para seduzir quem não curte documentários” FolhaPe: 2018. Disponível em: < https://www.folhape.com.br/diversao/diversao/uma-serie-de-coisas/2018/08/03/NWS,76754,71,1114,DIVERSAO,2330-EXPLICANDO-UMA-SERIE-DOCUMENTAL-PARA-SEDUZIR-QUEM-NAO-CURTE-DOCUMENTARIOS.aspx > Acesso em: 11 de abril de 2020.
BENDASSOLLI, Pedro F.; JÚNIOR, Thomaz Wood, et al. “INDÚSTRIAS CRIATIVAS: DEFINIÇÃO, LIMITES E POSSIBILIDADES” Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rae/v49n1/v49n1a03.pdf > Acesso em: 08 de abril de 2020.
