Saiba como a Blockchain esta revolucionando o mercado de arte

Renan Müller
CryptoJr.
Published in
4 min readSep 23, 2019

A tecnologia Blockchain apareceu recentemente com o poder de revolucionar múltiplas setores da sociedade; de serviços financeiros a serviços de saúde, pagamentos móveis e até remessas globais. Um dos efeitos interessantes dessa tecnologia disruptiva é a democratização de mercados e indústrias via blockchain, criando grandes oportunidades para pessoas que normalmente não a teriam.

Rapidamente foi começando a ser aplicada em setores não tão óbvios à primeira vista, mudando o status quo de áreas que se mantinham pouco alteradas a décadas ou séculos.

É estimado um valor de 3 trilhões de dólares para toda as obras de arte armazenadas no mundo, sendo que 65 bilhões negociada anualmente por meio de casas de leilão e vendedores de arte.

Além de ser um mercado não padronizado e sem regulamentação todo o mercado é dominado por poucos players e vem sendo controlado pelas casas de leilão, fundos de investimento e vendedores privados que cobram taxas exorbitantes de até 40%, sendo os ultra-ricos basicamente os únicos consumidores.

Atualmente, criadores, produtores e designers de belas artes estão frustrados com o estado atual do mercado e suas ineficiências. Isso ocorre pois atualmente a maior parte dos lucros acabam ficando com as casas de leilão, mas a tokenização de obras de arte e a remoção de barreiras à entrada podem mudar isso.

Indivíduos que talvez nunca planejaram comprar artes agora podem fazê-lo, se desejam diversificar seu portfólio de investimentos. E algumas empresas já estão começando a tornar isso possível.

Maecenas é uma plataforma descentralizada para o leilão e troca de obras de arte. Eles oferecem várias soluções para os mercados de arte. Um dos mais notáveis é o modelo de captação de recursos, que ajuda galerias e casas de leilão a captar recursos para novas aquisições de arte. Eles também criam tokens a partir de pinturas valiosas para permitir que os investidores comprem ações delas.

“Não vendemos arte, vendemos um produto financeiro”, diz Kim Randall-Stevens, diretor de aquisições e vendas da Maecenas. “Eventualmente, quem quiser liquidar uma fração de suas obras de arte poderá fazê-lo.”

Outro grande problema que o mercado de artes é suscetível é as falsificações, 2016 foi rotulado como o “ano das falsificações” pelos escândalos de falsificação de arte complexa que trouxe.

Talvez você tenha ouvido falar de John Myatt, o famoso falsificador por trás da “maior fraude artística do século XX”. Myatt recriou mais de 200 peças de arte de famosos pintores dos séculos XIX e XX.

Suas falsificações eram tão genuínas que os especialistas das casas de leilão as avaliavam a preços enormes e os compradores eram enganados. Tais enganos e falsificações sofisticadas não são um caso isolado, nem estão diminuindo.

A idéia por trás da tecnologia blockchain é que ela é baseada em Confiança e Transparência. Essencialmente, todos os dados gravados em uma blockchain estão disponíveis ao público em geral e tudo o que é processado pode ser visto e validado por toda a rede de participantes.

É aqui que o Blockchain é particularmente adequado para resolver esse problema. Como razão distribuída, pode ser usado para fornecer um banco de dados de propriedade imutável e resistente à adulterações. Muitas organizações já estão buscando alavancar essa tecnologia na emissão de certificados de autenticidade.

Uma dessas organizações é a Verisart, que está construindo um livro permanente e descentralizado de arte e colecionáveis em todo o mundo. Seu aplicativo móvel pode ser usado por artistas para gerar um certificado de autenticidade e por colecionadores para verificar a procedência em tempo real.

  1. Um artista cria uma nova peça, ou um colecionador ou galeria faz uma venda e a certifica com um token em uma blockchain.
  2. Quando a obra de arte é comprada do artista, o token é transferido para o comprador.
  3. Cada vez que a peça é revendida, o token é transferido com ela.
  4. As transações de token são armazenadas publicamente em um livro distribuído que qualquer pessoa pode editar ou acessar, para que compradores e vendedores possam acompanhar facilmente todo o histórico de propriedade. Se o token não se originar da carteira criptográfica do artista ou de uma galeria ou investidor conhecido, sua origem poderá ser questionada.

O mundo da arte deve enfrentar mudanças radicais nas próximas décadas, à medida que a tecnologia invadir esse espaço e abrindo caminho para uma geração de novas criptomoedas e mercados descentralizados para conectar compradores e vendedores como nunca antes. Nós da Crypto JR. estamos animados com o fato de a tecnologia Blockchain estar sendo utilizada para atender uma indústria estagnada e acreditamos que soluções como estas favorecerão milhões de artistas a alcançar uma audiência global de investidores e fãs com ideias semelhantes

Então, quais ativos ilíquidos você possui, gerencia ou investe atualmente e que podem se beneficiar dessa abordagem? E qual é a sua estratégia de token / ativo digital como empresa para aproveitar essas oportunidades?

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Renan Müller
CryptoJr.

Cursando Ciências Econômicas, com interesses em marketing digital, análise de dados e gestão de empresas.