UMA CARTA AOS deuses DAS PORTAS LARGAS

Bruno Mendes
Parábolas
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3 min readNov 2, 2020

// O salário sempre será o mesmo. E o fim, sempre será um esfriamento.

“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”. Mateus 6:24

Os deuses que estão as portas largas oferecem prazeres efêmeros nos destroem de forma exponencial a cada passo rumo a auto-satisfação.

Saber da existência do relacionamento que por vezes nutrimos com o pecado que habita em nós, oferece a possibilidade de denunciar essas atitudes dualistas de viver em prol de dois senhores, onde com o passar do tempo passamos a cuidar do "pequeno pecado" tratando-o como um pecado de estimação, que é alimentado recebendo as vontades que precisa, sendo cuidado recebendo a manutenção necessária, é respeitado e por fim, passa a ter um canto muito precioso em nossos corações.

Uma denúncia precisa ser feita todos os dias para lembrar que não é assim que a vida deve ser vivida.

A denúncia é um ato de autoexame. É o momento onde sentamos e olhamos para nós mesmos e fazemos um balanço para entender como temos levado a nossa vida, se por dizermos que as escrituras sagradas é o nosso guia de fé e pratica, devemos então, ser zelosos em assim andar, em nós atentarmos as suas ordenanças e proposta de vida que somos chamados para viver, afinal, o propósito do homem não está em viver para si mesmo.

O fim do homem é glorificar a Deus e não a si mesmo. Somente a Deus, e não na dedicação de nossos esforços para alimentar as vontades e anseios próprios. Caminhos que levam a uma estrada escura e devastadora.

Pecado, pecado meu! Ao refletir eu concluo como eu te odeio, mas como ao mesmo tempo entendo que também sou apegado a você.

Sim, não posso ser hipócrita!

A verdade é que eu te odeio e abomino, pois bem sei que nada de bom pode me trazer, sei o seu salário, sei o fim que você me oferece, sei o efêmero prazer que me propõe, e ao faze-lo, em momento algum posso glorificar ao Deus do céu. Eu sei como me sinto ao me satisfazer. Sei como é se sentir ao realizar cada uma das minhas vontades. É como fazer o mal que eu não quero e o bem que eu devo, eu rejeito. É como viver dia após outro fazendo uma certa e errônea escolha pela porta errada: A larga.

Fato é, que a porta errada, representa o caminho errado e por fim, um certo fim.

Por vezes, a insistência no mesmo pecado, a repetição e a constância nessa desobediência comprova a mim mesmo que nunca nasci de novo. Viver insistentemente no mesmo pecado, no mesmo erro, pressionando a mesma tecla:É um poço de pecado sem fundo.

É um loop de portas de abismo que conclama outro abismo e assim por diante. É um verdadeiro loop de pecado.

A edificação no coração de um altar para deuses temporários, são coisas que colocamos como “verdadeiros deuses” de nossa vida por momentos. Mas que de tempos em tempos fazemos a manutenção desses altos, onde expurgamos Cristo e adoramos as nossas prioridades, as minhas prioridades, as nossas necessidades, e também as efemeridades.

Refutar os desejos de praticar as nossas vontades e andar a luz da palavra de Deus, nós dará dia após outro, uma vida saudável. De alegria, misericórdia, graça, paz e sempiterna.

Corramos sempre para o trono da graça.

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Bruno Mendes
Parábolas

Da comunicação teço narrativas que nos levam a pensar não apenas sobre o aqui, mas sobre a eternidade.