Emoção de ter morado onde Chaplin brincava

Emerson Teixeira L
Cronologia do Acaso
2 min readMay 11, 2023

Desde pequeno tive um herói pequenino; ora despreocupado no seu caminhar torto, ora cavalheiro e atencioso. Há um circo majestoso inteiro na doçura de Charlie Chaplin.

No meu imaginário, todos os filmes do mundo acabam como Luzes da Cidade (1931): com um sorriso tímido, vagabundeando-se por ruas, se mostra-luz frente ao olhar-finalmente da florista (antes) cega. O filme sempre acaba com um sorriso.

Na minha viagem à Londres, ficamos hospedados 10 dias em Lambeth; qual foi minha surpresa em — enquanto lia a biografia de Chaplin — descobrir que esse bairro abrigou meu herói em um momento tumultuado da sua vida com sua mãe doente?

No meio de tanto fascínio, tanto vislumbre, desse menino-caipira (quase um corpo-brasileiro-solto) pelas ruas no Velho Continente, eis que nem me dei conta ao tirar fotos animado com os quadros de Chaplin, apontando sua presença-rastros por essas ruas que passava todos os dias. Chaplin brincava nessas ruas; eu findo sorrindo.

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