Bibliotecários ameaçadas por robôs. Quem resistirá?

Margarete Borba
Cultura de Inovação em Bibliotecas
2 min readMay 3, 2016

Em uma matéria na revista exame sobre uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Oxford, no Reino Unido em que analisaram 702 ocupações e estimaram suas chances de automatização nos próximos 20 anos. Na área de educação e informação o bibliotecário tem 64,9% de chances de ser uma dessas profissões, em 2º lugar nesse ranking, só perdendo para o arquivista.

Falar sobre a troca da sua escolha profissional por máquinas é bem estranho (pelo menos para mim) pois mesmo com os robôs mas modernos o papel no ser humano não poderia substituir a criatividade, inovação, entretenimento e interações sociais que uma pessoa é capaz de oferecer.

Mas precisamos abordar esse assunto para pensar no futuro da biblioteca e da biblioteconomia e que não somos totalmente insubstituíveis.

Não muito distante, um relatório divulgado pelo governo japonês prevê que em 2025 robôs vão coexistir com humanos e cuidar de idosos, doentes e crianças, auxiliar na criação dos filhos e executar tarefas domésticas.

A bibliotecária Dora Garido mostrou o levantamento de uma outra pesquisa muito interessante em cima uma matéria da BBC de 11 de setembro chamada “Um robô vai roubar seu trabalho? e nesse levantamento ficou claro que existe uma maior probabilidade de ser automatizado são os trabalhos braçais e repetitivos, como a guarda de livros, por exemplo.

Eu também sou um dos que acredita cada vez no trabalho do bibliotecário de referência como facilitador da criação de conhecimento, na verdade, o que torna-se necessário mudar é foco do trabalho do bibliotecário.

O único problema é que as bibliotecas se preocupam mais em como providenciar o acesso ao conhecimento do que ajudar a sua comunidade a criá-lo. Se nossas bibliotecas quiserem continuar a existir no futuro, dando suporte a suas comunidades, elas precisam trabalhar muito melhor sob este aspecto.

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