Escrever uma história? Não, obrigado.

Sr. Cronista
Cronista de Garagem
2 min readJan 14, 2022

“Escreva uma história, escreva uma história.” Perdão, mas… Pra quê?

2022 e a pandemia ainda não acabou. A vida não melhorou. A economia não estabilizou. O preço da gasolina está nas alturas e é época de preparação para eleições. Com tudo isso, como eu deveria escrever uma história? Correção: com tudo isso, como eu deveria “escrever”?

O Cronista é um espaço onde eu deveria despejar meus demônios cotidianos sem medo, sem julgamento e blá, blá, blá. Claro, tudo isso com uma certa frequência. Não o fiz. Ou melhor, até o fiz, mas sem frequência.

Eu sei que ninguém está me julgando aqui, mas… Sinceramente? No meio de tanta confusão, como eu poderia?

Explico.

Apesar do Cronista não me exigir textos perfeitos, escrever exige um mínimo de organização. Não é só arrancar as palavras do pensamento e jogar no word, no papel, no próprio editor de textos do Medium ou sei lá onde você poderia escrever antes de publicar.

Mesmo se fosse, palavras ainda exigem um mínimo de paciência.

Pense comigo: quando você sente algo, você sente em palavras ou emoções? Você consegue raciocinar imediatamente essas emoções? Consegue nomeá-las? Consegue dizer o que, quando, como, onde e por quê as sentiu?

Ah, consegue, é? De imediato, assim?

Bom, parabéns pra você. Eu não consigo.

De certa forma, escrever exige um pouco de paciência para pensar sobre mim, sobre como e o que estou sentindo, entre outras coisas. Parece até terapia, né? Talvez, algo parecido. Infelizmente, não tenho uma profissional para me ajudar. Por enquanto.

Há tanto para organizar.

Acho que o texto de hoje ficará sem um final. Foi uma divagação. Um fluxo de consciência, talvez? Não sei. Mas é isso.

Espero me organizar mais em 2022. Espero escrever mais.

Se você leu até aqui, te acho incrível. Sinto muito por um texto vazio, mas obrigado. De verdade.

— Sr. Cronista.

--

--

Sr. Cronista
Cronista de Garagem

Uma personagem da vida que escreve a verdadeira ficção.