Exposição Sombras e Mistérios: O Coelho

“Arte das Sombras ou Arte com Sombras é uma forma única de escultura onde uma arte 2D, a sombra, é construída e formada através da luz focada em uma escultura 3D. A sombra é jogada em um plano, construindo uma sombra com um significado e forma diferente do que é proposto pelo posicionamento da escultura inicial. Esse tipo de arte não é, necessariamente, fruto de alguém. Algumas vezes é utilizado o auxílio de programas de computador para ter uma ajuda quanto ao posicionamento e construção da escultura, a intensidade da sombra que vai ser gerada, a interseção que as sombras dos vários objetos vão formar e a possível forma final da união de todas as sombras.”

-Kleber W. S. S. Filho

A obra escolhida para a análise é nomeada de “o coelho” e possui elementos sobrepostos por uma jaula para animais e uma luz focal constituindo a silhueta de um coelho, a obra foi exposta numa exposição na caixa cultura de Recife, pelo expositor Mac Adams, exposição nomeada de “ Sombras e Mistérios”.

Escolhi esta obra para análise pois desde o principio me cativou pela singularidade dos elementos dispostos, a ponto de que pensei ser objetos deixados ao acaso em determinada parte da exposição e depois de uma observação mais longa, percebi de fato a sombra projetada por estes objetos, e então o quanto foi “fascinante” notar a arte ali posta.

A obra é formada por uma jaula para animais, 4 pedras, uma luva e um círculo de algum material que possa ser similar a metal ou plastico cinza, as pedras estão dispostas ao redor deste círculo e uma está localizada em cima deste, a luva se encontra debaixo de uma pedra formando na sombra o detalhe das orelhas, enquanto que o conjunto das sombras do círculo e das pedras juntas formam a silhueta geral do corpo do coelho, e ainda uma pedra um pouco mais afastada das outras que forma as patas de anteira do animal.

Um ponto a ser observado é a questão que a jaula está aberta, mas a sombra do animal pode ser levado a entende que o mesmo está repousando dentro dela ou até mesmo morto, de acordo com a forma que está assentado no local.

A obra ganha forma completa justamente pela luz que é projetada no ângulo certo, gerando a silhueta perfeita do coelho, na intensidade boa o suficiente para entender a sombra e não necessariamente identificar as texturas dos materiais que compõem ela.