Hoje conversei comigo mesmo

Lincoln Ferdinand
CRÔNICAS
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3 min readFeb 25, 2017
Descrição da imagem: pessoa enquadrada do ombro pra cima, passando as mãos no rosto e deixando tudo melado de tinta azul. (imagem retirada do pixabay)

Porque às vezes é bom soltar uma ruma de palavras perdidas num papel. Desabafar para si mesmo e ler os próprios pensamentos. Organizar o que tá na mente e depois ver a força que aquilo tem no nosso comportamento. Nos nossos hábitos. Nas nossas ideias.

A gente dá conselho pra outras pessoas, dicas, sugestões. Tenta ajudar, argumenta e muitas vezes aquilo que falamos seria muito bem vindo para nós mesmos. Aceitar isso é que não é fácil.

Vamos parar pra pensar. Nós fazemos o que dizemos para os outros fazerem? A gente até concorda, acredita naquilo e tal. Mas e o medo? E a insegurança? E a coragem, que não vem? Ou até mesmo pode ser uma coisa que gostaríamos de acreditar, mas parece que não é tão clara na nossa cabeça.

Eu tô lendo um desses livros que você risca, escreve dentro, desenha, faz o que quer e segue uma linha bacaninha pra estimular alguns raciocínios. Comecei hoje e por enquanto está sendo ótimo e desafiador (já que morro de pena de ficar riscando o bichinho). O título é “333 páginas para tirar o seu projeto do papel”, recomendo que dê uma olhadinha.

Em uma das páginas ele me fez a seguinte pergunta (e é claro que pediu pra que eu respondesse lá mesmo):

“Se você tivesse, por um minuto, a atenção de todas as pessoas do mundo, o que diria a elas?”

Escrevi bem aleatoriamente, bem solto, o que estava na minha cabeça. Coloquei pensamentos nos quais estou a cada dia acreditando mais e usando como lema na minha vida. Escrever no livro foi como se fosse um mantra. Saiu de boa. Leve. Suave!

É bom a gente repetir. É bom a gente lembrar. Falar para os outros é ótimo. Conversar, dizer em que acredita, contar o que acha legal para a vida, o que está fazendo sentido pra você agora.

Mas às vezes experimentar dizer isso pra você mesmo e sentir o efeito que faz é tão massa. Escrever num papel, no bloco de notas, numa conversa com você mesmo no whatsApp (é só registrar seu próprio contato na agenda), fazer um rascunho aqui no Medium. Faz do teu modo. Mas tenta tirar da cabeça o que lá não se organiza por conta própria.

Bom, lá vai o que escrevi no livro:

Mude.

Transforme-se.

Não pare.

Às vezes pare.

Pense.

Respire.

Continue em movimento.

Em constante movimento.

Movimento de pensamento.

Mudou de ideia?

De opinião?

Não tem problema.

É pra mudar mesmo.

Evolua.

Cresça.

Viva!

Viva mesmo!

Mas em constante atualização.

Olhe para si.

Observe-se.

Errou?

Ok.

Continue!

Mas aprenda.

Observe as outras pessoas.

É pra se importar com elas, viu?

Vai ter muita gente diferente de você.

E isso é lindo.

Conheça essas pessoas.

Converse com essas pessoas.

Coloque-se no lugar delas.

Pratique empatia.

Viva de novo.

E de novo.

Arrisque.

Petisque.

Experimente.

Tente.

Teste.

Erre.

Mude de novo.

E viva.

Viva bem.

Isso aqui passa.

E passa logo.

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Lincoln Ferdinand
CRÔNICAS

Constantemente dizendo o contrário do que eu disse antes. Pode me perturbar em lincolnferdinand@gmail.com