“Obrigado, Cronista!”, um Fluxo de Pensamento.

Acho que eu escrevo para me ouvir.

Sr. Cronista
Cronista de Garagem
2 min readFeb 25, 2021

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Dias sem escrever não me ajudam em muita coisa. Claro, eu deveria escrever todos os dias, treinar isso sempre. Não dá para ser um bom carpinteiro sem colocar a mão na massa, não é? Mas aí temos um impasse: eu não sinto vontade de colocar a mão a mão na massa.

Há muito, larguei o lápis e a caneta, então escrever no papel virou “uma atividade lenta e desnecessária”, na minha mente. Escrever no computador “deveria ser mais rápido e produtivo”, segundo essa mesma mente.

O problema é que… bem… Não está sendo nada produtivo.

Muita distração. Não necessariamente por estar no computador, mas por estar na minha mente. Muitos pensamentos que me distraem do objetivo final: escrever um livro, um conto ou uma crônica.

Tudo bem, agora eu estou escrevendo, mas… Para quê? O que eu vou aproveitar deste texto avulso? Talvez, só talvez, isso possa me ajudar a recuperar a minha linha narrativa, minha vontade de escrever e ainda treinar a minha habilidade de improvisar durante a escrita.

Mas, sério, de que tudo isso vai servir se eu não puder reciclar alguma coisa? Acho que pouco deve servir… E não estou falando apenas da escrita. Estou falando de mim. Ando muito preguiçoso, muito desfocado… A faculdade, bem… Essa já caiu. Mas estou tentando me levantar com ela. Algumas atividades eu não fiz, mas isso não significa que eu não vou terminar, certo? Eu preciso terminar! Eu vou terminar!

Acho que eu escrevo para me ouvir.

Escrevo para entrar em contato com o meu Eu mais profundo, aquele meu lado que se oculta atrás da minha sombra. O Eu que nem mesmo eu tenho acesso. E, como estamos falando com a minha Sombra, eu tenho algo muito importante para dizer: eu te amo, Cronista.

Supere tudo. Melhore e seja forte.

Ultrapasse todas as barreiras que te impedem de superar essa fragilidade na sua alma, no âmago do seu coração. Deixe o passado para trás e não volte mais. Continue sempre em frente, olhando para o seu futuro. Não precisa esquecer o que você já passou, mas também não deve viver repetidamente os erros e infortúnios que sofreu.

A vida é um ciclo, um recomeço.

Então… Recomece!

Viva outra vez! Procure pessoas felizes que te amem… e ame-as também.

Você é diferente agora. Sempre será diferente, mas nunca especial. E, apesar de paradoxo, isso não te torna menos especial. Te torna parte de um todo, mas também te torna singular. Você é singular. Estou sorrindo para você neste exato momento. Muito!

Eu te amo, Cronista.

Obrigado por existir.

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Sr. Cronista
Cronista de Garagem

Uma personagem da vida que escreve a verdadeira ficção.