A lama de cada um
Flor de Lótus
“A lama de cada um / Flor de Lótus”
A primeira vez que ouvi falar dessa flor, foi em uma vivência da mentalidade evolutiva, estávamos sentados na grama desvendando as percepções de cada um sobre “humildade”, e durante o percurso da conversa, uma das garotas participantes entrou no assunto da flor de lótus, eu pedi que falasse mais um pouco sobre os mistérios dessa flor, e logo fui me interessando cada vez mais.
Lótus é um tipo de lírio d’água, suas raízes ficam presas no meio da lama e do lodo. O lótus vai subindo à superfície para presentear a natureza com a beleza de seu encanto.
Ao cair da noite, as pétalas da flor de Lótus se fecham e a flor mergulha debaixo d’água. Quando o sol nasce após a aurora, ela emerge-se das profundezas das águas e ressurge novamente à superfície, onde abre suas pétalas brancas e imaculadas novamente. E repete todo esse procedimento durante três meses, acredito que o lótus possui uma das flores mais permanentes que todas as outras espécies.
Podemos dizer que toda sua beleza transcendente tem uma origem, apesar de toda sua herança genética e o ambiente em que se desenvolve, ela precisa de um ingrediente essencial, e esse ingrediente não é nada mais e nada menos que a lama e o lodo, algumas pessoas vão questionar, dizendo que outras plantas também moram no lodo e não conseguem produzir mais que lama e folhas mortas.
E mais uma vez volto a refletir, como refletimos aquele dia na vivencia:
“A lama de cada um é a mesma, mas você tem o livre arbítrio de decidir o que vai fazer com a sua, se vai fazer flores ou lodo”
Osvaldo Vieira
