Perdido e sem rumo

Não resta muito quando se perde o essencial

Renato Domingues
Crônicas e Prosas
1 min readNov 3, 2013

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Tive a chance de olhar em teus olhos e foi bom. Não pude dizer tudo o que queria, mas disse o que foi recomendado pela palestrante, disse a alguém importante o quanto ela significa pra mim.

Não pude lhe tocar. Nem dar as mãos ou mesmo um beijo. Caminhamos juntos e mesmo não podendo verbalizar o que queria, estou certo que ainda sim deve ter escutado.

Porque se fora de mim tudo era silêncio, por dentro eu gritava e vociferava tamanho meu desespero. Não foi desamor e sim uma angústia por te perceber escapando por entre meus dedos.

Me dói a incapacidade de por em prática todos aqueles planos que traçamos a quatro mãos. Não há um só minuto que eu não pense em você, que não deseje estar contigo.

Te perder, mesmo sabendo que não era minha e que nem esse direito me cabia, me mata por dentro. E não é uma parte qualquer que morre nesse momento, é a minha melhor parte.

O que me restou foi esse sentimento de vazio, essa ausência de sentido, de finalidade. Já não há mais chão, nem razão, só tristeza e essa vontade de se esvair em lágrimas que não passa.

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Renato Domingues
Crônicas e Prosas

Gosto de viagens, samba, beleza, amizade e simpatia. Sou palmeirense, do sereno, hedonista e não troco minha vida por nenhuma outra...