Horticultura
Limões. A vida te dá limões.
Não cabe aqui debater a origem dos limões. Cada pessoa tem os seus.
Pode ser que o pé do limão tenha germinado na coisa mais besta ou na mais importante, ainda assim o fruto desse pé é limão.
Portanto, o ato de comparar limões é inútil. Cada um sabe do azedume dos seus, e apenas dos seus, limões.
Pois bem, partindo desse entendimento existem dois pontos muito importantes de serem observados.
O primeiro, você escolhe o que fazer com os seus limões. Limonadas, caipirinhas, águas cítricas, tudo que sua imaginação e esforço forem capazes de produzir. Ou, é claro, você pode se contentar em chupar o limão. É a solução mais rápida e simples.
Não considero a ideal. Já chupei limões e, para mim, foi suficiente. Chupar limão é uma escolha. De cada um, não da vida, nem das circunstâncias.
Segundo, e muito mais importante, é saber que a vida te dá limões. Mas isso é o que ela te dá. Aceitar ou não é escolha sua. Todas as outras frutas e legumes e todas as infinitas possibilidades que o meio oferece estão aí. Disponíveis e abundantes. É só pegar. Ou fazer a própria horta.
Claro que o esforço aqui é maior. Você precisa ir atrás do que quer. Escolher entre a infinitude de opções. Talhar num bloco único e maciço de dúvidas alguma certeza e persistir na busca até atender seus mais sinceros desejos.
A vida te dá limões.
Não reclame da vida. Se a vida é um limoeiro tudo que ela pode fazer é dar limões e ela fará isso com a pontualidade e a frequência de quem sabe que não pode deixar isto faltar.
Quer mais que limões? É só pegar. O mundo está disponível. Corra atrás. Nunca duvide do movimento, ele é sábio e necessário. Faça vento.
Diariamente preocupe-se com a falta de movimento em direção aos seus objetivos.
A inércia é fatal.