Grande

Ericka Moderno Rocha
CRÔNICAS
Published in
2 min readJun 11, 2018

Se me perguntassem, hoje, o que você quer ser quando crescer? Eu responderia: grande.

Em qualquer que seja minha carreira. Em qualquer que seja minha posição. Em qualquer país, estado, casa ou empresa. Com qualquer sobrenome. Eu quero ser grande a ponto de não caber em uma coisa só, de incomodar, de me desfazer na magnitude, depois me reagrupar e me refazer grande novamente. Talvez maior agora, gigantesca.

Eu quero ser aquele tipo de imensidão que às vezes prende, às vezes sufoca, às vezes guia, às vezes confunde, mas que nunca, nunca passa despercebida.

Eu sempre quis ser grande. Notável, notada. Sempre quis ser ouvida, compreendida ou contrariada. Enorme do tamanho das coisas que não conseguimos medir em escala alguma, tão grande, mas tão grande a ponto de, às vezes, não caber direito em lugar nenhum.

Nem isso, nem aquilo, mas de tudo um pouco. Porque algo grande sequer precisa ser definido: é como se é porque se é.

Naquilo que há limites, que se restringe, que não se permite, nunca há espaço para ser mais. Por isso que eu insisto: quero ser grande. E não parar de crescer nunca.

Até não caber mais, sequer, em todas as coisas que eu sempre soube sobre mim.

Grande como as coisas que nunca são vistas por completo.

Gigante. Um espaço sem contorno ou restrição que nunca pára.

Seja gigante, seja ousado, vá além de todos os limites. Quem é grande assume a si mesmo, encosta no outro, empurra, se mistura, se molda para caber na constante expansão de si próprio.

Ser grande é ser tudo o que se deseja sem medo. E nunca se limitar por qualquer coisa que disserem, pensarem ou fizerem.

Ser grande não é ser egoísta, insensato, não é não se importar. É apenas absorver tudo o que há no caminho para crescer ainda mais. Para aprender, para evoluir sem nunca parar de caminhar.

Seja grande. Seja inteiro. Influencie, mude, transforme e incomode. O mundo quer que permanecemos pequenos, que acreditemos que não tem espaço pra mais um, dois, dez ou cinquenta e seis gigantes.

Sempre tem.

Vivemos em uma redoma flexível, ajustável. É a gente que já nasce achando que precisa viver em uma caixinha: não precisa.

Seja grande. Expansivo. Enxergue-se grande.

Só você é o limitador de até onde pode chegar.

--

--

Ericka Moderno Rocha
CRÔNICAS

Jornalista, blogueira de várzea e designer. Atualmente, criativa e planner. ❤️ Fala comigo! erickamr@gmail.com